01/06/2022

Série HeartStopper | Alice Oseman | Cultura Editora

  
 

Optei por fazer uma opinião única aos quatro livros disponíveis da série Heartstopper pois achei que seria uma opinião mais completa.
Assim sendo, começando pelo primeiro livro e acabando no último, somos apresentados a Charlie. Um adolescente assumidamente gay e que não sente qualquer vergonha nisso. É o que é, e pronto. Se tem alturas que se sente um pouco ostracizado por isso? Claro, mas mesmo os hetero têm alturas assim, por um ou outro motivo. No entanto, Charlie não é feliz a nível amoroso. Está numa espécie de relação com outro rapaz, mas a meu ver, é uma relação algo tóxica e tendenciosa. 
A partir da altura em que Charlie farta-se da sua actual situação, a vida começa a correr-lhe muito melhor. Conhece Nick, fica amigo de Nick e apaixona-se por ele, muito embora saiba que ele é heterossexual. São amigos, muito amigos e isso é tudo o que lhe importa. Antes amigos do que nada. 
Contudo, da parte de Nick, um sentimento diferente começa a despontar e, pouco a pouco, os dois vão começando algo que era inesperado, pelo menos da parte de Nick. 
Se no primeiro e no segundo livros temos o despontar desses sentimentos entre os dois, com tudo o que isso implica, no terceiro e quarto livros, temos a sua confirmação. Nick e Charlie são inseparáveis e, a cada dia que passa, eles consolidam mais o amor que sentem um pelo outro. Contam com o apoio incondicional dos pais de ambos, embora o pai de Nick, por estar longe, tenha sido o último a saber que afinal o filho mais novo é bissexual. O mesmo não se pode dizer do irmão de Nick, que, a qualquer oportunidade que tem, implica com as escolhas dele. Mas com isso eles podem bem. No entanto, para além desse sentimento puro e forte que nasceu entre eles e que os une para enfrentar qualquer coisa, existem problemas que não são fáceis de ultrapassar. Problemas do foro psicológico que assolam Charlie, e que Nick já vinha reparando desde a viagem que fizeram a Paris com os colegas de turma, e até antes disso.
Distúrbios alimentares, o não saber onde se pertence e com quem contar, vão escurecer as vidas de todas as personagens envolvidas, pois são todas muito unidas. Quando um está menos bem, os outros todos não conseguem estar bem totalmente. 
Será essa amizade, o amor e muita ajuda profissional que vão ajudar Charlie e, consequentemente, Nick a ultrapassar momentos complicados e pesados, ainda para mais tratando-se de adolescentes, altura da vida em que tudo está à flor da pele.

Acho interessantíssimo que a autora tenha conseguido colocar tantos assuntos e problemas importantes a par com tantos sentimentos bonitos que fluem, tanto entre Charlie e Nick, como entre todas as personagens que constam nestes quatro volumes.

Estes quatro livros são, sem qualquer dúvida, leitura obrigatória!

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