10/11/2014

Opinião "A Seleção" de Kiera Cass



Para trinta e cinco raparigas, A Seleção é a oportunidade de uma vida.
É a possibilidade de escaparem de um destino que lhes está traçado desde o nascimento, de se perderem num mundo de vestidos cintilantes e joias de valor inestimável e de viverem num palácio e competirem pelo coração do belo Príncipe Maxon.
No entanto, para America Singer, ser seleccionada é um pesadelo. Terá de virar as costas ao seu amor secreto por Aspen, que pertence a uma casta abaixo da sua, deixar a sua família para entrar numa competição feroz por uma coroa que não deseja, e viver num palácio constantemente ameaçado pelos ataques violentos dos rebeldes.
Mas é então que America conhece o Príncipe Maxon. Pouco a pouco, começa a questionar todos os planos que definiu para si mesma e percebe que a vida com que sempre sonhou pode não ter comparação com o futuro que nunca imaginou.

«Um verdadeiro conto de fadas. Encantador, cativante e com a quantidade certa de emoção!»
Kiersten White, autora bestseller do The New York Times.

*Pode Conter Spoilers*
Este foi o primeiro livro que a Editora Marcador me enviou para leitura e posterior publicação de opinião. O meu muito obrigada pelo apoio e pela oportunidade que me deram de ler este livro.

Quando oiço falar sobre esta história, ela é referida como sendo uma distopia. Porquê? Porque há a divisão de classes numa sociedade recém-criada? Por haver diferença de classes? Por haver quem passe fome fora das castas mais altas? Ou porque há ataques constantes de rebeldes que provavelmente só querem aquilo a que têm direito? 
Para mim, acho que esta saga ser chamada de "distopia" é esticar demasiado a corda. 

A capa é, como todos podem ver, fantástica. Sempre fui muito "menina" nesse aspecto: Os vestidos! Adoro vestidos de baile, vestidos de princesas, estão a ver o filme, não é? E o vestido que a moça da capa traz vestido é simplesmente fantástico. Quanto mais não seja pela cor :)

Este primeiro livro da série dá-nos a conhecer a família real, a maneira como a sociedade está dividida em classes ou castas, que vão do número 1 (Um) ao número 8 (oito), sendo o 1 a casta mais alta e o 8 a mais baixa. Os rebeldes, bem.. não têm qualquer casta associada. São os que vivem à margem da sociedade e das suas regras. Roubam e passam fome e lutam todos os dias para sobreviverem a mais um. America faz parte da casta número Cinco e é uma das três "Cincos" seleccionadas para serem a noiva e futura esposa de Maxon, o Príncipe de Illéa.

De entre 35 raparigas em idade casadoura e de várias castas, o Principe terá de escolher apenas uma. Por incrível que possa parecer, America Singer não está com vontade de participar. Ninguém sabe, mas America já tem o seu coração ocupado pelo amor que sente por Aspen Leger. Um membro da casta Seis. A casta dos que trabalham para as castas superiores. Quanto à classe de America, é a classe dos artistas, sendo ela própria cantora, pianista e violinista. 
É Aspen que a convence a participar, com o intuito de que futuramente não haja qualquer "se" pendente: "Se eu tivesse participado", "Se eu tivesse sido escolhida", etc, etc. America participa e é uma das 35 seleccionadas. Através do seu jeito simples e educado de se comportar, consegue chamar a atenção de Maxon e arranjar um lugar nas 6 últimas escolhidas. 

De uma maneira geral, tenho de dizer que gostei bastante de como a história flui e como as personagens vão mostrando o que realmente são. Gostei imenso de que America e Maxon se tenham dado bem, apesar de alguns percalços iniciais. Maxon é um jovem honesto e honrado que se preocupa com o bem estar dos seus súbditos. Desconhecia completamente a faceta pobre das castas mais baixas e não fazia ideia de que havia quem roubasse e fosse espancado por tal crime, mesmo que fosse uma criança esfomeada. 
Apesar de, gostar muito de Aspen acho que a atitude dele que levou a que ela fosse com o coração partido para o castelo, foi de muito mau gosto! Estava a gostar imenso da relação entre Maxon e America, até que um belo dia, alguém se conseguiu tornar soldado, entrar no castelo e deixar a cabeça e o coração da nossa Seleccionada cheia de dúvidas. Maxon ou Aspen? Esta será uma pergunta que vai ser respondida, com certeza nos próximos volumes!

Adorei a escrita desenvolta, fluída e leve, embora em algumas alturas fosse algo monótona. O que não "belisca" em nada tudo o que se passa no livro.



Aguardo ansiosa pelo próximo volume!

4 comentários:

  1. És uma menina... acho indecente a parte da distopia não estar desenvolvida :( se é para chamar de distopia, é pá, tudo bem, mas desenvolvam essa parte... enfim xD autores! (e editores)

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    1. Eu sei que sou uma menina (já em idade avançada, mas still a girl) mas é que em relação a esta parte do "feminino" sou mesmo muito, muito menininha.. adoro vestidos esvoaçantes e de saia rodada *_*

      Pois... a parte da distopia acho que foi mesmo esticar a corda, porque apesar de denunciar os males da sociedade não faz muito mais do que isso!

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    2. LOL não foi esticar a corda, foi é encolher a corda. Deviam ter desenvolvido mais, é uma falha grande não o terem feito.

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    3. Aqui quando digo "esticar a corda" é puxar por onde não sitio para puxar (metaforicamente falando) porque de facto, ou desenvolviam a cena da "distopia" ou mais valia nem fazerem menção a isso... no entanto, a história e as personagens ajudam a "esquecer" um pouco esse pormenor

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