14/09/2016

Opinião | A Felicidade Nunca Vem Só | Nora Roberts

Com uma vida de sonho que é a inveja de todas as mulheres, Whitney MacAllister um dia é surpreendida quando um homem misterioso se apodera do seu Mercedes, pouco antes das balas começarem a voar.
Mas esta não é uma tentativa de sequestro nem o homem ferido é um criminoso comum. Inesperadamente, Whitney é arrastada para uma parceria com um estranho para conseguir escapar à morte iminente. Diante deles está uma série de documentos roubados que levam a uma fabulosa fortuna escondida. Atrás, um grupo de assassinos implacáveis que eliminam quem se atravessa no seu caminho. A perseguição acaba por levá-los à exótica ilha de Madagáscar, onde o jogo terá um aterrador desfecho, que poderá não ter vencedores, nem perdedores… nem sobreviventes.
Nora Roberts dispensa qualquer apresentação. É uma autora de renome internacional e mundialmente aclamada. Apesar de não ter dado as cinco estrelas a esta história, tenho de confessar que gostei bastante. No entanto, foi-me complicado entrar na história, sentir-me agarrada, como habitualmente acontece com os livros de Nora Roberts. Não é que não esteja repleto de acção e mistério, não foi por causa disso. Acho que foi mesmo o excesso de lugares, acontecimentos e a falta de mais paixão e carinho entre as duas personagens principais. Que eles se sentiam atraídos um pelo outro não há dúvida, mas até ambos admitirem que sentiam mais do que atracção vai um longo caminho. Muitas desconfianças entre eles e falta de empatia.
Tenho de dizer que adorei a personalidade de ambas as personagens. Tanto Whitney como Douglas Lord, são repletos de intensidade e de inteligência. Donos de personalidades fortes era óbvio que iam chocar a todos os níveis, mesmo a nível sexual. Ela, rica e um pouco mimada, dona de uma fortuna derivada do negócio da família, não perdoa uma dívida que seja e há quem pense que ela tem uma caixa registadora no lugar do coração. Nem mesmo o pai a consegue dominar e ela faz mesmo sempre o que quer. Viaja quando quer, trabalha quando quer e entrega-se a quem quer e a quem cumpre os seus requisitos de elegância e classe. Ela própria é um modelo de elegância e transmite a todos os que a rodeiam uma aura de poder, riqueza e bom gosto. Por seu lado, Douglas Lord, um homem misterioso que entra na vida de Whitney de uma forma completamente fora do normal e de deixar qualquer mulher assustada e a pedir pela vida (mas não Whitney). É um homem muito inteligente e sabe o que quer e faz o que for preciso para conseguir. Se por um lado ele é um homem que age de uma maneira fria e calculista, por outro lado é um homem de muitas paixões e desejos. Apaixona-se com facilidade pelo belo que a vida lhe mete à frente, seja mulheres, tesouros ou lugares. Adora ler e foi com o seu trabalho e dedicação que se tornou um dos melhores ladrões da sociedade. Roubou imensas fortunas, regalou-se com o fruto do seu trabalho e acabava sempre por perder tudo, exactamente por ser um homem de grandes paixões e "fomes". É uma personagem que me cativou desde o princípio. No entanto, por serem os dois tão teimosos e persistentes, somente quase no final é que conseguimos ver aquele fogo entre os dois, e só quase no final é que ambos admitem o que sentem um pelo outro. Até chegar a esse ponto, muita água vai correr, muitos perigos eles vão correr, pois para o bem e para o mal, eles estão ligados um ao outro e dependem um do outro para conseguirem sobreviver e acabar a demanda pelo tesouro pelo qual Douglas colocou a vida em risco. 
Apesar de ter gostado imenso de Whitney e Doug, não consegui dar mais do que as quatro estrelas, justamente porque não me senti ligada à história desde o início e levei quase até meio do livro para ficar rendida (ou quase).

Contudo, recomendo vivamente, principalmente para quem é fã de mistério e de aventuras à Indiana Jones. :)
(Este exemplar foi gentilmente cedido pela Saída de Emergência em troca de uma opinião sincera)

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