Entretanto, eu
sabia que na mente de Jacob, mil e um pensamentos corriam mais rápido do que o
vento em dias de tempestade. O baile seria
dali a uma semana para a frente, justamente uma semana antes do habitual
encontro anual com os “Volturi”, já o tinha visto ficar de pêlo eriçado só de
pensar neles, já não era muito comum e normal que lobisomens e vampiros
andassem em tão completa harmonia, mas para Jacob era intolerável pensar que
algum dia algum dos Volturi, principalmente Caius, que nunca lhe inspirou
qualquer confiança, pudessem fazer algum mal a mim, à sua menina.
Fiquei por ali
perto, a pensar como os meus sentimentos por Jacob eram tão fortes e profundos,
quando ouvi a voz do meu pai e para ouvir melhor, escondi-me atrás de uma
árvore que ficava perto deles:
- Já vi que
também estás a pensar no mesmo que eu – Jacob nem se sobressaltou quando ouviu
a voz do meu pai. Desde que se tornaram amigos que a sintonia entre eles havia
se intensificado e conseguia ver nele a mesma apreensão que sentia no peito,
sempre que se lembrava que teriam de ir os quatro a Itália, mostrar os meus
desenvolvimentos.
- Sim… é
inevitável, não é mesmo? – Ouviu Jacob perguntar-lhe - Como está Bella? Aposto
que já começa a demonstrar alguma inquietação.
- Conheces bem a
Bella, Jake, sabes bem que é impossível tirar esse pensamento da cabecinha
dela, que nunca pára… Mas, tal como as outras vezes, irá correr tudo bem!
- Vamos caçar?
Para tentar esquecer? – Propôs Jacob – Sim, vamos – Respondeu Edward, já se
precipitando floresta dentro.
A sério que eu
não conseguia entender o motivo de tanta apreensão, mas sentia-me feliz por ver
que os dois homens que eu mais amava na vida agora se davam tão bem.
*****
- ALICE! –
Berrei ao chegar a casa – Preciso de ajuda e é já! – Disse quando vi a minha tia
descer as escadas.
- Então? Onde é
o fogo Nessie? Precisas de ajuda? Em quê, diz lá! – Até parece que eu não sabia
ou não tinha plena consciência de que Alice já sabia desde que tinha saído de
perto de Jacob, que eu viria pedir-lhe ajuda para escolher a indumentária para
o baile dali a uma semana. E, secretamente, eu sabia que ela se sentia-se
completa quando eu lhe ia pedir ajuda, nem por um momento sentia a falta de um
filho, tal como Rosalie, que no instante que comecei a ficar independente,
adoptou Julliano, o menino com o destino traçado, assim eu e Julliano
preenchíamos a sua vida por completo.
- Até parece que
preciso dizer-te o que preciso! – Disse-lhe com ar de menina travessa – Anda lá
tia, vamos às compras!
- Vão às
compras? Qual o motivo? – Perguntou a minha mãe nesse instante, vinda da
estufa, cheia de folhas no cabelo comprido e luzidio. Vinha revigorada por ter
estado a jardinar na estufa que tinham lá na traseira da casa e embrenhada na
floresta, uma das coisas que mais gostava era de estar entre a calmaria das
plantas, onde podia pensar e ordenar as ideias. Eu sabia sempre onde encontrar
a minha mãezinha.
- Falei com o
pai para ir ao baile de Natal do liceu e ele disse-me para ir ver se o Jake
queria ir comigo, caso contrário nada feito. – Respondi-lhe com alegria.
- Hum… o teu pai
tem razão e se tivesses ido falar desde o principio com o Jake o teu pai nem
teria aberto a boca – Disse-me ela a rir, tendo em mente na adoração que o meu
pai tinha por mim, não deixava nada ao acaso no que se tratava de da minha
pessoa. – Então, vão escolher o vestido não é? Não escolhas nada de
escandaloso, Alice! Não quero que a minha filha de 15 anos pareça ter 25.
- Entendido
cunhada, confia em mim… Não consigo sempre ir de encontro ao que vocês querem?
– Perguntou ela, piscando-me o olho de relance.
- Eu vi isso,
Alice! E mais pudera se não adivinhasses o que queremos, para quem prevê o
futuro não é assim tão complicado, pois não? – Perguntou ela a rir.
- Pois é, nisso
tens razão… de facto, estou em vantagem. – Disse Alice já a dar a tão conhecida
pirueta e rodando porta fora comigo pelas mãos.
CONTINUA...
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