29/02/2016

Booksmile | Bichos do Avesso | José Jorge Letria

Bichos do Avesso é a primeira obra original de José Jorge Letria, um dos mais premiados e queridos autores portugueses, no catálogo da Booksmile. Uma livro, ilustrado por Eunice Rosado, que se junta à reedições de Os Cúmulos, O Hospital das Letras, A Casa da Poesia e Ler doce Ler, recomendados pelo PNL e há muito esgotados no mercado nacional.
 
Alguma vez ouviste falar de um elefante com falta de memória? E de um leão vegetariano? E de um falcão com vertigens? Em Bichos do Avesso vais conhecer bichos de que nunca ouviste falar. Não, não são bichos virados ao contrário, nem de patas para o ar, são apenas invulgares e com hábitos peculiares. 
Não há registo na Terra, nem sequer no Universo, de animais tão raros como os que habitam estas páginas. Mas estes bichos não são estranhos... são apenas diferentes e de feitios especiais. São bem mais divertidos do que os outros animais, e vais adorar conhecer as suas histórias e os seus costumes virados do avesso.

Os Cúmulos é tão engraçado, mas tão engraçado que cabia dentro de uma gargalhada. Às vezes, quando uma coisa nos parece muito exagerada ou mesmo disparatada, exclamamos: «É o cúmulo!» Há cúmulos reais e outros inventados, mas de uma coisa podes ter a certeza: são todos muito engraçados. É como se houvesse um mundo tão estranho, que quem lá mora não respeita lógica, razão ou tamanho. São todos tão absurdos e tão fora do normal, que fazem, página a página, um livro bem desigual. Neste livro encontrarás os cúmulos mais cómicos de todos os tempos e, acredita, vais gostar tanto, mas tanto que o vais ler e reler e, no final, só conseguirás dizer: «Este livro é o cúmulo!»​

26/02/2016

Balanço Mensal | Leituras | Janeiro 2016

Vamos ao balanço do mês de Janeiro, antes que Fevereiro acabe e eu comece desde o principio a ficar para trás nos balanços mensais...

Comecei o ano e o respectivo mês de Janeiro com três volumes de um manga que a minha amiga Raquel me aconselhou, até porque tinha de ler algum para o Desafio Mangá deste ano.

Assim, temos três volumes do "Orange" (opinião em breve)
  

Depois, passei para os livros considerados "normais", alguns lidos em papel (que boooom) e outros lidos em formato ebook. Uns lidos em Pt e outros em Inglês (sim, porque ainda estamos muuuuuito atrasados em relação às publicações estrangeiras e porque gosto muito, claro.)

   
 
 

E assim foi o meu mês de Janeiro ^_^
Comecei muito bem o ano, certo?

Agora esperem só para ver o Fevereiro

Opinião | Estranhos ao Luar | Jude Deveraux

Mais um encantador romance contemporâneo passado em Edilean, acerca de dois amigos de infância que se encontram após anos de afastamento e descobrem que a centelha que sentiram em crianças ainda perdura...

Quando Kim Aldredge tinha oito anos, conheceu um rapaz de doze chamado Travis, que estava de visita à sua cidade natal de Edilean, na Virgínia, com a mãe. Embora essa visita tivesse lugar sob circunstâncias misteriosas, isso não impediu que as crianças se tornassem amigas. Durante duas semanas maravilhosas, andaram de bicicleta, jogaram basebol e leram em voz alta para o outro. Tudo coisas comuns para Kim, mas para Travis bastante extraordinárias. E Travis ajudou Kim a descobrir o seu amor pela criação de joias, a paixão que se tornou a sua profissão. Antes de partir, ele disse-lhe que um dia iria voltar, e durante anos Kim guardou a foto de ambos, abraçados e sorridentes.
Travis é agora um advogado bem-sucedido em Manhattan, mas há coisas na sua vida que ele não quer tornadas públicas. E embora tenha viajado por todo o mundo, ainda pensa no verão passou em Edilean e na rapariga que lá conheceu. Essas semanas mudaram a sua vida para sempre. Quando Travis descobre que a mãe regressou a Edilean e tenciona voltar a casar, decide que está na hora de voltar também: não apenas para investigar o futuro marido da mãe, mas para finalmente cumprir a promessa que fez a Kim tanto anos antes...



Este foi o primeiro livro que li de Jude Deveraux e devo dizer que se os anteriores forem parecidos as este, já comecei tarde. Já prometi a mim mesma que tenho mesmo de ler os anteriores... lá chegarei.. um dia destes :)

Ora bem, o primeiro que leio da Jude Deveraux e conseguiu cativar-me logo desde o primeiro capítulo. As personagens são-nos apresentadas em duas linhas temporais. Na infância e na fase já mais adulta. Travis e Kim conhecem-se no ano de 1993, quando Kim tinha oito anos e ele tinha doze. Com a sua alegria e energia normais e saudáveis numa criança, Kim ensinou a Travis como ser criança. Não era algo que Travis soubesse ser, uma vez que levava uma vida reservada e calma demais para uma criança. Não brincava, não tinha amigos, não socializava. Ou seja, era uma espécie de ansião preso num corpo de criança. Kim ajudou-o a libertar-se, ajudou-o a divertir-se e com isso tornaram-se os melhores amigos, até ao dia em que ele simplesmente desapareceu sem aviso prévio. A pequena Kim, como seria de esperar, ficou de coração quebrado durante muito tempo e creio que ao longo de todo o seu crescimento, Travis nunca saiu do seu pensamento e do seu coração. A forma como eles se reencontram e como se aceitam tão facilmente é de amolecer as pedras da calçada. Ele apaixonado desde sempre por ela e ela, embora não o queira admitir, apaixonada por ele desde o primeiro dia em que lhe atirou torrões de terra à cabeça porque ele tinha algo que era dela. Adorei a forma como eles encaixavam um no outro, a forma como eles se complementam é difícil de conseguir e de manter e eles, apesar de todos os anos separados, conseguem ser fieis um ao outro de uma maneira terna e quem sabe, até infantil. Namoram com outras pessoas, envolvem-se com outras pessoas, é certo, mas nunca se esqueceram um do outro. Um amor que brotou entre duas crianças, cresce apesar da distância e floresce assim que se reencontram.
Como referi, nunca tinha lido nada de Jude Deveraux e fiquei mesmo agradavelmente surpresa por gostar tanto da maneira como ela escreve. Nada de floreados e de descrições chatas e monótonas. Consegue dar à história movimento e acção e faz-nos querer estar em Edilean. Uma espécie de aldeia esquecida pelo desenvolvimento urbano, recheada de pessoas boas e de lojas de turismo que qualquer um de nós adoraria visitar. As restantes personagens ajudam a compor o ramalhete. São ternas e preocupadas. Ajudam-se mutuamente, típico de quem vive numa terra esquecida num cantinho do mundo. Todos se conhecem e parece-me que são nada mais, nada menos do que uma grande família.

Queria mais de Travis e de Kim... pode ser que no próximo tenhamos um vislumbre de como eles estão a viver ;)
(Este Exemplar foi gentilmente cedido pela Quinta Essência em troca de uma opinião sincera)

Opinião | A Cada Dia | David Levithan

A cada dia um novo corpo. A cada dia uma nova vida. A cada dia o mesmo amor pela mesma rapariga.

A cada dia, A acorda no corpo de uma pessoa diferente. Nunca sabe quem será nem onde estará. A já se conformou com a sua sorte e criou regras para a sua vida:

Nunca se apegar muito. Evitar ser notado. Não interferir.

Tudo corre bem até que A acorda no corpo de Justin e conhece Rhiannon, a namorada de Justin. A partir desse momento, as regras de vida de A não mais se aplicam. Porque, finalmente, A encontrou alguém com quem quer estar a cada dia, todos os dias.



Livros como este são a razão pela qual é tão bom ler. Conhecer novas e loucas histórias. Ter acesso a aventuras que nem nos nossos sonhos mais estranhos se poderiam passar. É uma loucura sequer imaginar que não temos corpo definido. Que não temos uma identidade fixa desde o dia que nascemos e que mesmo pulando de corpo em corpo conseguimos separar o que é nosso e o que é do corpo que nos abriga durante um dia, seja masculino ou feminino.
A meu ver, por um lado pode ser excitante não sabermos onde e em quem vamos acordar no dia seguinte. Que pessoas vamos conhecer, ainda que por apenas um dia, que aventuras vamos viver e de que forma vamos poder ajudar aquele corpo em específico.
É bem verdade que quando somos adolescentes temos a chamada "fase complicada de transição" em que pensamos que somos tudo e afinal de contas não nos conseguimos adaptar a nada. Tudo nos parece inadequado, tudo nos parece vago e tudo nos parece vazio. É esta a mensagem que David Levithan quer passar com este livro fantástico. Devorei cada linha, cada página sempre com aquela ânsia de saber quem seria o próximo "hospedeiro" daquele ser tão, tão... intenso. A personagem "A", a certa altura conhece alguém e esse alguém será o centro da sua existência. É concentrado nessa pessoa que "A" conseguirá criar memórias e, apesar de continuar a acordar todos os dias num corpo novo, mantém-se completamente apaixonado pela mesma pessoa todos os dias. É essa pessoa que ele ama e que aprenderá a amá-lo que o mantém agarrado a uma constante, ao amor e ao ser-se completamente focado na mesma pessoa todos os dias. Acorda todos os dias num corpo diferente, mas o pensamento é sempre o mesmo.
É caso para dizer que eu fui completamente cilindrada por este livro, pela maneira simples e leve como o autor escreve e nos descreve o que se passa no pensamento de "A". Ao mesmo tempo que o meu coração se compadecia da terrível condição nómada de "A", ao mesmo tempo torcia para que todos os dias ele tivesse oportunidade de ser melhor, de crescer interiormente e conseguir ajudar tantas pessoas quanto conseguisse.

Adorei, devorei e com certeza recomendarei a muitos outros leitores. Arrebatou-me por completo.

(Este Exemplar foi gentilmente cedido pela TopSeller em troca de uma opinião sincera)

25/02/2016

Guerra & Paz | Os Lusíadas e O Amante de Lady Chatterley

A 2 de Março a Guerra e Paz faz chegar às livrarias não um, mas dois títulos da colecção de Clássicos da Literatura: Os Lusíadas, de Luís de Camões, e O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence. 
São dois livros que vêm reforçar o carácter distintivo, mas variado em estilos e épocas, que distingue a colecção “Clássicos da Guerra & Paz”, em que já foram publicadas obras imperdíveis de Eça de Queiroz, Camilo de Castelo Branco e Robert Louis Stevenson.

Os Lusíadas é um poema épico, da autoria de Luís Vaz de Camões. Terá sido concluído em 1556 e foi publicado em 1572. A obra está dividida em dez cantos e começa com a primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, sendo a história de Portugal, desde os seus primórdios, o pano de fundo da narrativa. N’Os Lusíadas perpassa o sentimento da multidão, do povo, da História daquela época. Fascinam-nos a remota geografia e os estranhos costumes de povos longínquos. O que impressiona o leitor contemporâneo é o fôlego poderoso, o prazer que se solta da sonoridade dos versos de um mestre de uma língua e do seu ritmo. Camões é o poeta de uma poesia mais próxima da música, da pintura e da escultura do que de toda essa literatura que não é poesia. 
Este é o livro que é preciso ler para se compreender a identidade portuguesa.

Esta não é uma versão de Os Lusíadas para pôr nas estantes. É uma edição para ler. Com actualização ortográfica, que não respeita, no entanto, o Novo Acordo, a fixação de texto de Helder Guégués aproxima a obra do leitor moderno. Este Os Lusíadas inclui também uma sinopse de cada um dos dez cantos do poema e tem mais de 1300 notas, soluções que facilitam a leitura e constituem uma ajuda preciosa para o leitor contemporâneo.

Luís Vaz de Camões terá nascido em Lisboa por volta de 1524, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo. Viveu algum tempo em Coimbra, onde terá frequentado aulas de Humanidades no Mosteiro de Santa Cruz, onde tinha um tio padre. Há notícia de dois desterros seus. Um foi em Ceuta, como soldado, tendo perdido um olho em combate. O outro, em Constância, entre 1547 e 1550, por ofensa a uma dama da corte. Regressou a Lisboa, levando então uma vida de boémia. Em 1553, depois de ter sido preso por causa de uma rixa com um funcionário da Corte e consequente prisão, parte para a Índia. Fixou-se na cidade de Goa, com passagem por Macau, tendo escrito grande parte da sua obra no Oriente. Na viagem atribulada de regresso a Portugal, começa por ficar, sem meios, em Moçambique, onde terá sobrevivido da esmola de amigos. Em 1569, pobre e doente, está já em Lisboa. Consegue publicar Os Lusíadas, em 1572, graças à influência de alguns amigos junto do rei D. Sebastião. Faleceu em Lisboa no dia 10 de Junho de 1580. É uma das maiores figuras da literatura portuguesa, poeta em cuja obra, como disse Eduardo Lourenço, «tudo se eleva a uma espécie de reflexão intemporal», a uma «visão geral sobre o sentido do mundo e o lugar aí 
reservado ao homem».

Proibido, proscrito durante décadas como uma obra pornográfica, O Amante de Lady Chatterley é hoje um clássico da literatura. A história da ligação erótica entre Lady Chatterley e o seu amante, Mellors, guarda de caça na aristocrática propriedade inglesa do marido dela, despertou a fúria do puritanismo inglês, que não aceitou a natureza do erotismo deste livro, alicerçado na comunhão e fusão espiritual que só a mais física intimidade permite. Uma explosão de sensualidade faz nascer entre os amantes uma «ávida adoração» e Lady Chatterley, numa escrita lírica e veemente, desvela o que de mais instintivo e sublime há na natureza humana. 
Esta é a versão integral do romance, tal como D. H. Lawrence a queria publicar, com nova tradução de Maria João Madeira.

O Amante de Lady Chatterley, proscrito durante décadas como se fosse uma obra pornográfica, é hoje um clássico da literatura. A Guerra e Paz edita-o com uma novíssima tradução e prefácio de Maria João Madeira, crítica e programadora de cinema na Cinemateca Portuguesa. Nesta edição, o leitor vai encontrar a versão integral, tal como D. H. Lawrence a queria publicar. É a versão integral do mais proibido dos romances do século XX, celebrado pela franqueza das cenas de sexo explícito e da relação adúltera e pelo choque das diferenças de classe de dois amantes que entendem o amor como uma fusão absoluta de corpo e espírito, o que despertou a fúria do puritanismo inglês.

D. H. Lawrence. Nasceu a 11 de Setembro de 1885, em Nottingham. É um dos grandes escritores do século xx. Escreveu romances, contos, poesia e ensaios. Filhos e Amantes, Mulheres Apaixonadas e A Serpente Emplumada são alguns dos seus romances maiores. Mas seria a proibição de O Amante de Lady Chatterley a conferir-lhe uma aura de escritor maldito. Fortemente humanista, a sua obra sublinha tudo o que no humano é vitalidade, espontaneidade e instinto. Desgostado com as perseguições e proibições que a sua obra sofreu, remeteu-se, nos seus últimos anos, a uma vida de exílio, a que ele mesmo chamou «peregrinação selvagem». Morreu em Vence, França, aos 44 anos.

As capas, como já é marca emblemática nesta colecção, têm assinatura de Ilídio Vasco.

23/02/2016

Top Blog Awards | Votações abertas | Sinfonia dos Livros

O Sinfonia dos Livros está nomeado para melhor blog literário de 2015 :D


Sei que com tantos blogs muito bons que estão a votação dificilmente o Sinfonia vencerá, mas se pudessem gostaria de vos pedir o vosso voto (se acharem que o devem escolher)

Podem votar neste link e só têm de ter perfil no facebook .. se puderem peçam aos vossos conhecidos um voto para o Sinfonia, sim?

Neste ano todos os participantes ficam habilitados a ganharem vales FNAC de 5€ ... assim todos ganhamos ;)

A todos os nomeados, parabéns e boa sorte!

Conto com vocês ...

Resultados| "A Noiva do Marquês" de Tessa Dare

Boa tarde a todos!
Querem o resultado do passatempo em parceria com a TopSeller? 
Já não era sem tempo (estão vocês a pensar.. e com razão... I'm sorry)

Ora bem, continuando, o livro em passatempo era o ....
... lembram-se? Claro que sim!


A Feliz Vencedora deste passatempo é...

Nome Completo: 
Maria Fátima Lopes Valente
Nome de Seguidor: 
Fátima Valente
Localidade / Email:
Guarda / f-(...)8@hotmail.com

Muitos Parabéns Fátima!!!

Serás contactada para o teu email para teres conhecimento de que foste a vencedora ^_^
Como já tenho a tua morada, será enviado directamente daqui de S.Miguel ;)

Aos restantes participantes fiquem atentos pois teremos em breve mais um passatempo que vocês vão gostar imenso!

Até à Próxima!

22/02/2016

Opinião | Livre para Amar | J.A. Redmerski

Sienna Murphy gosta de planear cuidadosamente cada pormenor da vida. Depois de terminar a faculdade, arranjou um emprego bem remunerado e alcançou a estabilidade com que sempre sonhara. Um dia, durante uma viagem de trabalho ao Havai, Sienna conhece o surfista Luke Everett e, atraída pelo seu charme descontraído e despreocupado, decide cancelar todos os compromissos e ficar no Havai mais duas semanas. Luke é o oposto de Sienna, mas, à medida que a conhece melhor, não consegue evitar a profunda ligação que sente. Só que Luke não pode dar a Sienna um final feliz, pois o segredo que esconde ameaça abalar o futuro

Já sabia, ainda antes de ter o livro nas mãos, que esta história seria daquelas para mais tarde recordar. É típico da Redmerski criar personagens intensas e apaixonadas que nos cativam desde a primeira página. Sienna e Luke conhecem-se de uma forma quase que inevitável e desde a altura em que colocam os olhos um no outro, a química faz-se logo sentir. Luke, apesar da perda que sofreu muito recentemente, não deixa de ser um homem divertido e com uma mente muito aberta. É inteligente e um apreciador nato da vida e dos riscos que viver implica, apesar de procurar o perigo  e ir de encontro a ele constantemente. Sienna, apesar de ser uma medrosa em relação a quase tudo, entrega-se ao perigo de uma relação com Luke, mesmo sabendo que quando as férias terminarem, ela terá de se separar dele. Ao longo das páginas vamos notando uma mudança radical da maneira de ser dela, embora continue sempre muito conservadora em relação a algumas situações e insegura em relação a muitas outras. 
Para além destas duas personagens principais, temos os amigos de Luke que são hilariantes, de todas as maneiras. Protegem-se uns aos outros com unhas e dentes e mostram que sem amigos leais e dedicados pode-se passar um mau bocado na vida.
Adorei a forma como os desportos radicais (muito radicais) são abordados neste livro e consigo perceber os receios de Sienna e identifico-me completamente com ela na questão do medo de voar. É compreensível que ela tenha receio de não ter o controlo da situação, ainda mais quando não está com os pés assentes na terra. Colocar as nossas vidas nas mãos de outra pessoa custa imenso e embora esteja provado que o transporte aéreo é dos mais seguros, ainda não estou completamente convencida.
Achei muito doce a forma como eles lidaram com os problemas e a forma como se conciliaram com o modo de vida de cada um. A vida é feita de adaptações e de mudanças e só temos  de saber encaixar umas nas outras de modo que no final tenhamos tomado as decisões e os passos certos.
Mais uma vez Redmerski criou os espaços, as situações e os sentimentos ideais a uma história como essa. Sienna e Luke tornaram-se em mais um casal para relembrar com saudade.
Já sentia falta de um livro escrito por esta autora que é uma das minhas preferidas e que nunca me decepciona. 
Recomendo vivamente, principalmente a quem adora o mar, a praia, o sol e desportos radicais.
(Este exemplar foi gentilmente cedido pela Presença em troca de uma opinião sincera)

18/02/2016

Porto Editora | Milagre | Deborah Smith | Opinião

Sebastien de Savin é um brilhante cirurgião cuja habilidade e arrogância representam uma mistura explosiva. No passado, um segredo obscuro foi o responsável pelo endurecer do seu coração, até que um milagre acontece. O milagre dá pelo nome de Amy Miracle, uma rapariga tímida com um emprego de verão nas vinhas da família de Savin e a última pessoa pela qual alguém como Sebastien esperaria apaixonar-se.
Um acaso junta-os: graças a Sebastien, Amy escapa de uma vida de pobreza e abusos psicológicos, adquire autoconfiança e progride numa carreira de sucesso. Graças a Amy, Sebastien reaprende a rir e desperta para o amor. No entanto, a vida real separa-os. Embora tendo passado pouco tempo juntos, a memória desses preciosos momentos assombra-os durante anos. Até ao dia em que os seus caminhos se cruzam novamente…

Repleto de personagens bem-humoradas e apaixonantes, Milagre é sobretudo uma história de amor e de conflito inesquecível, que mostra como o amor pode parecer improvável, mas nunca é impossível.

Este foi o primeiro livro que li desta autora e tenho de admitir que me agradou muito. A maneira doce e leve com que Deborah Smith escreve é muito atractiva e até certo ponto, viciante. Adorei esta história entre Amy e Sebastien. Um amor que começou de uma forma algo caricata e que, apesar da separação, esteve sempre presente no dia a dia dos dois. 
Sebastien é um médico já muito famoso apesar de ter apenas vinte e nove anos. Inteligente, arrogante e apaixonado em tudo o que faz, apesar de muitas das vezes essa paixão não ser bem entendida e ser considerada como falta de humildade e frieza. Carrega consigo um trauma familiar que dita a maneira como ele encara o pai e os irmãos mais novos. É baseado nesse mesmo trauma que Sebastien, apesar ter aberto um pouco o coração a Amy, foge para longe e deixa-a de coração partido, embora também a deixe financeiramente amparada e com a vida resolvida, uma vez que Amy vinha de família pobre e sem qualquer perspectiva de melhoria no futuro. Quanto a esta pequena Miracle que deu a volta à cabeça de um cirurgião famoso, dono da vinha onde ela trabalhava, é amorosa e doce. Preocupa-se com todos e, por ser tão bondosa, é constantemente maltratada  pelo seu pai, um reformado circense, que caiu na desgraça alcoólica e arranjou a maneira mais fácil de descarregar a frustração pessoal na filha que nada mais faz do que aturar, calada, os maus tratos do único progenitor que tem e os seus desvarios. Apaixona-se irremediavelmente por Sebastien e é esse amor que a faz crescer e lutar pelos seus direitos e pela sua felicidade. Entrega-se a ele de corpo e alma, embora saiba que ele irá para longe. Faz com que ele a ame enquanto estão juntos e depois de ficar sozinha, encontra o seu caminho no mundo artístico da Comédia Stand-Up. Tem pavor dos palcos, mas consegue vencê-lo e após alguns anos e alguns maus relacionamentos, reencontra um Sebastien ainda mais "retorcido" pela dor e ainda mais amargo pelos anos passados em sofrimentos e perdas constantes. Sebastien sabe que a única que o pode salvar da escuridão dos seus dias é apenas Amy e é com esta ideia que ele a encontra, mais bonita que nunca e mais segura de si. 
À maneira de deborah Smith, o final só poderia ser feliz, no entanto, não foi um final fácil. Muitos traumas a serem desvendados, maldições a serem desfeitas e acima de tudo, o poder que o Amor tem de curar e ajudar a ultrapassar todas as dores.
Uma autora para seguir de perto (bem perto) e assim que possa, ler os livros anteriores.

(Este exemplar foi gentilmente cedido pela Porto Editora em troca de uma opinião atempada e honesta)

17/02/2016

Divulgação CoolBooks | Pelas Ruas de Uma Cidade Sem Nome | Ebook | Carla Ramalho

Edição:2015
Páginas: 132
Editor: Coolbooks
ISBN: 978-989-766-044-3
Idioma: Português

Uma prostituta que sonhava ser escritora. Um escritor que tinha desistido de sonhar. Uma história que precisava ser contada.

Madalena, prostituta, perdida nas ruas de uma cidade sem nome, encontra na escrita o bálsamo para as exigências e a crueza da sua profissão. De noite suporta o peso dos homens que a procuram, de dia vagueia entre a solidão sufocante e o preconceito dos conservadores vizinhos. E é quando pensa que a vida já não a poderia surpreender que conhece João, um escritor que liberta os seus demónios no papel. As palavras que trocam e o combate aos pesadelos que os atormentam acabam por os levar numa sedutora mas perigosa descoberta. Quanto vale um amor verdadeiro? Quanto vale uma história com princípio, meio e fim?

Poderá ler as primeiras páginas AQUI

Carla Ramalho
Nasceu em Évora, em 1976. Acredita que foi por ter nascido alentejana que lhe veio o gosto pela escrita – a prosa das gentes e a poesia da planície tinham de extravasar. Licenciou-se em Sociologia e trabalha há vários anos na área social. A investigação, a formação profissional e os projectos de desenvolvimento local já a fizeram viajar um pouco pelo país. Até pela Europa. Mas é sempre à escrita que regressa. Nunca deixou de escrever. Para si, acima de tudo. E para os mais chegados que, simpaticamente e sem pensarem muito nas consequências, lhe elogiaram continuamente o jeito. Surge agora o seu primeiro romance.


Resultado de imagem para coolbooks