06/12/2019

Opinião | Uma Reputação Perigosa | Madeline Hunter | Edições ASA | Trilogia Os Libertinos

Há quatro coisas que destacam Gareth Fitzallen dos outros homens: 
o rosto belíssimo, o encanto insuperável, as ligações aristocráticas e, acima de tudo, o poder de sedução. 
Quando decide restaurar uma propriedade – e investigar um roubo de arte, Gareth conhece Eva Russell. Oriunda da pequena nobreza, Eva está arruinada. Restam-lhe apenas o estatuto da família, o talento artístico que lhe permite fazer cópias de quadros para sobreviver, e o plano de arranjar um bom casamento para a irmã, Rebecca.
Todos a avisam da reputação de Gareth. Todos a aconselham a proteger a irmã. Mas não é Rebecca que ele deseja... Basta um olhar para Eva perceber que se meteu em apuros... e basta um beijo para dar início a um choque de talentos sem igual.

Uma Reputação Perigosa dá início à serie Os Libertinos, protagonizada por três irmãos com queda para os sarilhos... e para o romance...

Já não lia Madeline Hunter há imensos anos. Não sei muito bem porquê, mas a verdade é que ainda tenho muitos dela na estante e no Kobo por ler. 
Desde que li o primeiro livro de Madeline Hunter até este, acho que a autora melhorou imenso na forma como escreve. Uma escrita mais fluída e leve, o que torna a leitura mais rápida e prazerosa. Os capítulos, com o tamanho ideal, a modos que nem fica maçador, nem nos fica a saber a pouco.
Este primeiro livro da série Os Libertinos, traz-nos a história de Eva e Gareth. Ela, uma jovem artista que se vê obrigada a algumas transgressões de modo a poder sustentar a irmã mais nova e a manter a casa que têm. 
Sendo uma artista com muita qualidade e talento, Eva geralmente vai ao sótão de uma casa vizinha que está abandonada há anos e traz de lá quadros verdadeiros de artistas conceituados. Não que fique com eles. A ideia é levá-los emprestados, fazer cópia deles para poder vender e depois devolver ao sítio onde pertencem. A questão é que até ao dia em que a casa foi novamente ocupada pelo seu respectivo novo dono, Eva vê-se entre a espada e a parede pois à medida que os dias vão passando, maior é a dificuldade de continuar com esse seu esquema que, bem dita a verdade e apesar do talento e da qualidade das cópias, Eva não recebia o muito que devia receber pelas suas pinturas, mas era melhor que nada e sempre ia dando para sobreviver.
É então que chega Gareth. Um jovem com ligações à aristocracia por parte do pai e dos meios irmãos, sedutor, demasiadamente atraente, mas sempre com o coração no sítio certo, parece-me. Se em histórias similares vemos as desconfianças e os mal entendidos darem cabo de muitas histórias de amor, neste livro temos uma personagem masculina que apesar da personalidade forte e inteligência aguçada, desde a altura que se cruza com Eva, até ao momento em que começa a nutrir outro tipo de sentimentos por ela, nunca colocou em causa a veracidade de tudo o que ela lhe dizia. Confiou sempre nela e, dentro dos possíveis, tudo fez para que Eva e a irmã se sentissem, pelo menos, protegidas.
Escusado será dizer que adorei este casal. Nada de muitas pieguices e cenas lamechas. Apenas uma relação de alguma amizade, misturada com uma atracção inegável, que aos pouquinhos foi escalando para um sentimento mais poderoso e caloroso. 
Parece-me que foi um bom começo para outras boas histórias com os restantes Libertinos.

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