Romance inédito em Portugal de um dos nomes cimeiros da literatura mundial.
Confissão de um Assassino (Cavalo de Ferro | 144 pp |13,99€), inédito em Portugal, é um dos romances mais famosos de Joseph Roth, jornalista e escritor austríaco, nascido em 1894 e falecido em 1939. Nas suas obras encontramos um admirável fresco da Europa das primeiras décadas do século XX. Neste caso, como anuncia o subtítulo, trata-se do relato de uma noite, de uma fuga, de um crime.
Sentado ao balcão de um restaurante, ponto de encontro de emigrantes e exilados russos em Paris, Golubchik, antigo agente da Okhrana, a temível polícia secreta do Czar, entrega-se finalmente ao relato sofrido da sua vida.
À medida que avança, copo após copo, noite dentro, os poucos clientes presentes veem-se embrenhados no fascinante percurso deste homem, desde a sua tentativa em reclamar o nome nobre do seu pai, ao encontro com uma personagem misteriosa que ensombrará para sempre o seu futuro, passando pela sua destrutiva história de amor com uma mulher e pelo seu ódio ao meio-irmão, o Príncipe.
Confissão de um Assassino é, ao estilo dos grandes romances russos, simultaneamente uma poderosa análise da natureza humana e do poder hipnótico do Mal e um retrato vívido e agitado dos modos e dos acontecimentos mais marcantes de uma época, da Revolução bolchevique ao ambiente de Paris que antecede a Primeira Guerra Mundial. Uma narrativa emocionante, próxima de Dostoievski na descrição de uma psicologia votada para o Mal
«Joseph Roth é um dos grandes escritores de língua alemã do século XX.»
The Times
«Um dos aspectos mais notáveis do talento de Roth é a sua versatilidade (…) e, nos últimos anos do seu exílio, com Confissão de um Assassino, conseguiu um livro que, entre o suspense e o livro de espionagem, nos recorda Dostoievski.»
New York Review of Books
Joseph Roth, escritor austríaco de origem judaica, nasceu em 1894 na cidade de Brody (Galícia Oriental, actual Ucrânia). Estudou Filosofia e Literatura Alemã na Universidade de Viena. Em 1916, alista-se como voluntário na Primeira Guerra Mundial e cai prisioneiro do exército russo, experiência que o marca profundamente. Após o final da guerra, inicia uma carreira no jornalismo que o leva a mudar-se com a família, primeiro para Berlim, depois para Frankfurt, e, finalmente, em 1925, para Paris. O final da vida do escritor seria marcado pela tragédia, pressentida na sua breve e pungente novela A Lenda do Santo Bebedor, de 1939: exilado numa Paris em vésperas de mais uma guerra mundial, Roth acabaria por falecer nesse mesmo ano, consumido pelo alcoolismo.
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