Grande Vencedor do Prémio Goodreads Melhor Romance de 2016
O que te resta quando o homem dos teus sonhos te magoa? Lily tem 25 anos. Acaba de se mudar para Boston, pronta para começar um nova vida e encontrar finalmente a felicidade. No terraço de um edifício, onde se refugia para pensar, conhece o homem dos seus sonhos: Ryle. Um neurocirurgião. Bonito. Inteligente. Perfeito. Todas as peças começam a encaixar-se.
Mas Ryle tem um segredo. Um passado que não conta a ninguém, nem mesmo a Lily. Existe dentro dele um turbilhão que faz Lily recordar-se do seu pai e das coisas que este fazia à sua mãe, mascaradas de amor, e sucedidas por pedidos de desculpa.
Será Lily capaz de perceber os sinais antes que seja demasiado tarde? Terá força para interromper o ciclo?
Quem segue o Sinfonia dos Livros sabe que Colleen Hoover é a minha autora preferida e, para mim, não foi surpresa nenhuma que este livro tenha sido considerado o Melhor Romance de 2016 no GoodReads.
Já tinha lido este livro na sua versão em inglês o ano passado e fiquei na dúvida se escreveria a minha opinião naquela altura ou se esperava para o reler na nossa versão portuguesa e, aí sim, publicar a minha opinião. Quando o li pela primeira vez fiquei completamente rendida à história e às suas personagens. Agora quando o reli, tentei fazê-lo de uma maneira mais calma (queria eu), mas a reacção foi exactamente a mesma. Se por um lado sentia-me a reviver as mesmas emoções que já tinha sentido antes, por outro lado parecia que estava descobrir tudo de novo. É esse o poder de Colleen Hoover.
Este livro chega até nós com um tema extremamente delicado e que, infelizmente, é sempre actual seja em que época for. Não vou dizer qual, embora quando começarem a ler cheguem lá depressa. Em alguma altura da vida, qualquer um de nós já terá, pelo menos, presenciado situações referentes a esta temática e é sempre muito complicado ajudar e apoiar quem passa por isso.
No entanto, apesar de grande parte do livro centrar-se neste determinado tema, nem tudo é drama e sofrimento ou não fosse este um livro escrito por Colleen. Se calhar é por isso que gosto tanto dela. Ela consegue pegar numa história dramática e conferir-lhe alguns momentos cheios de humor e boa disposição. Tanto podemos chorar desalmadamente, como um capítulo depois podemos estar a rir como umas perdidas. Este livro, felizmente, está recheado de situações bem humoradas e leves que nos permite afastar um pouco a mente do tema central.
As personagens? Como não gostar delas? Lily é, de facto, a personagem que mais carisma nos revela. Desde muito jovem que tem um sentido de responsabilidade muito acentuado e isso ajuda-a a ultrapassar os maus momentos. Não fosse pelo seu coração bondoso e complacente nunca teria conhecido Atlas, a minha personagem de coração. Ao longo das cartas/diários que ela escreve a Ellen DeGeneres (artista que eu adoro), Lily vai contando a sua história e a de Atlas. São esses mesmos diários que nos vão dando, em doses controladas porque o coração não é de ferro, acesso a todo o ambiente familiar em que ela estava inserida o que é, na verdade, a essência deste livro.
Ao longo de todo este livro não deixei, por nenhuma ocasião, de sentir aquela empatia e conexão com as emoções, os dilemas, as dúvidas e as certezas de Lily. É perfeitamente compreensível cada decisão que ela tomou e, chegando ao final, acabamos compreender o porquê de certas atitudes da parte dela em relação a certas situações que ela foi passando.
Este livro está recheado de pontos positivos, mas tenho de dizer que tem um dos epílogos mais emocionantes e perfeitos que já tive o privilégio de ler, a par com a nota da autora, que desde já digo, que tem mesmo de ser lido no final de tudo. Não cedam à vontade de o ler no princípio porque depois a leitura já não vai ser a mesma coisa, garanto!
Em relação à tradução, aspecto muito importante a ter em conta, estava com receio que fosse um pouco tendenciosa?, mas fiquei mesmo contente e satisfeita por ter lido uma tradução tão boa. Admito que muitas vezes tinha a mania de ir ao livro original e ver como estava em inglês, mas com o passar das páginas fui perdendo essa mania porque, de facto, a tradução está ao nível do livro. Uma tradução limpa, directa e sem invenções. Para ser sincera, consegui emocionar-me ainda mais com a re-leitura do que da primeira vez que li.
Para quem está com vontade e curiosidade em ler este livro, aviso já que se devem preparar para uma leitura intensa, emocional e da qual não se vão esquecer tão depressa.
Venha o próximo, Colleen!
(Este exemplar foi gentilmente cedido pela TopSeller em troca de uma opinião sincera)
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