11/07/2019

Opinião | Amo-te (Quase) Para Sempre | Erin Lyon | TopSeller

Num mundo onde não há casamentos, apenas contratos de sete anos, os casais não dão o nó: assinam o papel. Não existem divórcios, mas sim quebras contratuais e, por vezes, a relação simplesmente expira!
No que diz respeito ao amor, Kate é uma mulher sortuda ao lado de Jonathan. Na sua carreira, porém, as coisas podiam estar melhores! Depois de ter deixado tudo para seguir Direito, parece que lhe restam apenas o desemprego e um monte de dívidas.
Desesperada por trabalho, Kate conhece o espantoso (e sexy!) Adam, que se revela muito interessado em ajudá-la. Mas as intenções dele não são de todo inocentes. Acontece que Adam é um quebra-contratos, um homem que gosta de seduzir apenas mulheres com contrato assinado. E Kate é mais uma presa no seu jogo de conquistas.
Embora saiba que corre o risco de ser seduzida, o coração de Kate já tem dono. Por isso, quando Adam lhe oferece um emprego na sua empresa, ela aproveita a oportunidade. Finalmente o futuro começa a sorrir-lhe!… Um sorriso que dura cinco segundos… até Jonathan lhe revelar que não quer renovar contrato.
Com os sonhos destruídos, Kate entra em colapso. E o quebra-contratos? Bem, agora que está solteira, Adam parece ter perdido o interesse, mas, por algum motivo, também não consegue ficar longe dela…
Será que a solução é ficarem amigos?

(Pode Conter Spoilers...)
Este foi um livro que me deu imenso prazer ler. Tem tudo o que um romance leve tem de ter. Tem humor, situações hilariantes, personagens divertidas, situações mais quentes e amor.
Kate é, sem sombra de dúvida, a nossa personagem principal. Está numa altura crucial da vida em que, num mundo sem os tradicionais casamentos, existem contratos de sete anos que podem ser, ou não, renovados por mais sete e daí em diante. Está numa relação já de quase oito anos, sendo que está convencidíssima de que o namorado/companheiro de contrato, Jonathan irá renovar o contrato por mais sete anos. Para além disso, está sem emprego, uma vez que deixou de trabalhar para embarcar numa aventura em Direito. No momento, celebra o seu fim de curso com tem um sabor agridoce pois a empresa que lhe deu estágio não a quis contratar após o mesmo. Ou seja, Kate é uma mulher na casa dos trinta, sem emprego, com um curso tardio em Direito e com um  no seu segundo round de contrato com Jonathan. Não bastasse tudo isso, começa a ser perseguida por um quebra-contratos. Adam. Assim que ele coloca os olhos na pena de compromisso de Kate, ela torna-se imediatamente alvo dos seus avanços. No entanto, ela recusa, certa de que está numa relação forte com o amor da sua vida.
Adam, a meu ver, apesar do fetiche de só se interessar por mulheres comprometidas, é a minha segunda personagem preferida. É amável e cortês, amigo dos seus amigos e um filho exemplar que adora a mãe. Só que, tendo o exemplo dos pais no que diz respeito a contratos, decide que não quererá nunca um relacionamento para a vida, apostando, isso sim, em pequenas conquistas de mulheres que, sendo comprometidas, não irão forçar mais nada. A ideia até é compreensível, mas Kate, não pensa assim, pelo menos até Jonathan estragar os planos e decidir que, apesar de a amar, quer algum espaço para si e para tentar compreender se realmente aquilo é amor ou apenas uma forma de habituação um ao outro.
Ora, a partir daí, Kate entra numa espiral de aventuras e desventuras onde pretendentes não lhe faltam, consegue emprego como advogada matrimonial que lhe vai trazer cenas e situações mirabolantes com clientes e em tribunais, muda de casa e acaba com Adam, Jonathan e Dave, personagem non-grata, que de facto não me conquistou, apesar de ser um homem bem parecido e atraente, com algumas virtudes mas com mais defeitos.
A opção óbvia para Kate seria aceitar as desculpas de Jonathan e voltar para ele, mas, depois do que sofreu por causa dele e da não renovação do contrato, Kate não quer iludir-se novamente e por isso, mantém as opções em aberto, sendo que, agora que é livre, Adam supostamente perdeu o qualquer interesse romântico ou sexual que tivesse por ela. São amigos.
Mas até que ponto são mesmo amigos? 
São raras as vezes que acabo um livro e pego no volume seguinte logo a seguir, mas este deixou-me mesmo com a pulga atrás da orelha pelo que não resisti e li o segundo volume de imediato, para tentar perceber como ela se ia desembaraçar de tamanhas embrulhadas!
De uma forma divertida e cheia de humor Erin Lyon, a autora, consegue transpor aquele linha entre a ficção e a realidade. Qualquer das situações que aconteceram a Kate podiam acontecer na vida real, tendo em conta que os casamentos funcionam na mesma base dos contratos que eram assinados, há excepção de que, desde o início em que um contrato é assinado, já tem uma data para terminar, ou não, enquanto que os casamentos são cheios de surpresas, nem sempre boas, e mistérios.

Curiosos para saberem o que vai acontecer a Kate e os seus três pretendentes?

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