Feyre, uma caçadora de dezanove anos, mata um lobo na floresta. Como consequência, uma criatura monstruosa aparece em busca de vingança e arrasta-a para uma terra encantada conhecida apenas através de lendas. Ali, porém, a sua prisão é um palácio magnífico e o seu carcereiro não é um monstro. Tamlin, o Grande Senhor da Corte da Primavera, trata-a como uma princesa.
Durante a convivência forçada com ele, os sentimentos de Feyre passam de fria hostilidade a uma paixão que será vivida apesar das advertências. Mas há um mal antigo a corroer aquele reino e a espalhar-se para o dos mortais. Feyre terá de arranjar forma de o deter ou Tamlin e o seu mundo estarão condenados para sempre.
Este é daqueles livros que ou se ama ou se odeia. Tenho lido imensas opiniões deste livro e são todas tão díspares umas das outras que chega a ser cómico e, ao mesmo tempo, surpreendente.
No meu caso, eu amei, apesar de não ter dado as cinco estrelas. Sou sincera. Não vou atrás de opiniões, algumas maldosas e outras que chegam até a ser ofensivas. Leio e absorvo, não pelo que os outros acharam, mas pelo que a mim me fez sentir. Digo-vos já que este livro é uma montanha russa de... tudo! Desde o início ao fim não há um capítulo que nos dê vontade de passar à frente ou de fechar os olhos e dormir.
Sarah J. Maas, como sempre, consegue prender-nos desde a primeira página até à última, criando personagens apaixonantes e emocionantes. Feyre não consseguiu o meu "amor" desde o início, até porque ela começa logo por matar um lobo (coitadinho), ainda que fosse algo extremamente necessário para a sobrevivência dela e da sua família, achei muito triste ter sido logo um lobo, ainda para mais um tão espectacular.
Contudo, não fosse isso, a nossa Feyre nunca teria conhecido Tamlin e a Corte das Fadas, que toda a gente no mundo humano tanto temia e respeitava (não pelas melhores razões). Por isso se diz que cada acção traz uma reacção, neste caso foi o encontro de Feyre e Tamlin. Rezam as regras das fadas que se um humano matar uma fada, terá de morrer ou entregar-se ao mundo feérico. Tamlin não a matou, portanto, só restava levá-la com ele e atravessar o muro mágico que dividia os dois mundos e protegia um do outro.
Não foi tarefa fácil para Tamlin resgatar a humana que matara a sua fada mas, como Grande Senhor da Corte da Primavera, conseguiu convencê-la a acompanhá-lo e a abandonar as suas irmãs e o seu pai para sempre ou, por tempo indeterminado.
Uma vez no Mundo das Fadas, Feyre vê-se misturada com as mais fantásticas e aterradoras criaturas. Sarah J. Maas tem uma imaginação muito fértil no que a "monstros" diz respeito e as criaturas que nos são apresentadas neste primeiro livro da Saga Corte De Espinhos e Rosas são absolutamente aterradoras, repito!
Feyre é uma jovem lutadora e com um espírito extremamente livre e forte. Apesar de ter acompanhado Tamlin e abandonado o mundo dos humanos pelo seu próprio pé, quando ela chega ao castelo de Tamlin, ela não faz mais do que mostrar a sua revolta e descontentamento por ter sido obrigada a deixar tudo para trás e ir viver no mundo que mais temia e desprezava. No entanto, vendo que Tamlin e Lucien (o melhor amigo dele) não fazem mais do que tratar com respeito e amabilidade, começa a baixar as suas guardas e o desprezo e ódio que sentia por todos eles começa a tornar-se em admiração e algo parecido com amor e empatia. Assim que ela começa a ter noção de tudo o que não vai bem na Corte , vai tentar ajudar a todo o custo e, quando o pior acontece, de entre todos os que podiam ter feito alguma coisa, é ela que vai, literalmente, dar o corpo ao manifesto.
Mal posso esperar pelo segundo volume!
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