A CIDADE DE VAPOR
Obra póstuma do autor best-seller Carlos Ruiz Zafón, que reúne
pela primeira vez e numa obra única e especial 11 contos do autor.
Uma homenagem a Carlos Ruiz Zafón.
Um agradecimento do autor aos seus leitores.
Nas livrarias a partir de 17 Novembro
«Sou capaz de evocar rostos de miúdos do Barrio de la Ribera com que por vezes brincava
ou lutava na rua, mas nenhum que me quisesse resgatar do país da indiferença. Nenhum exceto
o de Blanca.»
Um rapaz decide tornar-se escritor ao descobrir que as suas invenções despertam um pouco mais de interesse por parte da menina rica que lhe roubou o coração. Um arquiteto foge de Constantinopla com os planos de uma biblioteca inexpugnável. Um estranho cavaleiro tenta Cervantes a escrever um livro como nunca existiu. E Gaudí, a caminho de um misterioso encontro em Nova Iorque, deleita-se com a luz e o vapor, a matéria de que deveriam ser feitas as cidades.
A Cidade de Vapor, obra póstuma de Carlos Ruiz Zafón, reúne pela primeira vez 11 contos do autor espanhol mais lido em todo o mundo, depois de Cervantes. A Cidade de Vapor é não só o reconhecimento do percurso literário de Carlos Ruiz Zafón, mas também um agradecimento especial do autor aos seus leitores, que o seguiram ao longo da saga iniciada com A Sombra do Vento. Como os grandes escritores nunca morrem, Carlos Ruiz Zafón está à nossa espera em qualquer página dos seus romances. .
Caminhamos com ele por A Cidade de Vapor....
«Figuras de vapor, pai e filho imiscuem-se entre a multidão
das Ramblas, os passos para sempre perdidos na sombra do vento.»
Carlos Ruiz Zafón (1964-2020) é um dos autores mais lidos e reconhecidos em todo o mundo.
Todos os leitores de Carlos Ruiz Zafón recordam aquela madrugada em que Daniel Sempere conheceu, pela mão do seu pai, O Cemitério dos Livros Esquecidos, numa Barcelona pós-guerra, «presa sob céus de cinzas e um sol de vapor...».
A caminhada por O Cemitério dos Livros Esquecidos é cíclica, tal como as escadas da Sagrada Família. Carlos Ruiz Zafón organizou as suas histórias como os telhados de Gaudí, que lembram as escamas de um dragão. Os seus protagonistas vagueiam pelos territórios de uma Barcelona cheia de névoas, vapores e torres góticas.
Além da tetralogia de O Cemitério dos Livros Esquecidos, o autor escreveu 11 contos com as chaves que revelam passagens entre A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo, O Prisioneiro do Céu e O Labirinto dos Espíritos. Este contributo completa a sua obra, ao mesmo tempo que reafirma a amplitude do universo de Zafón. A Cidade de Vapor exibe ao longo das suas páginas uma cartografia, desdobra um mapa até então secreto, que nos guiará por algumas dessas passagens da sua obra, para revelar episódios do passado dos seus protagonistas.
O eco das grandes personagens e temas dos romances de O Cemitério dos Livros Esquecidos ressoa nestes 11 contos de Carlos Ruiz Zafón – reunidos pela primeira vez –, nos quais brilha a magia do narrador que nos fez sonhar como ninguém. E os leitores que seguiram o autor ao longo da saga de O Cemitério dos Livros Esquecidos vão deparar-se com situações que lhes são familiares.
Em BLANCA E O ADEUS, Carlos Ruiz Zafón remete-nos para «as memórias nunca acontecidas de David Martín». Recorda-se? Aquele jornalista e escritor de folhetins dos anos 20, obcecado por um amor impossível e que acaba por vender a sua alma ao mefistofélico editor Andreas Corelli... Barcelona, 1905. Uma jovem sofre de dores de parto junto aos portões do Cementerio del Este, enquanto um manto de neve cobre as estátuas dos túmulos. Fazendo da fraqueza a sua força, consegue chegar ao labirinto de fábricas de Pueblo Novo. Bate à porta da Velha Fábrica de Livros para pedir ajuda. Uma estranha senhora, vestida de branco, encarregar-se-á do parto... Quem é a rapariga? A quem deu à luz? A solução para o enigma de SEM NOME pertence aos leitores de Carlos Ruiz Zafón.
Em A Cidade de Vapor, às vezes, a experiência vivida confunde-se com a sonhada. UMA RAPARIGA DE BARCELONA, a terceira história, apresenta-nos Laia, que consegue encarnar pessoas que já morreram. O seu pai, um fotógrafo falhado e jogador, consegue aproveitar-se desses poderes. Gaudí recebeu um convite para projetar um arranha-céus em Manhattan. Um estudante de arquitetura acompanha-o a Nova Iorque, onde o mestre tem de fechar o negócio com um enigmático magnata no Waldorf-Astoria. O que aconteceu naquela reunião? Carlos Ruiz Zafón dá-nos a sua versão em GAUDÍ EM MANHATTAN. David Martín reaparece em O Prisioneiro do Céu. Preso no castelo de Montjuïc, dia 23 de abril do pós-guerra, dedica aos seus companheiros de cela uma história de dragões e rosas, «mas sobretudo uma história de sombras e cinza, como ditavam os tempos...». Em ROSA DE FOGO voltamos ao século XV. Um impressor chamado Sempere é obrigado, «sob a ameaça de tortura», a traduzir o caderno que levava o «fazedor de labirinto» Edmond de Luna, um tripulante moribundo de um navio encalhado frente à Muralla de Mar...
Antoni de Sempere, antepassado dos Sempere de A Sombra do Vento e conhecido como «o fazedor de livros», acompanhou a Barcelona Miguel de Cervantes Saavedra, O PRÍNCIPE DE PARNASO, no ano de 1616: «Um dia cairão e Barcelona alastrará sob o céu como uma lágrima de tinta em água benta», prevê o autor de Dom Quixote. Com eles mergulhamos na história das histórias sobre a origem de O Cemitério dos Livros Esquecidos.
No conto a LENDA DE NATAL percorremos um bairro gótico iluminado com luzes de gás com uma mulher de olhos brancos e lábios negros: ela é a empregada de um advogado viúvo consumido pela ganância. Carlos Ruiz Zafón rende homenagem aos seu adorado Dickens com um personagem descendente do malvado Scrooge, o protagonista do Conto de Natal.
Natal é a época de ALICIA, AO ALVORECER, desta vez nos «dias malditos» de 1938. Alicia, uma rapariga de 17 anos, tenta sobreviver vendendo os seus últimos pertences antes que as bombas comecem a cair. Aqueles que leram O Labirinto dos Espíritos sabem algo sobre uma mulher ferida naqueles bombardeios.
Os malvados de todas as épocas protagonizam HOMENS DE CINZENTO, na Barcelona de 1942, quando a repressão sobre os vencidos é o pão nosso de cada dia. Os mesmos bandidos dos anos 20 e 30 foram reciclados para servir a uma nova ordem: «Acabou-se o matar desgraçados em urinóis públicos por três vinténs. Agora vamos começar a trabalhar o cliente de qualidade.»
O chefe dos assassinos chama-se Sanabria, mas podia ser Javier Fumero ou Mauricio Valls...
APOCALIPSE EM DOIS MINUTOS parece uma despedida; um poema em prosa de apenas duas páginas dedicadas à alegria das pequenas coisas e ao amor.
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