30/07/2014

Passatempo "A Mulher Perfeita é Uma Cabra! - Guia (...)" - Resultado

Olá pessoal, antes de mais, desculpem-me pelo atraso na divulgação do/a vencedor/a do passatempo "A Mulher Perfeita é Uma Cabra! - Guia (...)" , mas já cá estou e tenho o resultado comigo para anunciar.


Assim, e depois de consultar o Sr. Random, eis que de entre 157 entradas neste passatempo, a escolhida foi:


Bárbara Raquel Martins Moura
barbara(...)@gmail.com
Valongo

Muitos parabéns, espero que gostes do livro que vais receber.
Serás contactada a fim de nos forneceres a tua morada para que a Editora possa enviar-te o teu prémio!

Quanto aos restantes participantes, obrigada por participarem e fiquem atentos ao próximo passatempo!

29/07/2014

Opinião "Proposta Indecente" de Patricia Cabot

 

Aventureira, franca, Payton Dixon tem dois sonhos na vida: possuir um veleiro e obter o amor do capitão Connor Drake. Mas ambos parecem fora do seu alcance, uma vez que seu o amado capitão está prestes a casar com outra, e pior, o traidor do pai de Payton ofereceu-lhe o barco dela como prenda de casamento. Decidida a provar que está certa, Payton consegue desencadear um escândalo e causar todos os tipos de problemas. Quanto a Drake, não é capaz de decidir se quer estrangular a rapariga com quem cresceu, ou fazer amor com a bela mulher em que ela se transformou







*Pode conter Spoilers*

Antes de começar a minha opinião sobre este livro, quero agradecer à Quinta Essência por me ter disponibilizado um exemplar deste romance da Patricia Cabot para leitura e posterior opinião.

Para começar, devo dizer que foi um divertimento muito grande ler este livro *delicioso*. Mas é que é mesmo uma delícia, acreditem! Algo que é muito importante para mim quando leio um livro é que não me aborreça. Por isso tenho sempre receio de começar um livro novo, ainda mais quando me levantam tanto as expectativas. No entanto, este livro foi uma agradável surpresa. Muito agradável. 
Primeiro motivo porque nunca tinha lido nada de Patricia Cabot e estava um pouco receosa por me terem dito que os outros dois livros dela que foram publicados em Portugal, eram um pouco fracos. Mas, como já disse, fiquei agradavelmente surpresa. Não quero estar a fazer comparações porque a escrita é algo diferente, mas o toque de humor sarcástico e inteligente, e aquela forma de elevar o sexo feminino é muito parecida com a de Julia Quinn, até agora a minha escritora de romances de época preferida. 
Deixa cá ver se não me disperso. Acabei de falar sobre o primeiro motivo pelo qual gostei desta história. 
O segundo motivo recai sobre a personagem principal feminina: Payton Dixon. É que a miúda é absolutamente fantástica, para não dizer mais. Ela tem dezoito anos, quase dezanove. Perdeu a mãe à nascença e foi criada pelo pai e pelos três irmãos mais velhos, sem qualquer referência feminina aonde se agarrar ou aprender os "tiques" femininos, que deveriam ser naturais numa jovem mulher. A única coisa natural e feminina que Payton tem em si é o amor e adoração pelo Capitão Connor Drake (o que não é nada de admirar). Connor viu-a crescer, uma vez que ela sempre acompanhara o pai e os irmãos nas muitas excursões marítimas que a Companhia do pai realizava, talvez por isso (com certeza) é que Payton queria à força toda ser considerada como um dos irmãos e daí a vontade dela em querer ter o seu próprio navio para dirigir (coisa inconcebível naquela altura). Como era pequena e sem formas femininas vistas a olho nu, Connor nunca olhou para ela da maneira como um homem olha para uma mulher. Até ao dia em que ela decide usar um vestido. Aí é que a "porca torceu o rabo". Dizer que a partir desse dia Connor ficou como louco, é dizer pouco, tendo em consideração que ele ia casar com outra mulher, é mesmo de deixar qualquer um fora de si. Quer dizer, é tipo: ela esteve à frente dele por mais de dez anos e logo agora que se ia casar é que reparou que ela era uma mulher. A partir daí temos os ingredientes todos para uma grande "salsada" (peço desculpa pela expressão). 
Terceiro motivo é todo e somente sobre as cenas "hot". Muito boas! De dar mesmo daqueles calores só de imaginar a cena. E porquê? Não são cenas de sexo "à bruta" e sim cenas cheias de ternura, desejo e muito amor. Gostei da maneira como Patricia Cabot descreve tudo o que se passa entre eles de uma maneira delicada e simples. Nada de meter palavrões à mistura com o intuito de criar mais feeling para quem está a ler. Erro que muitas autoras cometem. Fiquei contente por isso. Até porque até à data Payton era muitas vezes confundida como sendo um rapaz e pouca experiência tinha a nível sexual.
Em suma, é uma história cheia de aventuras no mar, cheia de humor e repleta de cenas hilariantes de Payton. Esta pequena jovem de carácter vincado e uma personalidade de nos levar Às lágrimas (e aos irmãos também), tornou-se numa das minhas personagens preferidas.

Recomendo com toda a certeza!!

28/07/2014

Opinião "Na Sombra do Desejo" - J.R. Ward

Nas sombras da noite da cidade de Caldwell, em Nova Iorque, trava-se uma guerra territorial entre os vampiros e seus caçadores. Ali, existe um bando secreto de irmãos sem igual — seis guerreiros vampiros, defensores da sua raça. Mas agora um aliado da Irmandade está prestes a enfrentar os seus próprios desejos obscuros…
Butch O’Neal é um guerreiro por natureza. Um ex-polícia da brigada de homicídios que leva uma vida dura, é o único humano a quem foi permitido aceder ao círculo íntimo da Irmandade da Adaga Negra. E quer submergir-se ainda mais profundamente no mundo dos vampiros… quer alistar-se na guerra territorial contra os minguantes. Não tem nada a perder. O seu coração pertence a uma fêmea vampira, uma beldade aristocrática que está muito acima do seu nível. Se não pode ter Marissa, então ao menos pode lutar lado a lado com os irmãos…
O destino amaldiçoa-o outorgando-lhe o que deseja. Quando Butch se sacrifica para salvar dos assassinos um vampiro da população civil, torna-se presa da mais escura força da guerra. Moribundo, é encontrado graças a um milagre, e a Irmandade pede a Marissa que tente trazê-lo de volta. Mas talvez nem sequer o seu amor seja suficiente para salvá-lo…


Antes de começar a minha opinião, tenho de dar um valente "puxão de orelhas" à Sra. D. Ward. Onde já viu escrever um livro, ou uma saga em que quando queremos escrever uma opinião não sabemos por onde começar?! Hein D. Ward?! Ai, ai...
Bem, agora que já desabafei a minha frustração, aqui vai a minha modesta opinião. 
Quem aqui não conhece Butch, o único humano que faz parte da Irmandade da Adaga Negra? (Só por isso já tem uns pontinhos extra.) Quem não leu os volumes anteriores, certamente. No entanto, acho que mesmo quem não leu já ouviu falar nesta personagem absolutamente.... (não, não é deliciosa)... *fenomenal*.
Praticamente todos os volumes anteriores têm a intervenção de Butch. A par com este livro, o primeiro é aquele em que mais participação ele tem, visto que foi no primeiro que ele foi "adoptado" pela Irmandade, tornando-se um Irmão Honorário digamos assim.
Butch é um ex-detective, ex-"apaixonado" por Beth a Shellan de Wrath, ex-filho, ex-irmão. Ou seja, antes de entrar para a Irmandade era apenas mais um desgraçado com bom aspecto. Nem mais, nem menos. Aliás, era até alguém que me metia alguma pena, porque apesar de ter um bom cargo na policia, era alguém que ninguém queria.
Butch é alguém que traz um trauma de infância pesado demais para quem quer que seja. Sempre foi alvo de acusações por parte da família e decidiu assim tornar-se "orfão" por opção. Sentia que assim, se calhar, os pais e irmãos seriam mais felizes. Eis algo que não consigo perceber. Como raio é que um pai e uma mãe conseguem ostracizar um filho? Tenha ele culpa ou não seja do que for?! Não percebo... sinceramente. É algo que me ultrapassa.
Sempre senti uma simpatia muito grande por ele. Apesar de tudo o que sofreu, e ainda sofre como consequência, é alguém que se preocupa com os outros e coloca-os sempre à frente das suas necessidades.
Muito podia eu dizer sobre esta personagem e tudo o que se passou durante as 585 páginas que li de modo "tresloucado". Não me lembro da última vez que peguei num livro com mais de 500 páginas e li em menos de dois dias, tendo em conta que só lhe peguei ao final da tarde. Não é possível... ou pelo menos não era.
Neste livro, há mais um casal. Precisamente Butch e Marissa. Quem é Marissa? Ela é a vampira que alimentava Wrath antes de Beth aparecer em cena. Nunca se tornou a sua Shellan e por causa disso sempre pensou que apesar de ser perfeita a nível físico (tell me something new) deveria ter algum problema pelo qual nenhum macho queira acasalar com ela. Por isso, ela com 300 anos em cima é virgem, uma vez que Wrath nunca a tomou sexualmente. Desde que conheceu Butch que se apaixonou perdidamente por ele e na altura em que o encontra entre a vida e a morte na clínica de Havers, seu irmão, sabe que daria a vida por ele. Gosto tanto destes dois juntos! Quem havia de dizer que uma vampira haveria de converter um humano num macho apaixonado? Mais uma vez, o papel dos minguantes (apesar de os detestar, e ainda mais neste volume pelo que eles fazem a Butch) é fulcral. Sem eles, não se teria descoberto aquilo que o ex-detective realmente é. E o que ele é vai rebentar-vos os neurónios... literalmente!! Embora tenha de admitir que sempre desejei que aquilo realmente lhe acontecesse.
Mais uma vez acho que Ward foi fantástica a nível de entrosamento das personagens. Como cada uma delas parece completar a outra formando uma fantástica família que é a Irmandade! Irmãos que dão a vida uns pelos outros, até mesmo por quem não é da mesma raça. Os seus problemas, os seus traumas, os seus desgostos, alegrias e bom humor. Adoro como eles se "picam" uns aos outros indo até ao ponto de se armarem em engraçados com a Virgem Escrivã que não é de todo a pessoa mais bem humorada. Houve alturas (muitas) em que praticamente tive de parar e respirar fundo para não desatar às gargalhadas.
Mais um livro da Irmandade que adorei ler e que me encheu totalmente as medidas. 
Não posso esquecer de referir que John (Therror) está cada vez mais na minha mira *olhos abertos de antecipação* e que Vishous subiu imeeeeenso na minha escala de Irmãos das Adagas. Fantástico... ele sim *delicioso* (quando digo delicioso refiro-me aos poderes dele e do que ele é capaz de fazer e o que sente por Butch). Tirando Rhage que se transforma em Dragão, ele é The Ultimate Brother! Acreditem em mim!
Que venha o próximo! (Quero é ver quando chegar ao fim... vou ficar à deriva)


Butch e Marissa

45ª Maratona Literária GoodReads - Terminada

... à ultima da hora consegui entrar na 45ª maratona do Goodreads, organizada pela Cata (Páginas Encadernadas).

A minha equipa:

Team Filipa
Filipa Moreno
Fernanda Pratas
Rita
Carla Faleiro
J8J8
Ruteee
Renata Carvalho
Lénia
Cláudia Andrade
Filomena
Ana Jesus
Célia
Vera Neves
Joana Esteves
Mónica
Filipa Monteiro


'Bora ganhar isso meninas? 'Boraaaaa

A maratona teve inicio às 00h00 do dia 28 e terá o seu fim no dia 11 de Agosto às 23h59.

Vou colocando aqui as minhas actualizações para não me perder.

Na Sombra do Desejo - 156 páginas de 585 (Terminado)
Proposta Indecente - 355 Páginas (Terminado)
Nunca Seduzas um Escocês - 336 Páginas (Terminado)
Prazeres Proibidos - 318 Páginas (Terminado)
Prazer da Noite - 298 Páginas (Terminado)
Deslumbrante - 320 Páginas (Terminado)
Meu Único Amor - 399 Páginas (Terminado)
Provocadora - 95 Páginas

Total - 2277

Maratona de Verão - Terminada

As meninas Vera Carregueira (Crónicas de uma Leitora), a Isabel (Os Livros Nossos) e a Vera Brandão (A menina dos policiais) resolveram fazer uma maratona "abate pilhas de livros" no facebook, vai daí e convidaram quem se lhes quisesse juntar... Resultado: Uma Maratona de Verão cheia de meninas desertas de abater pilhas de livros (Ainda dizem que os portugueses não lêem)


Como não podia deixar de ser, eu tinha de me inscrever até porque ultimamente estou viciada em maratonas... :p (acho que já tinham reparado)

A maratona teve início no dia 27 de Julho e terá o seu desfecho no dia 10 de Agosto às 23h59.


Para esta maratona escolhi a seguinte pilha:


Já consegui ler o "Na Sombra do Desejo" e agora vou começar o "Proposta Indecente" da Patricia Cabot. Será a minha estreia com esta autora.

Actualização: 
585 Páginas (Na Sombra do Desejo)
355 Páginas (Proposta Indecente)
336 Páginas (Nunca Seduzas um Escocês)
318 Páginas (Prazeres Proibidos)
298 Páginas (Prazer da Noite)
320 Páginas (Deslumbrante)
399 Páginas (Meu Único Amor)
336 Páginas - (Provocadora)

Total - 2947



Maratona "À Trois" - Resultados

Querem saber quem ganhou esta mini-maratona?

Então ficam a saber que fui eu! Nem mais nem menos... esforcei-me bastante e consegui ler vários livros que já estavam à minha espera há imenso tempo..

A Ruiba (Ana do Illusionary Pleasures) ficou em segundo e a Ivonne (Epifania de letras) ficou em terceiro.. pôs-se a dormir e deu no que deu :p (Sorry sis)

Assim, com o total de 1697 páginas li os seguintes livros:

 



Foi uma boa maratona ;)


25/07/2014

Opinião "Na Sombra do Pecado" - J.R. Ward

Nas sombras da noite da cidade de Caldwell, em Nova Iorque, trava-se uma guerra territorial entre vampiros e seus caçadores. Ali, existe um bando secreto de irmãos sem igual – seis guerreiros vampiros, defensores da sua raça. De todos eles, Zsadist é o membro mais aterrorizador da Irmandade da Adaga Negra. 
Um antigo escravo de sangue, o vampiro Zsadist ainda carrega as cicatrizes de um passado cheio de sofrimento e humilhação. Conhecido pela sua fúria insaciável e actos sinistros, é um selvagem temido tanto por humanos, como por vampiros. A raiva é a sua única companheira e o terror a única paixão – até salvar uma linda fêmea da maldade da Sociedade dos Minguantes.
Bella fica instantaneamente arrebatada pelo poder fulminante que Zsadist possui. Contudo, à medida que o desejo que nutrem um pelo outro começa a apoderar-se deles, a sede de Zsadist por vingança contra os atormentadores de Bella leva-o ao limite da loucura. 
Agora, Bella tem de ajudar o amante a ultrapassar as feridas do passado tortuoso e a encontrar um futuro ao lado dela…


Estou aqui já há algumas horas a tentar encontrar as palavras certas para começar a minha opinião acerca deste *delicioso* terceiro livro da Saga Irmandade da Adaga Negra. No entanto e após várias horas de reflexão, eis as palavras que me surgem no cérebro como se fossem luzes de néon:

Meu Deus Do Céu! Que coisa fantástica!!

Sabem aquela sensação de tristeza de quando acabamos um livro do qual gostamos tanto? Se sabem, então não preciso dizer como me senti quando acabei de ler este "Na Sombra do Pecado". Ó Meu Deus.. e que pecado! Quem leu as minhas opiniões sobre os dois volumes anteriores a este, "Na Sombra da Noite" e "Na Sombra do Dragão" sabe que até agora o que contava a história do Rhage era o meu preferido por diversos motivos, sendo um deles a aparição de um dragão que é o meu animal mítico preferido. However, agora estou num dilema: Qual o melhor? Sinceramente, não tenho resposta a essa pergunta, por isso terei de incluir a história do Zsadist nos meus preferidos. 
Tenho de dar a mão à palmatória e admitir que afinal das contas o referido Guerreiro da Irmandade, mais conhecido como "Z", não é o bicho papão que fazia prever nos volumes anteriores. Já Bella, mostra ser uma fêmea muito, mas muito forte e cheia de garra. Atravessa as adversidades com uma força de vontade de arrepiar os cabelos e enfrenta o guerreiro mais temido da Irmandade (e o mais violento também, e assustador, e sombrio, e ....) com uma coragem de fazer inveja a qualquer guerreiro de cento e vinte quilos de puro músculo. 
Aos poucos Bella vai tomando o seu lugar no coração de Zsadist, mas por mais absurdo que possa parecer, nem foi a relação dele com a Bella que me arrebatou e sim a relação entre ele e o gémeo, Phury. Ter acesso a toda a história entre eles os dois e como eles se encontraram e nas condições em que se encontraram, faz-nos perceber o porquê de Z ser como é. Alguém com a alma traumatizada, ou melhor, alguém com o coração completamente destruído. Achei lindo a forma como aos poucos ele próprio vai adquirindo algum amor próprio e confiança. Ninguém merece viver sem ter um pingo de auto-estima ou amor pela pessoa que é, ainda mais por causa de traumas do passado em que ele não teve qualquer pingo de culpa ou responsabilidade.
No final fiquei com o coração apertado por causa do Thorment e da Wellsie... Também por causa de John que ainda agora tinha começado a ter uma família a sério que se preocupava com ele (Therror) e lhe dava amor e carinho. Pode ser que as coisas vão retomando o seu lugar ao longo de todos os livros que compõem a saga. E quero, definitivamente conhecer melhor John e vê-lo já como um dos Irmãos! O puto merece!
Mais uma vez, a maneira de escrever de Ward é do tipo de leitura em que começamos e vamos sempre querendo mais. Achei que no primeiro volume havia um pouco de "palha" a mais e apesar de ter gostado das personagens, foi, até agora, o que mais me custou a agarrar e ler compulsivamente. O que já não sucedeu com o de Rhage e com este do Zsadist.
Quanto aos minguantes, não consigo arranjar adjectivos para descrever o quanto detesto aqueles filhos da mãe!! Sério.. é o Sr. X, é o Sr. O, é o Sr. U. Mas que raio!! Arranjem pelo menos nomes decentes!! Detesto-os! Se visse um à minha frente.... arghhhhh.. tinha de fugir porque não tenho mais balas da irmandade ;-).
  
Agora segue-se o de Butch, o humano que ganhou o seu lugar no meio dos Irmãos Guerreiros.


Zsadista, Nalla e Bella

24/07/2014

Nas Livrarias a 5 de Agosto - Pecadora de Madeline Hunter

PECADORA
de Madeline Hunter
A mostrar CapaPEQ_pecadora.jpg
328 páginas
PVP 16,90€


Habituada a uma existência pacata, Celia Pennifold vê a sua vida virada do avesso após a morte da mãe, Alessandra Northrope, uma cortesã afamada. Para além de uma pequena casa, a mãe deixou-lhe de herança apenas dívidas e uma reputação manchada. O destino de Celia já está traçado há muito. Ela foi educada para seguir as pisadas da mãe. Mas Celia é determinada e tem os seus próprios planos… que não incluem, evidentemente, o misterioso inquilino com que se depara ao instalar-se no seu novo lar.
Jonathan Albrighton encontra-se numa missão a mando do tio, pois há suspeitas de que Alessandra possuía informações delicadas sobre alguns dos homens mais influentes da sociedade londrina. Jonathan pensava estar perante uma tarefa simples, não contava encontrar em Celia uma adversária à sua altura…

Sobre a Autora

Madeline Hunter publicou o seu primeiro romance em 2000. Já foi por duas vezes galardoada com o prémio RITA, da Romance Writers of America. Os seus livros figuram na lista dos mais vendidos do New York Times eUSA Today e é uma das autoras favoritas da publicação Romantic Times. As suas obras encontram-se traduzidas para doze línguas, tendo vendido mais de seis milhões de exemplares. Para além de Provocadora,no catálogo da ASA figuram já os seus romances DeslumbranteAs Regras da SeduçãoLições de DesejoJogos de SeduçãoOs Pecados de Lord EasterbrookCasamento de Conveniência, O Protector, Mil Noites de Paixão eO Sedutor. Doutorada em História de Arte, é professora académica e vive nos Estados Unidos.

Opinião "Para Sir Phillip, Com Amor" de Julia Quinn


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Sir Phillip sabia que Eloise Bridgerton tinha já 28 anos e era, pois claro, uma solteirona. Foi por isso mesmo que pediu a sua mão em casamento. Sir Phillip partiu do princípio de que Eloise estaria desesperada por casar e não seria exigente ou caprichosa. 
Só que… estava enganado. No dia em que ela lhe aparece à porta, torna-se óbvio que é tudo menos modesta e recatada. 
E quando Eloise finalmente para de falar, ele percebe, rendido, que o que mais deseja é… beijá-la. 
É que, quando recebeu a tão inesperada proposta, Eloise ficou perplexa. Afinal, nem sequer se conheciam pessoalmente. Mas depois… o seu coração levou a melhor e quando dá por si está numa carruagem alugada, rumo àquele que pensa poder ser o homem dos seus sonhos. Só que… estava enganada. Embora Sir Phillip seja atraente, é certo, é também um bruto, um rude e temperamental bruto, o oposto dos gentis cavalheiros que a cortejam em Londres.

Mas quando ele sorri… e quando a beija… o resto do mundo evapora-se e Eloise não consegue evitar a pergunta: será que este pesadelo de homem é, afinal, o homem dos seus sonhos?


*Contém Spoilers*

Desta vez tenho de começar esta opinião com os meus sinceros agradecimentos às Edições Asa por me ter disponibilizado este quinto volume das Crónicas da família Bridgerton. 

Admito que esperava algo mais arrebatador? desta história entre Eloise e Phillip. No entanto, o facto de serem perfeitos desconhecidos, a forma como se conhecem ou como tomam consciência da existência um do outro é das formas mais absurdamente românticas que me pode passar pela cabeça. (Lembra-me, de várias maneiras a forma como eu conheci o meu marido). Se bem se recordam, até à divulgação da identidade de Lady Whistledown, todos os capítulos começavam com excertos das crónicas da referida senhora. Agora que Lady Whistledown se reformou definitivamente, os capítulos começam com excertos de cartas escritas pela Eloise. A meu ver, foi muito bem pensado uma vez que demonstra coerência em relação ao "modus operandus" nos outros volumes.

O modo como o romance acontece é no mínimo diferente. Partir em busca de alguém que apenas conhecemos por carta, é um passo que Eloise resolve dar em prol da sua própria felicidade e do seu próprio futuro. Acabo por entender a súbita vontade que ela tem em casar-se, agora que a sua companheira Penelope casou com o irmão Colin. É compreensível que Eloise se sinta posta de parte agora que tem vinte e oito anos e já não é pedida em casamento como foi outrora. Foi um acto de muita coragem da parte dela.

Conhecem Sir Phillip? Eu sei que não. Eu também não conhecia (obviamente) e gostei do que conheci. Um homem honesto, trabalhador, inteligente e sensível. Passou por grandes traumas na sua infância e juventude e agora, viúvo e sozinho, fica a braços com os seus dois filhos gémeos de oito anos, Oliver e Amanda. São estas duas crianças que fornecem as cenas que quase me fizeram cair da cadeira de tanto rir. Eloise com toda a sua graça e elegância consegue fazer frente às duas "pestes" e de uma maneira subtil e inteligente consegue que pai e filhos se entendam e se percebam entre si.

Apesar de todo o humor patente ao longo do livro, é de salientar que achei a leitura um pouco mais "séria". Talvez por abordar temas delicados. Traumas, medos, violência e a tomada de consciência dos personagens de que algo não está bem. 

O facto de Phillip querer uma esposa apenas para se livrar das responsabilidades inerentes à mulher, incluindo lidar com os filhos, deu-me a volta às entranhas. Embora soubesse muito bem que mais cedo ou mais tarde ele haveria de admitir o seu amor por Eloise. Quem não se apaixonaria por uma mulher como ela? Uma mulher segura de si, inteligente, com amor à vida e sobretudo com um coração enorme. Tem também uma língua afiada e os despiques que ela tem com Phillip só servem para espicaçar mais a relação atribulada entre os dois.

Gostei imenso das crianças. Travessas, espertas e ladinas. No entanto, por terem perdido a mãe há menos de nada são crianças tristes que tentam colmatar a tristeza com travessuras. Precisam do pai e ele, por não saber como lidar com eles, coloca-se à parte de tudo deixando-os em mãos alheias.

Não podia deixar passar o ponto alto deste volume! E desculpem-me o spoiler, mas tem mesmo de ser e depois quando lerem o livro vão perceber-me completamente. O momento em que não um, não dois, não três mas quatro irmãos Bridgerton entram de rompante pela sala adentro de Sir Phillip a meio do jantar, para resgatar a honra da irmã. Uma palavra: Hi.La.Ri.An.Te! Foi das cenas mais deliciosas que já tive o prazer de ler e imaginar!!! Melhor ainda foi quando Phillip, tenso como uma corda, lhes pede que se despachem a partir-lhe as pernas, sem mais demoras. OMG! Impagável! Nem em um milhão de anos poderia imaginar cena mais absurdamente cómica! Mesmo que o livro não valesse nada, só esta cena valeria as cinco estrelas! 

Desculpem-me por favor o spoiler! Sorry, sorry!! Mas tinha mesmo de desabafar! :p

Para rematar esta opinião tenho de admitir que dos cinco volumes que li até agora, este foi com o que mais me identifiquei. Pelas cartas, pela forma como eles se conhecem (completamente às cegas), por ser mãe e saber reconhecer quando uma criança não está feliz tal como aconteceu com Eloise. Não vou pôr-me aqui a contar a história da minha vida, mas uma coisa vos digo: A forma como eles se conhecem? Tenho orgulho em poder dizer que praticamente fiz o mesmo que ela, só que em épocas diferentes e com meios diferentes. A minha história de amor em nada fica a perder para a de Eloise. *__* 

Agora que venha a menina Francesca porque estou deserta de a conhecer melhor!


Opinião "A Grande Revelação" de Julia Quinn



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O coração de Penelope Featherington sofre por Colin Bridgerton há... não pode ser!?? ...mais de dez anos? Sim, essa é a triste verdade. Dez anos de uma vida enfadonha, animada apenas por devaneios apaixonados. Dez ingénuos anos em que julga conhecer Colin na perfeição. Mal ela sabe que ele é muito (mesmo muito) mais do que aparenta... Cansado de ser visto como um mulherengo fútil, irritado por ver o seu nome surgir constantemente na coluna de mexericos de Lady Whistledown, Colin regressa a Londres após uma temporada no estrangeiro decidido a mudar as coisas. Mas a realidade (ou melhor, Penelope) vai surpreendê- lo... e de que maneira! Intimidado e atraído, Colin vai ter de perceber se ela é a sua maior ameaça ou o seu final feliz. ps: este livro contém a chave do segredo mais bem guardado da sociedade londrina.





Cada vez se torna mais complicado para mim escrever opiniões sobre estes livros que compõem as Crónicas da família Bridgerton. Porquê? A razão é simples, pelo menos para mim. É que detesto e abomino estar a estragar a leitura aos outros. O que acontece aqui é que gosto tanto, mas tanto destes livros que caio no erro de ir contando o que acontece no livro, mesmo que sem ter a noção disso. Por isso, hoje e nesta opinião vou dizer tão só e apenas o que achei e o que senti enquanto lia mais este capítulo da saga! (Além disso, uma opinião é isso mesmo, eu é que ainda não atinei com isto). 
Mal peguei no livro a primeira coisa que pensei foi: "Isto vai ser uma paródia". Tantas gargalhadas me fez soltar logo no inicio. Já sabia que ia ler o livro em menos de nada, até porque era sobre um dos meus irmãos preferidos (são todos, mas uns mais que outros). Colin! O terceiro filho de oito. O facto de Julia Quinn ter resgatado o último acontecimento entre Penelope e Colin para iniciar este volume foi algo muito, muito bem pensado porque conseguimos seguir uma linha de pensamento e de raciocínio sem termos de parar para tentar recordar o que havia acontecido entre os dois.
Este livro é um pouco diferente dos outros em alguns aspectos. Para começar (e o título já diz tudo) é feita a grande revelação. Aquela pela qual todas esperamos e derretemos os cérebros para tentar decifrar. Quem é Lady Whistledown? E a resposta é, de facto, surpreendente porque nada fazia prever que seria aquela pessoa. Se tivesse visto uma galinha com dentes ficava menos surpresa porque já tinha pressuposto que seria outra personagem. Agora em relação ao casal central deste livro, Colin e Penelope? Lembram-se dela? Sempre debaixo da saia da mãe? Aquela que se vestiu de amarelo no primeiro baile de debutante e parecia um citrino? Essa mesma! Uma Penelope ainda muito discreta, embora muito, muito inteligente e observadora. Infelizmente, aos 28 anos continua solteira e apaixonada por Colin. Sempre gostei dela. Não sei porquê. Talvez por ser alguém de quem toda a gente tinha pena e não viam de facto o potencial dela. A única que realmente lhe deu o devido valor, foi sempre a velha Lady Danbury (gosto tanto desta senhora). Assim, Penelope continua solteira, já sem esperanças de se casar e com o futuro programado para tomar conta da mãe na velhice. Estava conformada. Mas eis que Colin regressa de viagem e conta já com trinta e três anos. Anthony casado, Benedict casado e ele, embora não fosse libertino como o primeiro, nem um romântico incurável como o segundo, tinha a convicção de que se ainda não tinha casado é porque a mulher certa ainda não aparecera. Queria casar-se um dia, claro, mas não fazia questão disso. Aconteceria se tivesse que acontecer. Sem pressas e sem stress. Colin e Penelope já são "amigos" há mais de doze anos e nunca ele tinha olhado de maneira diferente para ela, ou de maneira romântica. No entanto, ao avançarmos nas páginas, vemos que estas duas personagens são muito mais do que aparentavam ser à primeira vista. Colin não é apenas um jovem cheio de vida, descontraído e charmoso e Penelope não é apenas uma solteirona sem graça e tímida. Aos poucos foram-me conquistando e arrebatando (mais ainda) com as suas personalidades fortes e bem vincadas, com a inteligência dos diálogos e de pensamentos, pelo humor que transmitiam e pela ternura com que se tratavam um ao outro. Creio que houve, desde sempre, um amor escondido ou disfarçado pela amizade que os unia desde muito novos. Aquela ternura e o à vontade que tinham um com o outro não se tem com todos os amigos.
Houve momentos em que senti o coração apertadinho por ela e outras em que estava tão danada que se o Colin se materializasse à minha frente levava um abanão para ver se abria os olhos. Achei este livro mais ternurento do que os anteriores. A relação entre eles os dois menos "explosiva" do que os casais anteriores. Talvez por já se conhecerem há tanto tempo e tão bem. Provavelmente não havia quem conhecesse melhor Colin do que Penelope. Bem, talvez a mãe dele :)
Foi tão bom e tão gratificante ver a relação deles evoluir para um patamar em que ele já fazia parte da vida dela irreversivelmente e ela da dele. Achei imensa piada a como ele só já pensava em protegê-la e não deixar que nada nem ninguém a atingisse. C'est L'amour! 
Foi uma leitura *deliciosa* e que me alegrou o dia! 

Gostava tanto de fazer parte da família Bridgerton *suspiro demasiadamente prolongado*.


22/07/2014

Opinião - "A Mulher Perfeita é uma Cabra - Guia de Sobrevivência para as mulheres «normais»"


A Mulher Perfeita é uma Cabra! é um guia destinado a mulheres «normais», que possam sofrer de fraca autoestima face àquelas que a sociedade considera «perfeitas». Graças a um imbatível sentido de humor, este livro tem feito uma inacreditável carreira, beneficiando sobretudo de simples recomendações trocadas entre amigas. Mulheres de todas as idades reveem-se neste livro graças às referências a várias épocas desde os anos 80 e 90 até ao presente. 

As autoras, duas gémeas, desmontam os mitos que foram criados à volta de mulheres famosas e decidem intervir em favor das que se culpabilizam por terem o verniz estalado nas unhas ou por ganharem uns quilitos a mais. A leitora encontrará aqui uma diversidade de propostas interessantes como listas para preencher, cupões de veto para certas situações, conselhos para escolher a fotografia do Facebook ou, ainda, listas das coisas horríveis que as mulheres «perfeitas» costumam fazer às mulheres «normais».

Despretensioso, mas notável a todos os títulos, A Mulher Perfeita É Uma Cabra fará rir as leitoras com o objetivo de as desculpabilizar e descontrair para que gostem de si tal como são!



Tenho de ser sincera e admitir que se não tivesse sido a Presença a enviar-me este livro para leitura e posterior publicação de opinião, provavelmente nunca o teria lido. Tenho sempre algum receio destes livros de "ajuda pessoal", até porque depois é extremamente difícil escrever uma opinião que cative as pessoas a quererem ler. No entanto, após ler as primeiras páginas vi logo que este não era um livro de ajuda pessoal qualquer. Quando dei por mim já estava a mais de metade do livro em pouco mais de três quartos de hora. Sabem aquela sensação de que há coisas que no dia-a-dia pensamos e que não podemos dizer porque a educação e o bom senso não o permitem? Pois lá está. As autoras deste pequeno Guia de como não ser uma "cabra" ou uma "mulher perfeita" nos parâmetros da sociedade, não querem saber nem da educação nem do bom senso. Colocam em papel tudo o que gostaríamos de dizer se tivéssemos coragem. E fazem-no de uma maneira hilariante que nos arrancam gargalhadas sonoras.
Se na sociedade em que vivemos as mulheres têm de ser perfeitas, então vivemos numa sociedade demasiadamente monótona, falsa e "castradora" dos actos impulsivos, aqueles actos que nos fazem dar uma gargalhada no meio do autocarro só porque nos lembramos de uma anedota da semana passada ou da queda que a senhora da farmácia quase deu porque usava uns saltos demasiadamente altos. Esta pequena *delicia* de 160 páginas, mostra-nos que para sermos perfeitas não precisamos de estar sempre perfeitas. Cabelo arranjadinho, medidas de top-model e conversas de circunstância que nada mais são do que maçadoras e monótonas. Uma coisa que aprendi com este Guia? Sejam originais. Sejam impulsivas. Sejam honestas e frontais e vão ver que a vida vai tornar-se muito, mas muito mais divertida!

Obrigada à Presença pela oportunidade que me deu para abrir a mente a outros tipos de leitura!



21/07/2014

Equipa Vencedora da 2ª Maratona do Sinfonia dos Livros


E sabem que equipa ganhou? Não sabem? Então eu vou dizer:

Foi a equipa ...


... com nada mais, nada menos do que 12.657 páginas lidas (é muita página)

No total a maratona contou com 64.363 páginas entre todas as equipas!!!

Opinião - "Amor e Enganos" - Julia Quinn

Sophie Beckett tinha um plano ousado: fugir de casa para ir ao famoso baile de máscaras de Lady Bridgerton. Apesar de ser filha de um conde, ela viu todos os privilégios a que estava habituada serem-lhe negados pela madrasta, que a relegou para o papel de criada. Mas na noite da festa, a sorte está do seu lado. Sophie não só consegue infiltrar-se no baile como conhece o seu Príncipe Encantado. Depois de tanto infortúnio, ao rodopiar nos braços fortes do encantador Benedict Bridgerton, ela sente-se de novo como uma rainha. Infelizmente, todos os encantamentos têm um fim, e o seu tem hora marcada: a meia-noite. Desde essa noite mágica, também Benedict se rendeu à paixão. O jovem ficou até imune aos encantos das outras mulheres, exceção feita... talvez... aos de uma certa criada, que ele galantemente salva de uma situação desagradável. Benedict tinha jurado tudo fazer para encontrar e casar com a misteriosa donzela do baile, mas esta criada arrebatadora fá-lo vacilar. Ele está perante a decisão mais importante da sua vida. Tem de escolher entre a realidade e o sonho, entre o que os seus olhos veem e o que o seu coração sente. Ou talvez não...

*Pode Conter Spoilers*

Terceiro livro das Crónicas dos fantásticos e *deliciosos* Bridgerton. Oh Meu Deus como eu vou ter saudades desta família quando chegar ao fim! 
Ainda bem que ainda faltam uns quantos!!

Por esta razão é que não os queria ler de uma assentada só, mas depois de começar não existe ponto de retorno possível! Perdido Por Cem, Perdido Por Mil, certo?Ceeeeeeerto! Foi com este pensamento que apenas três dias depois de terminar o segundo volume, tive mesmo, aliás fui obrigada em consciência a ler este terceiro capítulo de uma maneira completamente desvairada... Ainda para mais, Julia Quinn resolveu pegar numa história de princesas que a mim me aborrecia um pouco (nunca mais vou ver a Cinderela sem lembrar-me de Sophie). Ter usado o conceito da Cinderela fez-me gostar ainda mais e especialmente deste livro, porque reformulou completamente a história e tornou-a muito melhor e só mesmo Quinn seria capaz de uma façanha destas. E quando digo que usou o conceito da história mais famosa de princesas é porque foi mesmo isso. Sophie, a nossa "princesinha" tem uma madrasta má (horrorosa, pavorosa e tudo o mais que acabar em "osa" e que tenha uma conotação péssima). Tem duas irmãs "emprestadas" que fazem dela tapete dos pés, (tenho de ser verdadeira e dizer que uma delas, a mais nova, não era assim tão má e que me surpreendeu muito no final de tudo), mas não tem um pai amoroso, nem uma fada madrinha! Tem uma governanta que a criou e educou desde pequena e um pai que morreu sem a ter reconhecido como sangue do seu sangue e tão pouco lhe deu a atenção que uma criança precisa depois de ter perdido a mãe em tão tenra idade. Até à morte do seu pai, as coisas até nem correram muito mal, no entanto, depois de ter perdido o pai, Sophie fica à mercê de Araminta, a madrasta que, tal como na Cinderela, rebaixa-a a criada da família e retira-lhe todos os "privilégios" que ela havia tido até à data. Mas eis que chegou o dia do baile em casa dos Bridgerton. Toda a sua vida ela tinha acompanhado a família mais querida e popular de Londres através do boletim da misteriosa Lady Whistledown e sabia muito bem quem era quem. Havia, desde sempre, simpatizado com Benedict, o segundo na linhagem. 
O que aconteceu no baile? Não posso revelar (olhem eu a armar-me em Lady Whistledown) mas posso dizer-vos que foi o sorriso contagiante e a alegria de viver de Sophie, mais conhecida no baile como "a mulher do vestido prateado", que cativou Benedict e o fez ficar completamente apaixonado por ela. No entanto, nem tudo são rosas e as doze badaladas ecoam por todo o salão de baile como o final daquela fantasia que seria apenas o início da mudança nas vidas de Sophie e Benedict. Não deixou cair o sapato quando fugiu de Ben, mas deixou-lhe a luva. Ben durante muito tempo procurou por ela e com a esperança de um dia a reencontrar nunca casou (que fofo).
Alguns anos depois, e após Sophie ter sido expulsa de casa, eles reencontram-se. Um aparte: Eu simplesmente adorei o facto de Sophie finalmente ter saído daquela casa, embora fosse a casa que ela sempre conhecera desde criança. Acho que foi uma cartada de mestre ter feito com que Sophie se afastasse de Londres como Quinn afastou, eliminando qualquer oportunidade que ela pudesse ter de encontrar Benedict ou vice-versa. A meu ver e apesar de gostar imenso de Sophie, acho que na altura em que ela conheceu Ben, ela era ainda uma criança, ou melhor, ainda era alguém que vivia com a cabeça nos sonhos, justamente pelo que havia sofrido até então. Acho que seria demasiadamente dependente do afecto de Benedict. Os dois anos que se passaram desde o baile até ao reencontro permitiu um amadurecimento da parte dos dois. 
Retomando: Ela sabe quem é ele, evidentemente, mas ele não a reconhece (esqueci-me de mencionar que o baile onde se conheceram era de máscaras e ele não conseguiu vislumbrar-lhe o rosto quando se conheceram). No entanto e apesar de ele não a ter reconhecido sente de imediato algo diferente por aquela criada de modos requintados e de sorriso doce. De salientar que achei fantástico, ou antes, *delicioso* que Sophie não fosse a criadinha afectadinha e atormentada que poderia vir a ser, justamente por ser uma jovem com requinte, educação, inteligência e beleza. Seria de todo imperdoável que Benedict, sendo o homem sensível que sempre nos mostrou ser, para além de muito inteligente e eloquente, deixasse fugir uma preciosidade como Sophie.

É para mim muito complicado escrever a minha opinião sem estar a contar o que está tão vívido na minha memória. Gostaria de contar tudo o que aconteceu desde o momento em que Ben salva Sophie de ser violada até ao momento em que se apercebe que a ama mais do que tudo na vida e que sem ela não consegue sequer conceber um futuro, mesmo não sabendo quem ela é na realidade. Mas embora não o vá fazer por respeito a todos os que ainda não leram, vou apenas dizer que apenas Julia Quinn poderia transformar uma história da Cinderela (já mais que batida) e torná-la melhor e mais emocionante de uma maneira tão doce e tão "real". 
As personagens? Continuam cada vez melhores e se há criatura que me apetecia esganar, essa pessoa seria certamente Araminta, (mulher do diabo), a madrasta infame de Sophie. 
Benedict é um dos meus Bridgerton's preferidos. Apesar de quando ele lhe fez A proposta me tenha dado vontade de o sacudir. Pensando bem, gosto de todos eles, desde o autoritário Anthony ao irritantemente jovem Gregory. Pelo que lemos até agora, apercebemo-nos que apesar de serem tão parecidos por fora, são também muito diferentes na maneira de ser, completando um quadro que nos mostra uma família invulgarmente feliz!

E o que vem a seguir?! Penelope e Colin *_* OMG!!! Mal posso esperar!