Opinião - "Crónica de Paixões e Caprichos" - Julia Quinn

As mães casamenteiras da alta sociedade londrina, estão ao rubro. Simon Bassett, o atraente (e solteiro!) Duque de Hastings, está de volta Inglaterra. O jovem aristocrata mal sabe o que o espera pois a perseguição das enérgicas senhoras é implacável. Mas Simon não pretende abdicar da sua liberdade tão cedo…

Igualmente atormentada pela pressão social, a adorável Daphne Bridgerton sonha ainda com um casamento de amor, embora a sua espera por um príncipe encantado comece já a ser alvo de mexericos.

Juntos, os jovens decidem fugir de um noivado, o que garantirá paz e sossego a Simon e fará de Daphne a mais cobiçada jovem da temporada. Mas, entre salões de baile e passeios ao luar, a paixão entre ambos rapidamente deixa de ser ficção para se tornar bem real. E embora Daphne comece a pensar em alterar ligeiramente os seus planos inicais, Simon debate-se com um segredo que pode ser fatal.

Houve alguém *cof, Ivonne, cof* que enquanto eu não peguei neste livro, não descansou. Mal sabia eu o quão certa ela estava. Não costumo, ou melhor dizendo, não costumava ter grande interesse por livros de época. No entanto, este livrinho *delicioso* fez-me mudar de ideias. Se por um lado fez-me recordar do "Orgulho e Preconceito" da Jane Austen, talvez pela época ser a mesma ou parecida, em que as mães andava aflitas para casarem as filhas, por outro a maneira de ser de todas as personagens não é, de todo, a mais indicada para a época (não é um factor negativo). 

O que quero eu dizer com isso? Bem, se eu tivesse tido a oportunidade de viver na época dos Bridgerton ia querer, ou melhor, ia ter que fazer parte do círculo de amizades da família de Daphne, principalmente dos irmãos (quem já leu, sabe do que estou a falar). 

As personagens são, simplesmente fantásticas. Todas elas complementam-se umas às outras. Pessoalmente, adorei a matriarca da família Bridgerton... Esperta, astuta, amorosa e uma mãe fantástica, com oito filhos igualmente espantosos. Dos oito irmãos gostei imenso da Daphne e do Colin. Adoro como eles lidam uns com os outros e como os irmãos mais velhos dão a vida para proteger, neste caso em concreto, a irmã.

Como é óbvio, não podia deixar de referir o tão falado Duque de Hastings, pela sua tenacidade, pela sua coragem e pela sua honestidade. Não tendo uma infância como a de Daphne, rodeada pelo amor dos pais e dos irmãos, Simon revela ser à superfície um jovem aristocrático arrogante, mulherengo e inconsequente. O que ninguém imagina é o quanto de dor e de sofrimento se esconde por trás dessa imagem. Acho que Julia Quinn não poderia ter criado melhor personagem do que o Simon e não poderia ter criado um amor mais lindo do que o de Daphne e Simon. 

Foi um livro que me fez sentir presente naquela época e, por mais parvo que possa parecer, fez-me sentir parte integrante da história, principalmente quando haviam as descrições dos salões de baile e dos vestidos das moças mais jovens que procuravam noivo (adooooro). 

Passei por partes em que não consegui não me desmanchar a rir e só por aí já valeu a pena ter lido este livro pois dou imenso valor a uma história que, embora seja romance, também seja uma história que me deixe bem disposta e que me faça rir. Adorei as "tiradas" do irmão mais velho de Daphne, Anthony, em relação ao seu melhor amigo Simon.

Resumindo: ADOREI... enquanto não o terminei não descansei e agora estou prestes a dar continuidade a esta leitura *deliciosa*.

Recomendo, recomendo, recomendo.....