29/04/2022

Opinião | Sweet Home | Tillie Cole

Aos vinte anos, Molly Shakespeare sabe muito.
Ela conhece Descartes e Kant.
Ela conhece a Academia e Oxford.
Ela sabe que as pessoas que te amam, são aquelas que te deixam.
Ela sabe como estar sozinha.

Mas quando Molly deixa os céus cinzentos da Inglaterra para trás para começar uma nova vida na Universidade do Alabama, ela descobre que tem muito a aprender - ela não sabia que um verão poderia ser tão quente, ela não sabia que os alunos poderiam ser tão intimidantes, e ela certamente não sabia o quanto as pessoas do Alabama amam futebol.
Quando um encontro casual com o famoso quarterback, Romeo Prince, a deixa incapaz de pensar em qualquer coisa além de seus olhos castanho chocolate, cabelos loiros sujos e físico perfeito, Molly logo percebe que sua vida tranquila e solitária está prestes a mudar drasticamente para sempre. ..

Romance adulto novo maduro — contém conteúdo adulto, situações altamente sexuais e tópicos maduros. Indicado para maiores de 18 anos*


Este primeiro livro de uma série (Sweet Home) composta por quatro, traz-nos a história de Mollie Shakespeare (nome mais fantástico de sempre para uma miúda, ainda por cima inglesa) e, imaginem só, Romeo Prince
Era de se prever que estes dois iam ser bombásticos. No entanto, apesar de termos bastante drama, comum nas histórias Young Adult, também temos aquela leveza que faz com que não fiquemos com a sensação de que é só mais uma história de amor e só mais um casal, igual a tantos outros.
Mollie é uma jovem muito inteligente e muito prática. Desde muito nova, aprendeu a viver sem aqueles que mais amou na vida e isso fez com que ela amadurecesse mais depressa do que os jovens da idade dela. 
É quando ela parte para a Universidade de Alabama e deixa a sua Inglaterra para trás, que ela se descobre, finalmente. 
Ao conhecer Romeo Prince, um mundo novo, cheio de emoções fortes e situações complicadas abre-se para ela. Ela é muito objectiva e pragmática, ele é todo força e emoção ao rubro. Não esconde o que sente de ninguém e quem quiser aceita, quem não quiser problema dele/a.
Não é só Mollie que vê a sua vida virada do avesso. Também Romeo, assim que lhe põe os olhos em cima e lhe ouve o sotaque britânico que lhe dá um charme encantador, vê-se completamente rendido ao que ela lhe poderá trazer de novo à sua vida e ao que ela o faz sentir de cada vez que a vê.
Tanto ela como ele, trazem uma bagagem emocional bastante acentuada e pesada. Ela, perdeu a mãe à nascença, o pai aos seis anos e a avó, que a criou, uns anos mais tarde. Ficou completamente sozinha no mundo e a isso se habituou até chegar a Alabama onde, não só conheceu Romeo, mas as suas três melhores amigas, que são o apoio dela e aquelas que a ajudam quando ela mais precisa. São mesmo umas queridas e adoro-as!
Em relação a ele, habituou-se a mascarar o sofrimento que sente desde pequeno, infligido pelos próprios pais. Pais ricos que julgam que, por serem donos de meio mundo, podem usar e abusar das pessoas a seu bel-prazer, mesmo que seja o próprio filho. 
Será com e por Mollie que Romeo vai ganhar coragem de fazer frente aos pais e mudar aquele ciclo abusivo e violento que sofria todos os dias e que, a cada dia que passava o enterrava mais e mais no desespero.

Gostei muito da forma como a autora nos apresenta este casal amoroso e intenso. Super apaixonados e muito comprometidos um com o outro desde que se conheceram, não escondendo o que um sente pelo outro, e com o pequeno mundo que os envolve, amigos próximos envolvidos.

Recomendo!

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