Sophie Beckett tinha um plano ousado: fugir de casa para ir ao famoso baile de máscaras de Lady Bridgerton. Apesar de ser filha de um conde, ela viu todos os privilégios a que estava habituada serem-lhe negados pela madrasta, que a relegou para o papel de criada. Mas na noite da festa, a sorte está do seu lado. Sophie não só consegue infiltrar-se no baile como conhece o seu Príncipe Encantado. Depois de tanto infortúnio, ao rodopiar nos braços fortes do encantador Benedict Bridgerton, ela sente-se de novo como uma rainha. Infelizmente, todos os encantamentos têm um fim, e o seu tem hora marcada: a meia-noite. Desde essa noite mágica, também Benedict se rendeu à paixão. O jovem ficou até imune aos encantos das outras mulheres, exceção feita... talvez... aos de uma certa criada, que ele galantemente salva de uma situação desagradável. Benedict tinha jurado tudo fazer para encontrar e casar com a misteriosa donzela do baile, mas esta criada arrebatadora fá-lo vacilar. Ele está perante a decisão mais importante da sua vida. Tem de escolher entre a realidade e o sonho, entre o que os seus olhos veem e o que o seu coração sente. Ou talvez não...
*Pode Conter Spoilers*
Terceiro livro das Crónicas dos fantásticos e *deliciosos* Bridgerton. Oh Meu Deus como eu vou ter saudades desta família quando chegar ao fim!
Ainda bem que ainda faltam uns quantos!!
Por esta razão é que não os queria ler de uma assentada só, mas depois de começar não existe ponto de retorno possível! Perdido Por Cem, Perdido Por Mil, certo?Ceeeeeeerto! Foi com este pensamento que apenas três dias depois de terminar o segundo volume, tive mesmo, aliás fui obrigada em consciência a ler este terceiro capítulo de uma maneira completamente desvairada... Ainda para mais, Julia Quinn resolveu pegar numa história de princesas que a mim me aborrecia um pouco (nunca mais vou ver a Cinderela sem lembrar-me de Sophie). Ter usado o conceito da Cinderela fez-me gostar ainda mais e especialmente deste livro, porque reformulou completamente a história e tornou-a muito melhor e só mesmo Quinn seria capaz de uma façanha destas. E quando digo que usou o conceito da história mais famosa de princesas é porque foi mesmo isso. Sophie, a nossa "princesinha" tem uma madrasta má (horrorosa, pavorosa e tudo o mais que acabar em "osa" e que tenha uma conotação péssima). Tem duas irmãs "emprestadas" que fazem dela tapete dos pés, (tenho de ser verdadeira e dizer que uma delas, a mais nova, não era assim tão má e que me surpreendeu muito no final de tudo), mas não tem um pai amoroso, nem uma fada madrinha! Tem uma governanta que a criou e educou desde pequena e um pai que morreu sem a ter reconhecido como sangue do seu sangue e tão pouco lhe deu a atenção que uma criança precisa depois de ter perdido a mãe em tão tenra idade. Até à morte do seu pai, as coisas até nem correram muito mal, no entanto, depois de ter perdido o pai, Sophie fica à mercê de Araminta, a madrasta que, tal como na Cinderela, rebaixa-a a criada da família e retira-lhe todos os "privilégios" que ela havia tido até à data. Mas eis que chegou o dia do baile em casa dos Bridgerton. Toda a sua vida ela tinha acompanhado a família mais querida e popular de Londres através do boletim da misteriosa Lady Whistledown e sabia muito bem quem era quem. Havia, desde sempre, simpatizado com Benedict, o segundo na linhagem.
O que aconteceu no baile? Não posso revelar (olhem eu a armar-me em Lady Whistledown) mas posso dizer-vos que foi o sorriso contagiante e a alegria de viver de Sophie, mais conhecida no baile como "a mulher do vestido prateado", que cativou Benedict e o fez ficar completamente apaixonado por ela. No entanto, nem tudo são rosas e as doze badaladas ecoam por todo o salão de baile como o final daquela fantasia que seria apenas o início da mudança nas vidas de Sophie e Benedict. Não deixou cair o sapato quando fugiu de Ben, mas deixou-lhe a luva. Ben durante muito tempo procurou por ela e com a esperança de um dia a reencontrar nunca casou (que fofo).
Alguns anos depois, e após Sophie ter sido expulsa de casa, eles reencontram-se. Um aparte: Eu simplesmente adorei o facto de Sophie finalmente ter saído daquela casa, embora fosse a casa que ela sempre conhecera desde criança. Acho que foi uma cartada de mestre ter feito com que Sophie se afastasse de Londres como Quinn afastou, eliminando qualquer oportunidade que ela pudesse ter de encontrar Benedict ou vice-versa. A meu ver e apesar de gostar imenso de Sophie, acho que na altura em que ela conheceu Ben, ela era ainda uma criança, ou melhor, ainda era alguém que vivia com a cabeça nos sonhos, justamente pelo que havia sofrido até então. Acho que seria demasiadamente dependente do afecto de Benedict. Os dois anos que se passaram desde o baile até ao reencontro permitiu um amadurecimento da parte dos dois.
Retomando: Ela sabe quem é ele, evidentemente, mas ele não a reconhece (esqueci-me de mencionar que o baile onde se conheceram era de máscaras e ele não conseguiu vislumbrar-lhe o rosto quando se conheceram). No entanto e apesar de ele não a ter reconhecido sente de imediato algo diferente por aquela criada de modos requintados e de sorriso doce. De salientar que achei fantástico, ou antes, *delicioso* que Sophie não fosse a criadinha afectadinha e atormentada que poderia vir a ser, justamente por ser uma jovem com requinte, educação, inteligência e beleza. Seria de todo imperdoável que Benedict, sendo o homem sensível que sempre nos mostrou ser, para além de muito inteligente e eloquente, deixasse fugir uma preciosidade como Sophie.
É para mim muito complicado escrever a minha opinião sem estar a contar o que está tão vívido na minha memória. Gostaria de contar tudo o que aconteceu desde o momento em que Ben salva Sophie de ser violada até ao momento em que se apercebe que a ama mais do que tudo na vida e que sem ela não consegue sequer conceber um futuro, mesmo não sabendo quem ela é na realidade. Mas embora não o vá fazer por respeito a todos os que ainda não leram, vou apenas dizer que apenas Julia Quinn poderia transformar uma história da Cinderela (já mais que batida) e torná-la melhor e mais emocionante de uma maneira tão doce e tão "real".
As personagens? Continuam cada vez melhores e se há criatura que me apetecia esganar, essa pessoa seria certamente Araminta, (mulher do diabo), a madrasta infame de Sophie.
Benedict é um dos meus Bridgerton's preferidos. Apesar de quando ele lhe fez A proposta me tenha dado vontade de o sacudir. Pensando bem, gosto de todos eles, desde o autoritário Anthony ao irritantemente jovem Gregory. Pelo que lemos até agora, apercebemo-nos que apesar de serem tão parecidos por fora, são também muito diferentes na maneira de ser, completando um quadro que nos mostra uma família invulgarmente feliz!
E o que vem a seguir?! Penelope e Colin *_* OMG!!! Mal posso esperar!
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