23/09/2014

Opinião - "Duas irmãs, Um Duque" - Eloisa James


Ele procura a noiva perfeita…
Duas Irmãs, Um Duque (Fairy Tales, #3)

Ele é um duque em busca da noiva perfeita.
Ela é uma senhora… mas está longe de ser perfeita.
Tarquin, o poderoso duque de Sconce, sabe perfeitamente que a decorosa e elegantemente esguia Georgiana Lytton dará uma duquesa adequada. Então, porque não consegue parar de pensar na sua irmã gémea, a curvilínea, obstinada e nada convencional Olivia? Não só Olivia está prometida em casamento a outro homem, como o flirt impróprio, embora inebriante, entre ambos torna a inadequação dela ainda mais clara.
Decidido a encontrar a noiva perfeita, ele afasta metodicamente Olivia dos seus pensamentos, permitindo que a lógica e o dever triunfem sobre a paixão... Até que, na sua hora mais sombria, Quin começa a questionar-se se a perfeição tem alguma coisa a ver com amor.
Para ganhar a mão de Olivia ele teria de desistir de todas as suas crenças e entregar o coração, corpo e alma... 
A menos que já seja demasiado tarde.
A curvilínea e ousada Olivia e a esguia e discreta Georgiana são gémeas, criadas pelos pais para serem noivas de duques. Tudo parece assegurado até que o futuro marido de Olivia, o tolo Rupert Blakemore, marquês de Montsurrey, faz dezoito anos e declara que «não irá casar até ter alcançado glória militar». Enquanto ele parte para a guerra contra Napoleão, Olivia vai com Georgiana conhecer Tarquin Brook-Chatfield, o viúvo duque de Sconce e possível pretendente de Georgiana. Mas Tarquin encanta-se imediatamente com Olivia, que tem de decidir se irá ou não arriscar desiludir Georgiana e Rupert retribuindo o afeto de Quin. Uma versão inteligente do clássico A Princesa e a Ervilha.


*Pode Conter Spoilers*

Como muitas/os de vocês já sabem, a menina Ivonne criou uma "monstra" de livros/romances de época e, sendo assim, nada melhor do que ter em mãos este livro que desde já vos digo é absolutamente *delicioso*.
Para já salientar o facto de que uma das personagens principais não é, de todo, parecida com nenhuma das personagens femininas de romances de época a que estamos habituadas/os. Olivia Lytton é uma mulher particularmente diferente das jovens de uma época em que a imagem exterior é, aparentemente, a que mais conta. Além disso, tem 23 anos e está, desde os 10 anos, "reservada" ao filho de um amigo do pai. Acontece que este noivo tem apenas 18 anos e um cérebro de leite-creme, como o pai tantas vezes refere.
Não vou estar aqui a resumir o livro, porque para além de não levar a lado algum, iria estar a cansar-me porque de nada serviria sendo que não há nada como ler o livro. 
O que vou então dizer-vos? Ora bem, boa pergunta. Vou dizer-vos que Olivia é a irmã gémea de Georgiana, uma jovem absurdamente diferente da irmã, embora seja também uma mulher de um coração generoso e uma inteligência rara. Olivia foi, desde sempre, criada pelos pais para ser mulher de um duque. No entanto, Olivia não vai de maneira alguma de encontro aos padrões de uma duquesa. É descarada, de humor acutilante e acima de tudo os parâmetros corporais não são os mais indicados.  Olivia é o que se dizia na altura, anafadinha, enquanto que Georgiana era magra e tinha a silhueta perfeita, bem como os modos e pensamentos. 
Estando Olivia prometida a Rupert, um jovem com diversos problemas neurológicos mas que era Marquês, era tempo de arranjar também alguém para Georgiana. Esse alguém seria nada mais, nada menos do que o Duque de Sconce, Tarquin Brook-Chatfield. Na altura em que as irmãs partem para a propriedade de Tarquin a fim de o conhecer, enquanto o noivo de Olivia partia para a Guerra, é que começam as verdadeiras complicações. Isto porque, afinal das contas Tarquin não apreciava os modos perfeitos de Georgie, como seria de esperar, e sim os modos rebuscados e perversos de Olivia. Assim como ele gostava da maneira de ser de Olivia, apesar de ter lutado contra isso, as curvas de Olivia deram-lhe a volta à cabeça. Ora, daqui não podia sair nada de fácil e calmo. Entre as picardias iniciais até ao beijo que selou o destino de todas as personagens foi um desenrolar de situações caricatas e cheias de humor. Não foram raras as vezes em que dei por mim às gargalhadas com algo que Olivia tinha dito ou pensado e também não foram raras as vezes em que compreendi muito bem como Tarquin se sentia, sempre que tentava reprimir uma gargalhada por conta de algo que ela tinha dito ou feito. 
Adorei as personagens. Olivia e Tarquin foram mesmo feitos um para o outro e o desenvolvimento da relação deles durante o livro foi muito, muito bem descrito e elaborado. Adorei o facto de Olivia não ser uma mulher de princípios fracos e ser alguém com um sentido de lealdade muito grande. Foi sempre fiel a Rupert, apesar de saber que ia ter um casamento triste e foi fiel também a Georgiana por pensar que a irmã amava Tarquin. Gostei especialmente da introdução da cadela Lucy que era o grande amor de Rupert e a qual ele deixou, com grande sacrifício, com Olivia. 
Todas as personagens ao longo das páginas foram revelando ser muito diferentes do que haviam mostrado no início. Georgiana que parecia ser a típica donzela que só sabia refrear o feitio rebelde da irmã, embora gostasse muito dela, veio revelar-se uma mulher de carácter forte que tinha apenas um desejo e afinal de contas não era o de ser duquesa. Olivia, que parecia ser o tipo de mulher (devido ao feitio enviesado) que nunca seria feliz ao lado de Rupert, afinal veio mostrar-se o tipo de mulher com que todos os homens sonham: Divertida, inteligente, sensual e muito travessa, mas de igual modo dedicada, sensível e fiel. Rupert, que era o coitadinho ao início acaba por nos conquistar com o seu jeito de criança que nunca vai crescer e Tarquin, o homem que nunca sentia e nunca sorria, acabou por ser quem mais alterações emocionais sofreu ao longo de todo o livro.

Quero agradecer à Quinta Essência por me ter dado a hipótese de ler este livro e ter conhecido estas personagens fantásticas!


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