01/09/2022

Opinião | A Última Festa | Clare Mackintosh | Cultura Editora

Na véspera de Ano Novo, Rhys Lloyd tem a casa cheia de visitas. O seu resort à beira do lago é um sucesso, e ele convidou, generosamente, toda a gente na localidade para beber um copo na companhia dos novos vizinhos ricos. Será a melhor festa de sempre! Mas nem toda a gente aparece para celebrar. À meia-noite, Rhys surge a flutuar, morto, nas águas geladas do lago.

No dia de Ano Novo, a detetive Ffion Morgan tem uma localidade cheia de suspeitos. Aquela pequena comunidade é a sua casa, portanto os suspeitos são os seus vizinhos, amigos, familiares… — e a própria Ffion tem mistérios para proteger.

Com uma mentira descoberta a cada passo, rapidamente o que importa já não é apenas saber quem queria ver Rhys morto, mas quem realmente o matou.


    Já não lia um policial há algum tempo e, para mudar um pouco de ares, este livro não podia ter sido melhor escolha.
Confesso que os primeiros capítulos foram um pouco complicados de absorver porque é uma história recheada de personagens, todas elas interligadas umas às outras e com papeis fulcrais para o desfecho e resolução do mistério todo. No entanto, assim que nos habituamos às personagens, aos papeis que desenrolam e aos seus nomes, alguns meio estranhos, torna-se uma leitura viciante e extremamente apelativa.
    De uma forma absolutamente exemplar, a autora consegue unir as personagens todas e através das mudanças temporais passado/presente temos sempre um conhecimento alargado de tudo o que se ia passando na vida e nos pensamentos dos intervenientes. Todas essas analepses conferem à história uma energia fundamental para não tornar a leitura monótona.
    Rhys Lloyd um artista aclamado da zona mais escondida do Norte de Gales aparece morto na manhã de Ano Novo e, na tradição do primeiro banho gelado do ano, é encontrado a flutuar no lago pelos habitantes tanto do novo complexo de luxo por ele próprio criado, The Shore, como pelos habitantes da pequena localidade de Cwm Coed.
    Ffion, detective do departamento policial da zona de Cwm Coed e Leo Brady, agente do departamento de Inglaterra, ficam encarregues de desvendar, de entre tanta gente que tantos motivos tinham para matar Rhys Lloyd, quem de facto foi o culpado ou culpados.
    A par com o mistério da morte de Rhys, também somos confrontados com acontecimentos passados de muitas das mais importantes personagens deste enredo e, alguns segredos sombrios e terríveis serão postos a descoberto. Serão esses segredos o ponto chave para desvendar de quem, entre todos, mais motivos tinha para o matar?
    Devo dizer que o final apanhou-me completamente desprevenida e quando pensava que o caso já estava resolvido e o assassino tinha sido descoberto, afinal parece que as coisas não forma bem como toda a gente pensou que tinha sido.

    Recomendo vivamente!

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