Habituada a uma existência pacata, Celia Pennifold vê a sua vida virada do avesso após a morte da mãe, Alessandra Northrope, uma cortesã afamada. Para além de uma pequena casa, a mãe deixou-lhe de herança apenas dívidas e uma reputação manchada. O destino de Celia já está traçado há muito. Ela foi educada para seguir as pisadas da mãe. Mas Celia é determinada e tem os seus próprios planos… que não incluem, evidentemente, o misterioso inquilino com que se depara ao instalar-se no seu novo lar. Jonathan Albrighton encontra-se numa missão a mando do tio, pois há suspeitas de que Alessandra possuía informações delicadas sobre alguns dos homens mais influentes da sociedade londrina. Jonathan pensava estar perante uma tarefa simples, não contava encontrar em Celia uma adversária à sua altura…
*Pode Conter Spoilers*
*4.5*
Agora, avançando para a minha opinião tenho mesmo que dar o braço a torcer e dizer que este livro é *delicioso*! Sim, leram bem.. Quem leu as minhas opiniões ao primeiro e segundo volumes, Deslumbrante e Provocadora respectivamente, reparou que pelo menos o primeiro capítulo desta série "As Flores Mais Raras" não me tinha convencido de maneira nenhuma e reparou também que gostei mais do segundo mas não a ponto de dar-lhe quatro estrelas.
No entanto, este terceiro capítulo da série conquistou-me de várias maneiras. Para já, de salientar o "crescimento" da autora em relação a esta série. Passou de uma escrita monótona e pesada para uma escrita muito mais leve e desenvolta, quer nas descrições de acontecimentos e espaços, quer nos diálogos que nos anteriores volumes eram pesados demais. Para já não falar das cenas eróticas que neste livro são muito mais credíveis e hot sem cair na obscenidade e pornografia.
Tive muito mais prazer em ler esta história do que tive ao ler as outras. Muito mais mesmo... tanto que o li em menos de um dia (comecei num dia à noite e terminei-o na tarde do dia seguinte), o mesmo não se passou com os anteriores.
Personagens: Hilariantes! Adoro a Célia, mas ainda mais o Jonathan. Estas duas personagens conquistaram-me, sem dúvida. Célia Pennifold é uma (ou era) das habitantes da casa de Daphne, ou seja, é uma das "Flores Mais Raras". Já lá vivia há cinco anos, uma vez que a mãe era uma afamada cortesã da época e queria que a filha lhe seguisse as pisadas. No entanto, o destino que Célia queria para si era muito, mas muito diferente do que a mãe tinha traçado para ela. Depois da morte da mãe, Célia vê-se a braços com as dívidas que a mãe deixou e quase terá de enveredar pelo caminho que a mãe queria, de modo a saldar as dívidas avultadas. Não fosse a intervenção atempada de Jonathan Albrighton e Célia teria tido um destino muito mais sacrificado. E quem é Jonathan Albrighton? Já havíamos tido um vislumbre dele no "Provocadora" e deixou-me com a "pulga atrás da orelha". Tal como Célia, é um filho bastardo de um nobre que ao contrário do pai desconhecido de Célia garantiu-lhe uma educação sem mácula. Jonathan é também amigo dos já nossos conhecidos Sebastian e Hawkeswell, personagens do primeiro e do segundo volumes. De referir que também eles terão a sua quota parte de intervenção nesta história. Uma personagem que me deixou (já o havia feito nos anteriores) muito, mas muito curiosa foi o duque de Castlefort! Espero que no quarto volume da série esta personagem e a de Daphne sejam bem exploradas, visto que Daphne é o espelho da calmaria e bom senso enquanto que Castlefort é um nobre que só pensa em bebida e mulheres. No entanto, é uma personagem chave para a resolução de todos os mistérios que existem em todos os volumes da série.
Voltando a Jonathan e Celia. Eles perfazem um casal amoroso, consciente da atracção entre eles desde o início, não sendo demasiadamente formais um com o outro, gostei da relação deles desde o início. Uma relação cheia de ternura, entendimento (não obstante as picardias saudáveis entre os dois) e muita sensualidade. Achei as personagens muito mais descontraídas e mesmo os diálogos não tão formais como nos outros. Jonathan é um homem atarente, inteligente, que teve um amadurecimento precoce tornando-o algo sombrio e envelhecido. Contudo, não deixa de ser um homem que desde que Célia o conhece (Jonathan era amigo da mãe de Célia e por isso ela conhecia-o ainda antes de fugir da casa da mãe com apenas dezassete anos) a deixa com pele de galinha e o coração a bater mais forte. Já Célia é daquelas mulheres que é impossível não querer ser-se igual ou pelo menos parecida. Tem um amor imenso às flores e plantas que passaram a fazer parte da sua vida desde que se juntou a Daphne e pretende que essa parte da sua vida seja também o seu destino. Adoro flores e uma das coisas que desde o início da série me fez continuar a lê-la foi exactamente pelo destaque que as flores têm. Acho que, como já disse, a autora cresceu muito e de uma forma gradual, e ainda bem que assim foi. Com este terceiro livro da série, Madeline Hunter volta a fazer justiça à fama que tem como autora de época.
Recomendo!!
Hum... este não me convenceu :( Hunter, em termos gerais, parece-me das mais fraquinhas. Se ler, ou será no fim do ano ou no próximo ano quando não tiver romances de época e me apetecer ler um... minha rica Quinn, Kleypas, Guhrke e etc.
ResponderEliminarÉ assim.... nem se pode comparar às que disseste, mas tem o seu valor... :p
ResponderEliminar