26/12/2017

Opinião | O Escultor | Carina Rosa

Mariana Esteves é uma galerista de sucesso, cuja vida muda após uma exposição. Um bilhete anónimo cai-lhe nas mãos, assinado «O Escultor». No papel, surgem ameaças a si e à sua companheira de casa, Alice. Mariana ignora as mensagens do Escultor, mas há um dia em que percebe que não o pode evitar mais: Alice foi levada.
André, um jovem agente da Polícia Judiciária, é o homem que investiga os casos do artista anónimo e não consegue esquecer os rostos das mulheres desaparecidas ao longo dos anos. Para Mariana, ele é apenas um agente a quem deve dar o mínimo de informação para encontrar Alice. Para André, ela é uma mulher fria, a quem jura arrancar toda a verdade para fechar este caso de uma vez por todas.
O escultor é um thriller tão obscuro quanto inesperadamente romântico. Dos delírios de um artista fanático desenha-se a história de um homem e uma mulher que, juntos, tentarão escapar às garras de um terrível homicida.

“O Escultor” é a primeira obra que leio desta autora. Foi uma leitura agradável,  com personagens cativantes e com um enredo peculiar.
Mariana é uma galerista de sucesso. Após uma das suas exposições, Mariana é abordada pelo Escultor através de um bilhete que impor ameaças tanto a si própria com à sua companheira de casa, Alice.
Mariana não se deixa abalar pela situação e decide não dar importância ao pedaço de papel. Contudo, quando Alice é levada presumivelmente pelo Escultor, Mariana tentará tudo em seu poder para a trazer de volta.
Na busca por Alice entra ainda André, o jovem agente da PJ que ficou encarregue de desvendar o desaparecimento de Alice antes que seja tarde demais.
Claro que Mariana e André acabam por se sentir colidir. Apesar de o objectivo de ambos ser recuperar Alice o mais rápido possível, Mariana sente-se na obrigação de o fazer sozinha. Mas conseguirá ela manter essa abordagem por muito tempo?
A razão pela qual me mantive agarrada ao livro deve-se principalmente ao facto de a autora ter dedicado alguns dos capítulos ao Escultor, sendo o próprio a relatar a história e o seu ponto de vista, as suas razões e convicções. Claro que a esta personagem está sempre implícita alguma loucura, mas acho que foi esse aspecto que tornou a história diferente e cativante.
Apesar das expectativas que tinha para este livro devido à sinopse cativante, acho que a história se perdeu um pouco no meio de tanto romance e de alguns aspectos menos necessários para a narrativa. Acho que deveria ter sido mais contido tendo-se dado ênfase a outros aspectos mais importantes para a história e crescimento das personagens.
Para além disso e para terminar, considero que no final houveram alguns capítulos desnecessários para a narrativa, tendo esta ficado perfeita se tivesse terminado aquando do encerramento do caso de “O Escultor”.

(Este livro foi gentilmente cedido pela CoolBooks em troca de uma opinião sincera).

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