28/02/2014

Opinião - Uma História de Amor Eterno de Sebastian Cole

Uma História de Amor Eterno

Disponível na Presença

Ao longo da minha vida como leitora posso dizer que já li imensos romances, muitos mesmo. Uns bons, outros menos bons, uns lamechas demais, outros terríveis e outros que me marcaram. 
Em que categoria enquadro este primeiro livro de Sebastian Cole? Boa pergunta. Consigo enquadrá-lo em duas, se calhar mais, mas duas chegam. Sim, leram bem, em duas. Na categoria dos bons romances não lamechas demais e na categoria dos romances que me marcaram por algum motivo. 
Passo a explicar:
Para já, recordar que este livro foi comparado ao "Diário da Nossa Paixão". Logo aí aguçou-me a curiosidade e a vontade de o ler, e rapidamente. 
Sempre gostei do tipo de romance que Nicholas Sparks escreve, falo nele porque é uma das referências na apresentação deste livro. Gosto de romances que nos enchem o coração e nos fazem derramar algumas lágrimas, não muitas porque senão já não é romântico e sim dramático. Nem tanto, nem tão pouco, sempre ouvi dizer. Lembro-me que um dos romances que mais me fez chorar foi, precisamente "As palavras que nunca te direi" de NS., e nunca mais me saiu da mente. 
Agora que o acabei de ler realmente tem muitas semelhanças com o referido romance. 
A história é contada por Noah, já com 80 anos e numa cama de hospital. Conta a história atribulada entre ele e a sua alma-gémea, Robin. Aquela que ele dizia que o fazia sentir-se vivo como ninguém só quando olhava para ele e que lhe fazia sentir borboletas no estômago que não o deixava sequer alimentar-se como deve ser.
Noah é o homem pelo qual qualquer mulher espera. Gentil, meigo, atencioso e romântico. Tem mais dinheiro do que o que consegue gastar e é judeu. Os pais são pessoas rígidas e querem à força toda que ele se case com uma mulher da mesma categoria dele e judia. 
No entanto, é por Robin que ele está irremediavelmente apaixonado. Robin, por sua vez, é uma mulher bonita, de cabelo vermelho e coração bondoso. No entanto, algo se passa com ela porque a certa altura, parece deixar de o amar com a intensidade que sentia no princípio quando se conheceram, fazendo com que, depois de muitos desgostos e também de muita felicidade a dois, fiquem separados por mais de 13 anos. 
A certa altura, comecei a achar Noah um pouco permissivo demais e comecei também a "odiar" Robin um pouco, porque ela tinha o poder de o manipular e de fazer com que Noah sofresse como um pobre diabo. Mas lá está, no coração ninguém manda e Noah permitiu-se sofrer por causa do que ela lhe fazia constantemente. Nunca deixou de a amar com todas as suas forças e mesmo comprometido com uma amiga de infância Sarah, ele não conseguiu tirar Robin do pensamento e do coração. Prova de que o amor verdadeiro é mesmo eterno.
O final, foi deveras comovente. Não estava nada à espera de um final assim e foi o que me fez derramar algumas lágrimas. As tais lágrimas obrigatórias num bom romance.
Podia, mais uma vez, ficar aqui o dia todo a falar-vos no livro e na história que ele encerra, mas estaria a estragar-vos a leitura e não é essa a minha intenção e sim a de vos instigar a ler esse livro delicioso. 
Preparem-se para serem testemunhas de um amor forte, verdadeiro e eterno. Um amor que nem o tempo conseguiu destruir.
Recomendo, obviamente!

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