Chancela: Chá das Cinco
Data 1ª Edição: 08/08/2014
ISBN: 9789897101106
Dimensões: [160x230]mm
Encadernação: Capa Mole
Uma história sobre deixar tudo para trás, desvendar segredos antigos e aprender a amar
Cilla McGowan, uma típica rapariga da cidade, encontrou uma vida nova na restauração de casas antigas. Quando chega ao maravilhoso vale Shenandoah, na Virgínia, dedica-se salvar a velha quinta que pertenceu à sua avó – uma atriz lendária que morreu há mais de trinta anos.
Cilla mergulha no projeto com todas as suas energias, ocupada e exausta demais para notar no seu vizinho, o artista de BD, Ford Sawyer. Determinada a não ceder à tradição familiar dos romances falhados, Cilla resiste ao charme de Ford, mesmo quando não consegue evitar algumas fantasias.
Mas a realidade reserva alguns perigos para Cilla. Ao encontrar cartas anónimas no sótão, que apontam para um romance misterioso na vida da sua avó, despoleta um assalto violento. Cilla, com a ajuda de Ford, descobre que há segredos que a tornam um alvo a abater e, se quer evitar desaparecer prematuramente como a sua avó, terá que desvendar o passado para, quem sabe, começar de novo na casa dos seus sonhos…
*Pode Conter Spoilers*
Antes de mais quero agradecer à Saída de Emergência (Chá das Cinco) a oportunidade que me deu de ler este livro *delicioso*. Nunca é demais agradecer o apoio que dão ao Sinfonia dos Livros sempre que lhes peço.
Agora a opinião: Começo esta opinião de uma maneira muito simples. O livro e a história que compõem as suas páginas é absolutamente maravilhoso. Como tem sido habitual Nora Roberts apresenta-nos um romance cativante, ternurento e cheio de desafios. A história central prende-se na renovação de uma casa de "campo" que havia pertencido à avó de Cilla que morrera trinta anos atrás, ao que tudo indicava porque tinha decidido pôr um fim à própria vida aos trinta e nove anos. Tal como a própria avó, também Cilla nos seus tempos de criança/adolescente foi uma actriz famosa e sabendo que aquele não era de todo o seu modo de vida escolhido, decide abandonar e dedicar-se à restauração de pequenas casas abandonadas. É exactamente no acto de renovação da casa da avó que ela conhece o vizinho excêntrico nos seus modos e pensamentos que mora mesmo do outro lado da estrada.
Ford e Cilla vão constituir, à sua maneira, um dos casais mais espantosamente românticos que já tive o prazer de conhecer. Aos poucos ele (e Spock o seu cão estranho e feio e também muito ternurento) vai conquistar o seu lugar no coração de Cilla, com pequenos gestos, pequenas conversas, com o seu jeito diferente de ser e de a tratar. Cilla foi aos poucos vai ser conquistada por aquele vizinho algo preso ainda na criança que toda a gente diz que temos dentro de nós. O sorriso fácil e as conversas simples que eles tinham constantemente sempre que ela precisava dele. Não me surpreendeu que ele acabasse por amá-la e ela a ele e muito menos me surpreendeu a maneira como ele fez o pedido de casamento. Único, irresistivelmente desajeitado e totalmente fantástico. Adorei conhecer este casal, ri-me imenso com eles porque eles são mesmo das personagens mais apaixonadamente divertidas que já tive o grande prazer de conhecer. Sabem aqueles casais melosos que chega a uma certa altura e já não os podemos aturar de tão derretidos que são?! Pooooooois... Ford e Cilla são exactamente o contrário. Adoram-se e isto está à vista de qualquer um que os conhece e é isso que faz com que nos apaixonemos por eles irremediavelmente. Mas não aquele tipo de adoração com beijinhos e miminhos e "querida para aqui" e "querido para ali". É uma relação cheia de desafios e de obstáculos interiores que cada um deles os dois vai ter de aprender a lidar. Nora Roberts foi inteligente ao ponto de os fazer parecer mais como amigos de longa data do que amantes, além disso, não os colocou logo numa cama a *fornicar* como coelhinhos, algo *fresco* nos dias de hoje. Ford deu-lhe tempo e deixou-a perfeitamente à vontade em relação a isso. Mais uma coisa que adorei entre eles os dois foi a abertura e a franqueza com que se dirigiam um ao outro. Ele não tinha qualquer problema em dizer-lhe que queria levá-la para a cama e ela respondia-lhe muito sinceramente que não pensava em mais nada a não ser em "saltar-lhe em cima até ao outro dia de manhã". Nada de subterfúgios, conversas paralelas e significados entrelinhas.
Em relação às restantes personagens, gostei imenso dos amigos de Ford que trabalhavam na renovação da casa de Cilla, são daquele tipo de amigos que nos fazem sentir queridos e amados. Adorei toda a interacção entre as pessoas que de uma maneira ou de outra faziam parte da vida dele e que se misturaram, ao logo da história, com as pessoas que faziam parte da vida dela. O mais engraçado é que todas estas pessoas acabam por formar o círculo de amigos/vizinhos que se preocupam uns com os outros. Deve ser bom viver numa comunidade assim.
A par do romance entre Ford e Cilla, Nora Roberts provavelmente não conseguiu evitar de adaptar um dos seus mistérios a esta história. A introdução de cartas de amor trocadas entre a avó de Cilla e um amante mistério, juntamente com todos os atentados à vida de Cilla desde que ela se mudara para a casa da avó, perfazem o mistério perfeito para chegar a uma conclusão. Terá mesmo a avó de Cilla ter posto termo à própria vida? Ou será que alguém o quis assim fazer parecer?! Pois... isso não vos digo... terão de ler para perceber tudo!!
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