As primeiras linhas das mãos de Susana Amaro Velho
Um amor vivido em papel e reprimido durante décadas, desvendado em As últimas linhas destas mãos, romance de estreia da autora.
É num ambiente nostálgico que Susana Amaro Velho constrói o seu romance de estreia, As últimas linhas destas mãos, publicado pela Coolbooks e disponível desde o passado dia 10 de Novembro.
Um amor impossível e reprimido durante 30 anos é perpetuado através de cartas secretas. Na fachada que constrói para viver, Alice mantém um casamento de conveniência e circunstância. Após a sua morte, é à filha Teresa que cabe o legado destas cartas escondidas. Ao recebê-las, é confrontada com uma narrativa que não reconhece, com personagens desconhecidas e com a sombra sempre presente da sua mãe, que se alastra pelas cartas em contornos que Teresa nunca julgaria serem possíveis.
Em As últimas linhas destas mãos, o que começa por parecer um conjunto de cartas soltas, relatos de um passado de amor, afectos e esperança revela-se uma história coesa e intensa, com espaço para novas linhas escritas por outras mãos.
Depois da morte de Alice, a sua filha Teresa recebe uma herança que a deixa intrigada: um monte de cartas, algumas com tantos anos quanto ela, que contam uma estória de amor que não sabe se é ou não real. Não conhece os lugares. Não reconhece as personagens. Não sabe, sequer, quem é a própria mãe e onde se encaixa naquele enredo. Este amor em linhas vivido por Alice, de tão intenso, tão mordaz, tão vivo e tão presente vai abrindo espaços, alimentando dúvidas, resgatando culpas antigas e memórias apagadas. Mas será ele suficiente para que Teresa possa, finalmente, perceber e
perdoar a mãe? Irão as últimas linhas de Alice ser mais fortes e enlaçar o que em vida não conseguiu prender?
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