08/08/2014

Opinião "Prazer da Noite" de Sherrilyn Kenyon

"Querida leitora,

Alguma vez quis saber como era ser imortal? Viajar pela noite caçando os vampiros que perseguem os humanos? Ter riqueza e força ilimitadas? Essa é a minha vida e é escura e perigosa. Sou herói de milhares, mas ninguém me conhece. E adoro todos os minutos. Pelo menos era o que eu pensava até que, certa noite, acordei algemado ao meu pior pesadelo: uma mulher conservadora, de camisa apertada de cima a baixo. Ou, no caso de Amanda, abotoada até ao queixo. É inteligente, sensual, espirituosa e não
quer ter nada a ver com o paranormal, por outras palavras, comigo.

A minha atracção por Amanda Devereaux vai contra tudo aquilo que represento. Já para não dizer que, da última vez que me apaixonei, isso me custou não só a minha vida humana como a minha alma. Ainda assim, sempre que olho para ela, dou por mim a desejar tentar de novo. A desejar acreditar que o amor e a lealdade existem. Ainda mais perturbador, dou por mim a perguntar se haverá alguma forma de uma mulher como Amanda amar um homem cujas cicatrizes da guerra são profundas, e cujo coração foi ferido por uma traição tão selvagem que não sei se voltará a bater de novo."
Kyrian da Trácia


Neste volume somos apresentados a Kyrian da Trácia. Um Predador da Noite com mais de dois mil anos de existência. Antes de ser Predador da Noite, Kyrian era o Príncipe herdeiro da Trácia. No entanto, ao ser traído pela sua amada esposa Theone, Kyrian é apanhado em uma armadilha e morre, oferecendo depois a Artémis a sua alma em troca de vingança.
Por outro lado temos Amanda Deveraux. Uma contabilista com a cabeça no lugar e com nenhuma vontade de ter alguma coisa a ver com o sobrenatural, ao contrário da sua irmã gémea Tabitha que passa os dias a caçar vampiros. Amanda é nada mais, nada menos do que irmã da cartomante que no livro anterior juntou Grace e Julian. Como não podia deixar de ser, entre Kyrian e Amanda nasce logo uma química e uma atracção impossíveis de disfarçar. Apesar de pequenas desavenças entre os dois, nenhum deles nega o que sente um pelo outro e admito que em parte foi por esta razão que dei apenas três estrelas (três e meia). É "meloso" demais, embora as cenas hot entre os dois sejam mesmo hot.. no entanto, numa saga com esta envergadura, não nos podemos basear apenas na parte erótica, pois para isso existem os livros do género. Embora seja uma parte importante das histórias destes guerreiros, não deve ser a essencial. Gostei imenso da opção da SK de fazer com que Amanda tivesse acesso integral ao passado de Kyrian, como uma forma de aprofundar a ligação que existia entre os dois. Mais uma coisa que gostei foi o facto de Amanda ter tentado substituir as más memórias de Kyrian, com novas memórias e novas sensações.
Como referi, achei que a parte de eles ficarem "de quatro" um pelo outro desde o início tirou um pouco daquela emoção de quando um casal não se pode nem ver e depois é naquela base: a linha que separa o ódio do amor é muito ténue! Acho que o facto de eles terem tido logo aquela atracção e aquela paixão "assolapada" melou um pouco toda a acção.
No entanto, gostei imenso deste segundo volume. Antes que me esqueça, o reencontro dele com o melhor amigo, Julian da Macedónia e com os filhos dele e da Grace foi simplesmente de lágrimas. Tinha ideia de que eles eram amigos na Antiguidade, mas não fazia ideia de que seriam assim tão amigos! Foi para mim, das melhores passagens do livro. 

Recomendo como é óbvio, pois é uma história *deliciosa*

*3,5*

4 comentários:

  1. bom, se quiseres livros de amor-ódio vais tê-los até os deitares pelos olhos. Acho que o que a história do Kyrian e da Amanda tem de diferente é isso. O último que saiu "Só em Sonhos" começa com amor-ódio e depois do nada ficam melosos. Não sei o que é pior, sinceramente. Devia ter tido uma transição maior, mas a Sk falhou (na minha opinião)... vamos a ver se não ficas enjoada com os restantes... conhecendo-te como te conheço, é capaz de não.

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    1. é que é tão raro haver logo esse tipo de empatia entre um casal que achei "estranho"... N quer dizer que n tenha gostado, mas acho que prefiro as picardias e depois L'amour :p

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    2. raro? acho que é ainda mais raro haver relações de amor-ódio como a Sk descreve... é extremo...

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    3. Digo raro pelos que tenho lido recentemente... e não é aquele ódio mesmo ódio... é mais tipo implicância ;) ... lol... forget it :p

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