26/06/2020

Novidade Planeta | A Minha Querida Rose Gold | Stephanie Wrobel

A Minha Querida Rose Gold, de Stephanie Wrobel, promete ser um dos thrillers de 2020. A revista Newsweek, a Marie Claire, o jornal Washington Post e o site Pop Sugar são apenas alguns dos meios que destacam este livro como um dos títulos mais aguardados para este ano. 

Chega às livrarias no dia 7 de julho.

Esta é a obra de estreia de Stephanie Wrobel e os seus direitos já se encontram vendidos para 25 países.

Rose Gold é uma jovem que durante 18 anos é manipulada e envenenada pela mãe. Depois de esta ser libertada da prisão, Rose toma a decisão calculada de a receber em sua casa. Quando Patty sai da prisão está mais uma vez determinada a assumir o controlo sobre a filha. Mas Rose Gold já não é a jovem débil e querida de que Patty se lembra.

Ao longo das páginas deste thriller intenso, somos confrontados com esta relação disfuncional e doentia entre mãe e filha. E com as personalidades contraditórias das personagens: Patty sofre de síndrome de Münchhausen, mas apercebemo-nos que Rose Gold era cúmplice e gostava das «aparentes» doenças de que padecia.

A Minha Querida Rose Gold tem recebido as melhores críticas, como, por exemplo, do autor best-seller Lee Child: «Sensacionalmente bom – duas personagens complexas que alimentam a história como uma reação nuclear e não as deixará esquecê-las. Wrobel é uma das escritoras a ter debaixo de olho».

Sobre a autora
Stephanie Wrobel cresceu em Chicago e vive em Inglaterra há quatro anos com o marido e o seu cão Moose Barkwinkle. Tem um MFA pelo Emerson College e escreveu um pequeno conto que foi publicado na Bellevue Literary Review. Antes de se dedicar à escrita trabalhou como criativa em várias
agências de publicidade. A Minha Querida Rose Gold é o seu primeiro romance.

https://www.stephaniewrobel.com

22/06/2020

Opinião | A Rapariga da Falésia | Rachel Abbott | TopSeller

«Muito bem escrito e viciante. Não o consegui pousar até ao final.» 
Robert Bryndza, autor bestseller de A Rapariga no Gelo

Quem acreditará na sua história se a única testemunha estiver morta?

Mark e Evie vivem numa casa magnífica, no alto de uma falésia, com grandes janelas de vidro viradas para o mar. Após um romance breve e repentino, Evie engravidara e decidiram viver juntos naquela casa, que pertencia a Mark.

A irmã de Mark, Cleo, desconfia. O irmão mal tinha feito o luto da primeira mulher, quando conhecera Evie. Nem sequer conseguia descer ao ginásio da casa, por ter sido lá que ela morrera, num alegado acidente. E agora, quando Evie surge com nódoas negras e feridas, culpando pequenos acidentes e distrações suas, Cleo fica novamente preocupada. O seu irmão é um homem bom. Ele não pode ter nada a ver com aquilo. Ou pode?

Na noite em que a sargento Stephanie King é chamada à casa do alto da falésia, encontra um cenário de terror. Dois corpos entrelaçados na cama, sangue espalhado por toda a parte. Um deles morto, o outro vivo.

O que terá acontecido realmente naquela noite?

«Li este livro perturbador e viciante de uma só vez. Adorei.» 
Laura Marshall, autora do bestseller Pedido de Amizade

Este livro agarrou-me desde o início. Embora ainda não tivesse lido nada da autora, sabia que ia gostar bastante do que ia ler. São aquelas certezas que temos de vez em quando.
Mark e Evie, supostamente, têm uma vida calma e cheia de amor entre os dois. No entanto, à medida que vamos lendo, sentimos sempre que alguma coisa não está bem e que nem tudo é o que parece. Se pensamos que esta história é apenas de Mark e Evie, estamos totalmente enganados. Desde o início que sempre achei que Cleo, a irmã de Mark faz parte das personagens principais, não só porque é a melhor amiga de Mark desde que ficaram os dois sozinhos no mundo, mas porque também é a pessoa mais constante da vida dele. Ajudou-o a ultrapassar a morte da primeira mulher e, à sua maneira, tenta que ele acorde daquele novo relacionamento com Evie, apesar de agora, haver uma criança envolvida e que Cleo absolutamente adora acima de tudo.
Ao longo do livro vai sendo evidente de que algo de muito grave se passa naquela casa e, se ficamos com a ideia de que todas as situações de aparente violência doméstica tem apenas uma vitima, ao chegarmos ao final vemos que não é bem assim.
Este é o tipo de história que nos prende do início ao fim, até porque mesmo a morte da primeira esposa de Mark está envolto em um grande mistério também.
É uma história que nos deixa sempre um bocado à toa no que se refere às personagens e às suas verdadeiras intenções e acções o que faz com que queiramos, depressa, chegar a uma conclusão e saber, de uma vez por todas, o que realmente aconteceu.
A forma como a autora escreve, descomplicada e fluída, ajuda muito a que a leitura não se torne chata e frustrante porque o que num capítulo temos a certeza do que aconteceu, no outro ficamos com ou sem nenhuma certeza do que de facto se está ali a passar.
Gostei muito de Cleo. Uma personagem que muitos hão-de considerar como secundária, mas que deu uma profundidade e valor muito grande a este livro.
Com certeza que o facto de as pontas soltas ou peças do puzzle encaixarem umas nas outras ao longo da narrativa ajuda o leitor a chegar mais cedo a uma conclusão, mas nem sempre isso é mau. Gosto de ter alguns palpites à maneira que vou lento e, quando chego ao final ter a satisfação de ter acertado ou, se me enganei, rever tudo na minha cabeça para tentar perceber onde é que me distraí ao ponto de não ter adivinhado aquele final em específico. Neste livro, as pistas que nos foram sendo dadas, ajudam imenso a que cheguemos a uma final anunciado e esperado.
Recomendo!

08/06/2020

Opinião | Voltar a Amar-te | Carrie Elks | Planeta Editora

Vale a pena dar uma segunda oportunidade ao amor?

Beth Lawrence tem vinte e nove anos e a vida encarrilada. Um emprego que adora, um marido rico e uma bela casa estão muito distantes da tragédia que a atingiu quando tinha dezanove anos. Mas agora que o passado parece ter ficado para trás, um antigo amor entra de novo na sua vida. E traz recordações dolorosas de uma época que se esforçou muito para esquecer, reanimando uma paixão que tentou enterrar anos antes.
Niall Joseph é um artista em ascensão, regressado do seu sucesso na América. Tendo-se voluntariado para ensinar numa clínica para toxicodependentes de bairros problemáticos, a última pessoa que está à espera de encontrar é a rapariga que lhe destroçou o coração há nove anos. Trabalhar juntos permite-lhes sarar feridas antigas e forjar uma ligação mais profunda.
Uma ligação que começa lentamente a inflamar-se. Ao mesmo tempo que se envolve com uma criança negligenciada e a sua mãe toxicodependente, Beth sente-se atraída por Niall. Mas nenhum deles pode prever como é difícil trilhar a ténue fronteira entre amizade e desejo. Um coração destroçado pode reaprender a amar?

Carrie Elks foi uma boa surpresa. Quando peguei neste livro não tinha as expectativas lá muito no topo porque às vezes corre mal.
Assim, na desportiva, comecei a ler e, aos poucos, fui começando a gostar bastante do que estava a ler. A autora adopta uma escrita leve e simples, de modos a que a leitura não se torne aborrecida e lenta. Cria personagens com personalidades distintas mas fortes nas suas formas de pensar e agir de acordo com o que se lhes depara.
Temos uma Beth que, tendo um passado carregado de drama e de situações de levar qualquer um "ao fundo do poço", decide deixar tudo para trás, inclusive uma paixão avassaladora que acabou por lhe destruir a vida, e constrói uma vida calma, consistente e cheia de objectivos, casada com um homem muito mais velho do que ela, mas que a salvou na altura exacta em que ela precisava de ser salva. Embora tenha sentido um carinho especial pelo homem que lhe deu uma vida nova e a protegeu até aos dias actuais, percebi também que, mais cedo ou mais tarde aquele casamento havia de ser prejudicado pela grande diferença de idades entre os dois e até pelo status social de onde cada um estava habituado a viver. Enquanto que ela já tinha passado pelo pior que a sociedade tem a "oferecer", ele é rico e bem conhecido na sociedade como um homem elegante, educado e senhor de uma finura e classe que não se coadunava, de todo, à maneira de ser de Beth. No entanto, durante algusn anos, foi um casamento feliz, até ao dia em que deixou de o ser, muito devido ao facto de a antiga paixão ter reaparecido e ter sacudido a vida calma e ponderada que Beth tinha construído a muito custo.
Niall tinha sido aquela paixão assombrosamente intensa que apanhou a jovem Beth desprevenida e apoderou-se de todo o seu ser quando o que devia estar a fazer era estar empenhada na Universidade e em ser alguém na vida. No entanto, quis o destino que Niall, um jovem artista demasiadamente atraente para o seu próprio bem, atravessou-se no caminho de Beth, levando-a a cometer loucuras e a entrar por caminhos travessos. Uma tragédia, contudo, fez com que se separassem abruptamente e, desde aí, nem um, nem outro voltou a ser feliz.
Quando Niall reaparece, Beth nem quer acreditar, mas, ao mesmo tempo, aceita que o que sentia por ele estava apenas adormecido no fundo da sua mente e do seu coração e, até se convencer de que tem que tomar uma atitude madura e responsável em relação a toda a sua vida, Beth vai ter de rever e reavaliar tudo o que conseguiu até ali e do que vale a pena abrir mão para ser real e plenamente feliz ao lado de quem ela ama.

Gostei bastante da forma como a autora conseguiu transformar o Niall rebelde e inconsequente num artista cheio de emoções mas mais responsável e ponderado, ainda que sempre com a mesma intensidade de sentimentos.

Recomendo!