22/08/2018

Opinião | Sem Ti Não Há Verão | Jenny Han | TopSeller

«Sempre achei que passaria ali todos os verões da minha vida. A casa de verão era o único lugar onde eu queria estar, o único lugar onde eu alguma vez quis estar.»

Todos os anos, Belly costuma contar os dias que faltam para o verão, e só pensa em regressar à casa de praia para estar novamente com Conrad e Jeremiah. Contudo, a amizade que sempre uniu os três jovens parece estar a desmoronar-se e tudo parece diferente.

Até ao dia em que Jeremiah conta a Belly que Conrad desapareceu, e lhe pede ajuda para o encontrar. Belly fará de tudo para descobrir onde está o amigo. Mas isso só será possível se regressarem à casa de praia. Voltará tudo a ser como dantes ou estará esta amizade num ponto sem retorno?

Uma história intensa sobre o amor e a forma como ele nos ajuda a trilhar o nosso caminho.

Este livro é o segundo da trilogia de Verão de Jenny Han. Como estava à espera, consegui gostar mais deste do que do primeiro. Talvez porque neste livro tenha conseguido vislumbrar uma Belly mais preocupada com o que a rodeia e menos imatura. Não é que tenha ultrapassado o que sente por Conrad, longe disso, mas com a possibilidade de nunca mais passarem os Verões na casa de praia de Susannah, Belly como que acorda mais para o que tem e o que nunca mais poderá vir a ter e isso torna-a um pouco mais madura e consciente do próximo.
Novamente, Jeremy foi aquele que mais captou a minha simpatia. Continua o mesmo jovem amoroso e caloroso de sempre, apesar de tudo o que aconteceu nas últimas semanas. Já Conrad, continua igualmente egoísta, pois coloca-se acima de tudo e de todos, ainda mais neste livro. Tudo tem de andar à volta dele e, sendo consciente ou não, acaba por tornar-se um pouco ridículo na tentativa que faz de ser o centro das atenções, ainda que fosse por um motivo de força maior. Pois... ainda assim... continuo a não gostar dele.
Apesar de neste livro continuarmos a levitar em volta de Belly e Conrad, há outros momentos importantes e acontecimentos que vão mudar a vida de todos. A relação entre Belly e a mãe transforma-se, para melhor, a relação de Jeremy com Conrad, a meu ver, estreita-se ainda mais mas com alguns segredos à mistura que virão ao de cima e mudar um pouco o clima entre eles, e tudo o que Belly era ou acreditava quando estava naquela casa vai começar a mudar e a dar lugar a situações mais profundas e mais "adultas". Belly terá de começar a ver a vida com outros olhos. Terá de aprender a sofrer não só porque vai cair na realidade de que o que quer que ela tenha tido com Conrad está só do lado dela, mas porque há perdas que nos transformam mais do que a perda do amor que a acompanhou toda a sua (curta) vida.
Gostei de ver como a mãe de Belly aparece mais neste livro. Sempre gostei da forma dela ser, embora pudesse parecer ser alguém mais frio e desligada de sentimentos e afectos. Era uma mulher prática, que tinha criado a filha como sabia e podia. Também Jeremy cresceu interiormente e, aos poucos, vai entrando no coração de Belly de uma forma que ela não estava à espera. 
Espero que no próximo capítulo/livro tenhamos uma Belly consciente de que se calhar direccionou mal os seus afectos até à data e abra o coração a quem realmente sempre esteve lá por e para ela.

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