- Aro, como
vais? – Perguntou-lhe meu pai com simpatia, até porque nada tinha contra Aro,
que se revelava sempre ser o mais ponderado dos Volturi.
- Meu amigo! Que
bom ver-vos e que pontualidade que vós tendes! Agrada-me isso em vocês, aliás,
sempre vos tive em grande apreço, e fico deveras satisfeito pelo episódio de à
uns anos atrás não ter manchado essa nossa amizade. Como está o meu bom e velho
amigo Carlisle? – Perguntou ele como sempre o fazia.
- Carlisle está
bem e manda-lhe um abraço e diz que espera poder, vir em breve fazer-lhe uma
visita, já que já faz algum tempo que ele aqui não vem, e, como bem deve saber
ele adora o vosso país.
- Diz-lhe que
estarei á espera que ele cumpra essa promessa. – E dando por terminada a
conversa de ocasião, deu umas passadas e passando pela minha mãe, lançou-lhe um
sorriso e disse-lhe:
- Minha querida
e preciosa Bella, cada ano mais bonita e poderosa, certo? – Mamã limitou-se a
fazer-lhe uma vénia de agradecimento e sorriu-lhe. Depois viu-o a dirigir-se a
mim, não sem antes tecer um comentário sobre a presença de Jacob.
– Vejo que
trouxeram o vosso cão de guarda – disse com alguma ironia e sarcasmo, Jacob não
achou muita piada e preferiu ignorar o comentário e apenas lançou-lhe uma
rosnadela, apesar de não estar transformado em lobo, Jacob tinha essa
capacidade, a qual eu achava imensa piada.
Voltando
novamente a sua atenção em mim, Aro sorriu-me docemente e disse-me:
- Minha linda
menina, continuas na mesma, parece que, de facto, toda a tua família e amigos
diziam a verdade quando ainda eras uma bebé. Queria apenas, e, por uma última
vez, confirmar que assim o era e que não me tinha enganado em relação a todos
vocês. Detestaria ter de vos castigar por qualquer que fosse o motivo, mas vejo
que tal não vai acontecer. – Ao pronunciar essas palavras mamã não se conteve e
perguntou-lhe directamente:
- O que quer
dizer com confirmar uma última vez? – Aro mesmo sem se voltar para ela apenas
disse-lhe:
- Exactamente o
que entendeste minha cara Bella, estou a libertar-vos do vosso compromisso de
cá virem todos os anos para me mostrarem que à treze anos atrás me estavam a
dizer a verdade, agora quero que venham cá apenas e somente quando assim o
entenderem. Além de que, pelas minhas previsões a pequena e linda Rennesme no
ano que vem brotará como uma flor e o vosso cão de guarda deixará de o ser. Tornar-se-á
parte de vocês. Não lhes avisei que este ano já não precisavam vir, porque
tinha em mente duas coisas: Ver a menina mais uma vez, a qual espero não ser a
última, e dar-lhe, desde já o meu presente de casamento, que só deverá ser
aberto na altura do mesmo. Confio-vos o presente e espero que lhe entreguem na
altura certa. Dito isto, espero sinceramente, que parta de vós a vontade de virem
a Itália e a Volterra, claro, para que este lugar deixe de ser para vocês um
lugar de más memórias e passar a ter um espaço especial na vossa mente, mas
atenção, não se julguem livres de qualquer vigilância, continuem como até agora
e nunca haverá qualquer problema.
Estavam
boquiabertos, inclusive e, sobretudo, meu pai. Nada fazia prever que aquele
encontro teria aquele desfecho, mas não se queixavam, apenas olharam uns para
os outros e, foi justamente papá quem se dirigiu a Aro.
- Não fazíamos
ideia de que tal pudesse partir de vocês, Aro, nem mesmo quando entrei nesta
sala se adivinhei tais pensamentos. Agora, será muito mais fácil termos vontade
de virmos a Itália e quem sabe, substituir amargas memórias por umas mais
doces. Em nome de todos nós e dos restantes Cullen quero agradecer-te tal
atitude e de tudo faremos para continuarmos em paz com todos vós.
Mamã e Jacob já
não ouviam nada, estavam quase aos saltos, mas contiveram-se a tempo… Eu por
minha vez, não fazia ideia do porquê de tanto alarido, uma vez que gostava
tanto de Itália e até nutria um certo carinho por Aro, nunca este me fizera mal
e eu até apreciava a sensatez do ancião.
Assim sendo,
despediram-se cordialmente de Aro, deixaram os devidos cumprimentos aos
restantes e ausentes membros da Guarda Volturi e rumaram extasiados para aquela
que seria sempre a cidade que lhes abrira as portas do futuro.
FIM
Vera, parabéns pela tua capacidade de escrita, és fantástica. Nestes 8 capítulos soubeste transmitir a mesma emoção e a capacidade de "prender" que os livros desta saga sempre me transmitiram, a vontade de ler sempre mais e mais e que a história nunca termine, vais ao mais pequeno pormenor, como a forma de expressão da família Volturi.
ResponderEliminarTenho pena que este seja o último capítulo.... realmente esta será sempre uma história muito envolvente e que muito mais teria para dar...
Mais uma vez parabéns!
Adorei estes lindos capítulos! Já pensaste em escrever um livro? Acho que terias muito sucesso.
Madalena