Escangalhar a Cena 1x Por Semana #14 (By Ivonne)

O Escangalhar desta semana será da inteira responsabilidade da Ivonne. Esperamos que gostem e que deixem a vossa opinião!

O que procuramos?

Ou

Tudo se resume a…

“Emoção”

Esta semana propus à Vera escangalhar sobre séries. Vai ser, portanto, um post mais sentimental, pessoal e com menos humor que os anteriores. Já vão perceber porquê.

Séries, filmes, músicas... Tudo formas de vermos a vida, de a sentirmos, de a vivermos, para lá da nossa. Como forma de procrastinar ou apenas relaxar, uma destas três - ou mesmo todas – acaba por preencher o vazio. C’mon, quantas vezes não nos sentamos em frente à televisão e sintonizamos numa série qualquer? É melhor do que ver Casas dos Segredos e afins, não? E até mesmo esta “Casa” acaba por ser uma série… 

Este ano tenho-me dedicado quase tanto às séries como às leituras. Não é que estas não me satisfaçam, é uma questão de múltiplos interesses e… de tempo. Well, arranjar tempo nem que seja roubar às preciosas horas de sono [é o que dá ser jovem…]. Sempre fui uma pessoa muito visual, até mesmo nos livros. Nos de época, sentia-me a observar no meio do baile; nos paranormais sentia-me a ser mordida por um vampiro ou atacada por um demónio; nos policiais a entrar na mente do assassino ou do herói. 

Nos momentos de maior cansaço ou apatia, os livros não me chegam e preciso de visualizar no verdadeiro sentido da palavra. 

Don’t get me wrong, fellows. Um livro não deixa de ser um livro, será sempre o meu “objecto” favorito, a minha primeira escolha. A imaginação é um dos nossos melhores recursos, mas uma imagem vívida… já diz o ditado: vale mais que mil palavras. 

E aqui está o problema. Salvo raras excepções, nos livros sentia-me a observar e não uma das personagens. E é isso que as séries trazem de novo. 

Por muito que me custe dizê-lo, não é obrigatório gostar de ler. O meu irmão, por exemplo, não gosta. Talvez seja a única neste caminho, o de gostar tanto de séries e afins como de livros, talvez tenha uma vida aborrecida, não sei. Ou… talvez uma única não me complete. É como a tal lenga-lenga “um leitor vive mil vidas”. As séries, filmes, músicas, etc acabam por ser formas diferentes de viver “mil vidas”.

A série que me andou a tirar o sono recentemente foi One Tree Hill. Estava nos primeiros episódios quando perguntei a uma conhecida “é tipo Dawson’s Creek?”, ela respondeu “não, é mais estilo familiar”. Bom, pode-se dizer que é uma junção das duas já que Dawson acabou por envolver bastantes conflitos familiares e parentais. Em One Tree Hill, temos dois irmãos, filhos do mesmo pai, um reconhecido e outro abandonado, Nathan e Lucas, a típica história da princesa rica, princesa pobre, só que aqui a competição não é pela tiara e sim pelo lugar na equipa de basquetebol. Duas pessoas diferentes – à partida – cuja jornada os coloca à prova em diferentes áreas da vida: família, amor e carreira. 

E não é isso que importa?

Todas as séries ensinam algo. Ou, pelo menos, deviam ensinar, deviam ter um mote, deviam ter algo que as tornassem inesquecíveis. Esta de que vos falo ensina o valor do amor, da amizade, da comunicação, da família, da valorização do sonho, de lutar, de acreditar e de nunca esquecer. De cair e de levantar. De perda e de perdão. Do passado, do presente e do futuro. 

Já muitas ocuparam este lugar. Desde Game of Thrones a Castle, Roswell a Buffy, Dexter ou apenas Lois & Clark: The New Adventures of Superman, as opções são inúmeras. Tal como acontece com os livros, graças às séries já “vivi” de tudo um pouco. E continuarei a viver… dentro e fora do ecrã. É esta a beleza de termos alguém a produzi-las, a representá-las, a escrevê-las...

E vocês? Que séries guardam no coração? :D