07/02/2019

Opinião | Monstress - Refúgio | Volume 3 | Marjorie Liu | Sana Takeda | Saída de Emergência

Maika Meiolobo começou a desvendar os mistérios do seu passado, mas os desafios do presente são cada vez maiores. Neste terceiro volume, a viagem de Maika leva-a à cidade neutral de Pontus, onde espera encontrar um refúgio temporário dos seus perseguidores. Infelizmente, Pontus pode não ser tão segura como Maika e os seus aliados esperavam.
Com a inevitável guerra entre humanos e arcânicos cada vez mais próxima, e com forças poderosas lutando pela possibilidade de controlar o seu futuro, Maika descobre que precisa de colaborar com Zinn, o Monstrum que vive dentro dela, para garantir a sobrevivência de ambos. Mas talvez nem essa aliança seja suficiente para preparar Maika para os horrores que aí vêm.

Não é segredo nenhum para os seguidores do Sinfonia de que eu adoro este tipo de livros. Foi uma honra e um prazer enorme para mim poder ler mais este volume desta série absolutamente fantástica. Aliás, é impossível ficar-se indiferente a estes livros. Os desenhos, as linhas, os diálogos, a acção, as personagens. Tudo leva-nos de encontro a um mundo, fora deste mundo literalmente!
Maika MeioLobo, a nossa personagem principal, continua a sua demanda para desvendar todos os elementos do passado que não conhece. A verdade sobre a mãe, sobre de onde veio e quais as suas raízes. Tudo o que sempre fez parte da vida dela foi a violência, a morte e a destruição à sua volta. No entanto, ao contrário dos volumes anteriores, neste Maika faz uso de Zinn, o monstro que a habita e sobre o qual ela nada sabe, apenas que ele só destrói tudo à sua passagem, que é medonho e que dorme quando tem a sua fome saciada. 
Quando Maika apercebe-se de que terá de juntar a sua força à de Zinn, revolta-se mas não tem outra alternativa se quer seguir adiante na sua missão. Indo para Pontus, uma cidade que se julgava segura ou mais ou menos segura para se refugiarem e pensarem num plano, vêem-se envolvidos numa guerra da qual muitos poderão não sair intactos. Lá encontram novos inimigos, inimigos recorrentes e a segurança não é a que esperavam. 
Nestes livros é abismal a forma como tudo é retratado. Sem diálogos da treta e a arte gráfica de uma violência que nos absorve e puxa para o meio de toda aquela agressividade e crueldade. Não se deixem enganar pela beleza dos gatos e da pequena raposa (que é absolutamente adorável, é verdade). A verdade é que esta obra de arte retrata os horrores de uma guerra. Seja ela entre raças iguais ou diferentes. Cada um luta com as armas que tem e, na maioria das vezes, não sobrevive. 
Gostei da forma como se conseguiu juntar Maika a Zinn. Afinal de contas, ele faz parte dela e cada um sobrevive como pode.
Ansiosa pela continuação.

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