16/10/2023

Opinião | Eu Já Devia Saber | Bárbara Corby | Manuscrito Editora

E se a tua história de amor não pudesse acontecer? 
E se, ao acontecer, magoasses todos à tua volta?

Manu está no segundo ano da faculdade e mal pode esperar por ir viver para Lisboa. Além da melhor amiga, Camila, e do irmão por afinidade, Fred, a única pessoa capaz de a tirar do tédio em que vive é o Edu. Mas não está fácil: se há palavra para descrevê-lo é «misterioso»... Alguém conhece um tutorial no YouTube para lidar com isto?

O Edu parece perfeito: é inteligente, bonito e carinhoso. Mas e se não for a pessoa certa para a Manu? E se houver outra pessoa capaz de lhe roubar o coração, alguém que esteve sempre por perto e que ela nunca foi capaz de ver de outra forma? E se… e se ela se apaixonar pela única pessoa do mundo que não pode amar?

Num romance de estreia emocionante, envolvente e cheio de reviravoltas, Bárbara Corby traz-nos uma história de amor que surge onde ninguém esperava. Só que à medida que este amor se torna mais forte, verdadeiro e intenso, mais claro é para todos que simplesmente não pode acontecer.



Quero agradecer à editora por ter disponibilizado um exemplar para leitura e opinião no Sinfonia 🙏

Eu tive alguma dificuldade em gostar deste livro. Quando li a sinopse achei que tinha tudo para ser uma boa história, de uma autora nacional jovem. No entanto, a forma como tudo é colocado no papel, para mim, não funcionou. Não sei dizer se a idade que tenho não é a mais indicada para ler esta história, o que não faz muito sentido porque um dos meus géneros preferidos é Young Adult ou se, simplesmente, a forma como a autora escreve não foi a mais atraente possível.

Não me entendam mal, a ideia da história é muito boa, mas acho que a autora entrou por uns caminhos sinuosos quando resolveu criar uma personagem jovem adulta mas com vibes de adolescente. A forma de Manu falar e agir não se adequam a uma moça que já está no segundo ano de universidade. É demasiado imatura e infantil, a meu ver. A Manu é muito de roupas, maquilhagem, selfies, Youtube, instagram. É superficial e fútil. Passa a ideia de que a imagem é tudo e o intelecto é apenas um acrescento.

A ideia que a autora teve para este romance tinha tudo para dar certo, até porque é uma vertente que não é muito utilizada nos romances. Temos uma Manu que está caidinha de amores por um colega amigo do irmão adoptivo, o Edu e, assim que ele repara nela, aquilo que ela sentia por ele esfria e a atenção dela vira-se para outra pessoa. É nesta fase que o livro deveria ter melhorado, mas não aconteceu. Enquanto temos uma fase chata em que ela não faz outra coisa senão fazer tudo em prol do Edu, na fase que deveria ser mais interessante, que ela descobre que a pessoa mais chegada a ela está apaixonada por ela, passa-se tudo demasiado depressa. Vamos do "8 ao 80" num abrir e fechar de olhos e nem sequer temos tempo de aproveitar a única fase interessante da história.

Termos como "estás gata", "ele é um gato"é de evitar, ainda para mais quando é repetido tantas vezes. Além disso, o pronome pessoal "eu" é usado tantas vezes que passa a ideia de uma personagem egoísta e fechada aos outros que a rodeiam.

Espero que o 2º seja mais rico e atraente.

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