06/06/2014

Opinião - "Trevas Maravilhosas" - Kami Garcia & Margaret Stohl

Ethan Wate costumava pensar em Gatlin, a vila sulista a que sempre chamara casa, como um sítio onde nunca nada mudava. Foi então que conheceu Lena Duchannes, uma misteriosa recém-chegada que lhe revelou um mundo secreto, que sempre estivera oculto à vista de todos. Uma Gatlin que albergava segredos ancestrais por detrás dos seus carvalhos cobertos de musgo e dos passeios gretados. Uma Gatlin onde, há gerações, uma maldição tinha marcado a família de Lena, repleta de poderosos poderes sobrenaturais. Uma Gatlin onde acontecem situações impossíveis, mágicas e capazes de mudar o rumo de uma vida. E, por vezes, capazes de lhe pôr termo.

Juntos conseguem fazer face a tudo o que Gatlin lhes apresenta mas, depois de sofrer uma perda trágica, Lena começa a retrair-se, guardando segredos que põem a relação dos dois à prova. E, agora que os olhos de Ethan foram abertos para o lado mais obscuro de Gatlin, não há volta a dar. Assombrado por estranhas visões que só ele tem, Ethan é ainda mais atraído para a história rocambolesca da sua vila e vê-se preso na perigosa rede de passagens subterrâneas que atravessam o Sul de um modo interminável, e onde nada é o que parece.



Quando li o primeiro livro desta série/saga acho que me deslumbrei um pouco. Pela introdução de novas entidades sobrenaturais, pelo facto de ser um livro narrado pela perspectiva de Ethan, uma vez que a maioria dos livros têm um narrador "off Story" ou então é a personagem feminina que fica a cargo dessa missão. Tenho de admitir que gostei mais do primeiro. É mais fresco, mais inovador, mais enternecedor e entusiasmante. Este segundo volume, embora pese muito o factor fantástico, mais do que no primeiro que se centra basicamente na relação entre Lena e Ethan, foi para mim de uma leitura mais lenta e pesada. Custou-me um pouco a ser agarrada e a entrar na segunda parte da história. Continuo a gostar imenso de Ethan, um jovem meigo, coerente e simples de pensamentos e ao mesmo tempo complexo (é complicado perceber.. eu sei). Começou a saga com a vontade de sair daquela pequena cidade onde nada se passava, e agora descobre que até a mãe era uma Bibliotecária dos Encantadores. 
Em Trevas Maravilhosas, Lena afasta-se radicalmente de Ethan. Embora no inicio me tenha parecido um pouco parvo isso acontecer, acho que a ideia dela era mesmo afastar-se dele para não o magoar, uma vez que ela encontrava-se entre a Luz e as Trevas. O Olho Doirado que ela tinha (Lado das Trevas) e o Olho Verde (Lado da Luz) eram bem o espelho de como ela estava dividida. Retoma a sua relação com Ridley, a prima Sereia que antes dela se tinha convertido às Trevas, e junta-se a uma nova personagem que me parece que será a chave para muitas coisas no terceiro volume: John Rider. Nem Encantador, nem Fantasma, nem Híbrido nem Mutante. Quiçá será tudo misturado?! O que é certo é que é uma personagem que a mim me deu muita curiosidade de conhecer. Entre muitas outras coisas, Lena é compelida a escolher Chamar-se para a Luz ou para as Trevas, sendo que se ela escolher a Luz, todos os seus familiares das Trevas morrerão e se escolher as Trevas, todos os seus familiares da Luz também. É, de facto, uma escolha complicada. Macon Ravenwood é, mais uma vez, uma personagem que embora tenha morrido no final do primeiro capitulo desta saga, continua a ser de extrema importância para o desenvolvimento da história e das personagens. Um dos motivos pelos quais Lena muda de personalidade e de atitudes é, precisamente a perda de Macon, a figura paternal para ela. 
Mais ou menos a partir da página 200, o livro começou a puxar-me e acabou por ser uma agradável surpresa ver como certos dados adquiridos tomavam outros desígnios e caminhos. 

Apesar de o início ser algo tedioso, quem for consistente e determinado conseguirá ler até ao fim e vai até gostar! 

Boas Leituras

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