Opinião | Ligeiramente Perverso | Mary Balogh | Saga Bedwin

A família Bedwyn está de volta. Estes seis irmãos e irmãs são capazes de tudo para concretizarem os seus sonhos… até de mandar às urtigas as normas rígidas da alta sociedade britânica, na qual continuam a fazer os possíveis por não ferir demasiado os sentimentos alheios.

É difícil resistir a Lord Rannulf Bedwyn. Para Judith Law, ele é um sonho tornado realidade. É com este belo desconhecido que a jovem decide passar a única noite de paixão da sua vida. Na manhã seguinte, ela submete-se resignadamente ao deprimente papel de dama de companhia de uma tia rica. Judith nunca pensou voltar a ver o homem a quem se entregou de forma tão arrebatada... e imprópria, muito menos encontrá-lo sob o mesmo teto e a cortejar a sua prima. Só que as aparências iludem. Rannulf não esqueceu a noite que passaram juntos. E Judith luta consigo mesma e com essa memória, à qual não pode ceder sob pena de perder a proteção da tia, o seu único sustento após a ruína da família. Quando um escândalo ameaça destruir a sua já frágil existência, Rannulf não hesita em recorrer ao poder e influência dos Bedwyn para a salvar. Os sentimentos de ambos estão ao rubro. Mas qual o futuro de uma relação que começou com uma paixão despudorada e culminou em humilde gratidão? Poderá o verdadeiro amor nascer de algo ligeiramente perverso?

(Pode Conter Spoilers)

Gosto imenso de sagas em que se centra numa família. Foi assim com a saga Bridgerton de Julia Quinn, e Mary Balogh não lhe fica muito atrás nesse aspecto. Adorei a forma como ela juntou este rebelde Lord Rannulf, que a todo o custo tem de ir de encontro ao último desejo da sua avó adorada e temida, com a doce Judith, que apenas queria ter um gosto do que é ser-se amada e arrebatada antes de destinar toda a sua vida a uma existência aborrecida e desinteressante ao lado da tia, como sua dama de companhia.

O humor de Mary Balogh é patente em cada livro desta saga. De uma forma inteligente e sagaz, a autora revela-nos duas personagens feitas uma para a outra, tanto a nível de personalidade como a nível emocional. Tanto Rannulf como Judith anseiam por aquela pessoa que os liberte para o amor e para a aventura.

Gosto imenso destes Bedwyn, até porque cada um dos irmãos não consegue conceber a vida sem os outros e de uma maneira ou de outra acabam sempre por verem-se envolvidos nas vidas uns dos outros. 

Quem me conhece sabe que adoro romances de época e, pese embora, Julia Quinn seja a minha autora de eleição neste género, posso dizer que Mary Balogh conseguiu captar a minha atenção e dedicação a esta saga. Tambem gosto imenso de como a autora consegue descrever as várias personagens deste livro em capítulos pequenos e ligeiros, tornando a leitura muito mais leve e prazerosa. Não sei se são como eu, mas não gosto lá muito de capítulos muito grandes e este livro, assim como o primeiro, é de leitura extremamente ligeira e simples. Quase que nos sentimos parte da história de tão leve que a leitura é. 

Parece-me que esta família ainda vai dar muito que falar...

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