03/12/2013

A minha opinião... "A Menina que Semeava" de Lou Aronica

A Menina que Semeava Chris Astor é um homem maduro, um botânico bem-sucedido, mas, especialmente, um pai amoroso. Sua filha — Becky — é, para ele, seu maior e melhor projeto. Mas a menina, tão amada, tem cancro.
O que pode um pai quando sua filha foi acometida por uma doença assim, nociva? Como diminuir o sofrimento de uma criança tão amada?
Apesar de sua agonia, Chris encontra uma maneira mágica de acolher sua menininha. Para que ela se recupere bem, e mais rapidamente, ele cria um mundo paralelo, cheio de fantasias, e histórias, e personagens maravilhosos que parecem ter o poder milagroso da convalescênça.
E nada no mundo, nem sua sanidade, nem seu trabalho, nem mesmo sua mulher serão obstáculos para a determinação deste pai que só tem o propósito de ver sua filha feliz.
Uma história sobre desespero, esperança, invenção e descoberta que ultrapassa qualquer razão, qualquer limite, enquanto você revê tudo aquilo em que acredita.

A minha Opinião

Eu bem queria escrever a minha opinião mais tarde, mas este livro marcou-me de tal forma, que não consegui refrear a minha vontade.

Eu li este livro porque arranjei o Ebook por acaso. É um livro que ainda não tem publicação em Portugal, o que é uma pena. Espero, sinceramente, que alguma editora em Portugal esteja a pensar nisso, porque de facto é um livro imperdível.

Chris Astor é um homem solitário que desde que se separou da mulher, Polly, não conseguiu encontrar a sua cara-metade. Geralmente vai a um "blind-date" organizado pela sua melhor amiga, mas nunca passam do primeiro encontro. É um cientista botânico que foi remetido à parte administrativa na empresa onde trabalha. Vive frustrado porque, para além de tudo o que lhe aconteceu até ali, não pode exercer a sua função de cientista e criar novas espécies. 
Há uns anos atrás, ele tinha uma linda família , um bom trabalho e a vida era boa. Mesmo quando lutavam com sua filha de quatro anos que tinha leucemia, Becky. No entanto, e como já disse acima, ele divorciou-se. A luta que eles encetaram contra a doença teve um custo, o seu casamento. Actualmente, vive sozinho e tem direito a estar com a filha todos os fins de semana. 

No entanto, Becky sente que o pai desistiu de tudo o que antes os haviam unido, que desistiu dela. O divórcio dos pais, também a afectou e de maneiras que ninguém tinha noção. Chega a uma altura em que ela acha que pode estar ficando doente de novo, uma vez que a doença tinha entrado em remissão há nove anos atrás, mas não tinha sido curada.
Uma particularidade deste livro é que, quando a doença apareceu pela primeira vez, tinha Becky quatro anos, Chris e ela costumavam passar o tempo a criar uma terra de fantasia longe dali e da realidade, Tamarisk.

Quando Becky adormece um dia e acorda em outro mundo, em Tamarisk, ela não pode acreditar. Até porque havia já algum tempo que eles haviam deixado o mundo imaginário de parte. A terra que ela e Chris criaram era real e, de alguma forma, fundia-se com a sua própria realidade.

No entanto, e apesar de terem criado um mundo maravilhoso, As coisas em Tamarisk corriam mal. Na altura em que Becky esteva doente, quando criança, houve uma praga sobre Tamarisk, mas, tal como apareceu, também desapareceu. Agora, a doença está novamente a atacar todas a flora e toda a fauna do Reino, e a rainha Miea está realmente preocupada, pois não conseguem descobrir a razão da praga e muito em breve toda Tamarisk desaparecerá. Becky convence o pai a ir lá com ela e tentar descobrir o que se passa e que doença será aquela. Contudo, na realidade Becky está cada vez mais doente e em Tamarisk é uma jovem saudável e forte. O que os leva a pensar, Miea e Chris, que se calhar o lugar dela é lá, em Tamarisk. 

A partir desta descoberta, muitas decisões terão de ser tomadas. Decisões que serão penosas e que trarão, ao mesmo tempo, uma solução para ambas as doenças, a de Becky e a de Tamarisk, e um grande desgosto.

A Menina que Semeava é um romance/drama cheio de fantasia que me fez rir, chorar e imaginar como seria um mundo paralelo ao nosso, onde tudo é como nós imaginamos e muito mais. Está muito bem escrito e as descrições de como tudo é, inclusive cheiros e tonalidades, conseguem ser facilmente transmitidas ao nosso imaginário. 

uma história comovente, sofrida, com perdas e que nos mostra como a fantasia e como a imaginação das crianças podem salvar vidas!

Recomendo vivamente e espero, sinceramente, que este livro seja publicado em Portugal, porque é uma mais valia enorme.

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