20/03/2024

Opinião | A Voz de Archer | Mia Sheridan | Edições ASA

Trouxeste o silêncio,
O som mais lindo que já ouvi.
Eu queria perder-me na neblina do Maine. Esquecer tudo o que tinha deixado para trás. O som da chuva. O sangue. O frio da arma contra a minha pele. Ao longo de seis meses, cada instante me recordava que eu estava viva – e o meu pai, não. E foi então que conheci Archer Hale e a minha vida mudou por completo… nunca mais voltei a ser a mesma.
Quando me insinuei no seu mundo estranho, isolado e silencioso, Archer não tinha contacto com mais ninguém. E no entanto, naqueles olhos cor de âmbar, aconteceu algo de intangível entre nós. Havia algo que nos ligava – paixão e mágoa.
Esta vila está repleta de segredos, e Archer parece estar no centro de tudo.
A Voz de Archer é a história de uma mulher que não consegue esquecer uma noite apavorante, e do homem cujo amor lhe trará liberdade. É a história de um homem ferido e da mulher que o ajuda a encontrar a sua voz. É a história da redenção de ambos e uma celebração do poder transformador do amor.


💕"Trouxeste o silêncio, o som mais lindo que já ouvi."

A releitura deste livro foi tão emocionante como quando li a primeira vez, em inglês. Uma história de amor que tem tanto de triste como de arrebatadora.
A Bree é uma alma velha presa num corpo jovem. Depois de um violento trauma e de uma perda irreparável, ela resolve pegar no carro, na cadela e afastar-se de tudo o que lhe relembra o que aconteceu. Tem pesadelos e ataques de pânico recorrentes que se intensificam em noites de tempestade.
Chega a uma cidade pequena, onde toda a gente conhece toda a gente e, com o seu jeito simples e amável de ser, não tarda a arranjar amigos, trabalho e uma casinha aconchegante..
Daí até conhecer Archer, conhecido como o desiquilibrado e ermita da cidade, foi um tirinho. Conhecem-se de uma forma pouco habitual. Com a simpatia que lhe é fácil, Bree tenta comunicar com ele e percebe que ele não fala. Sorte? Ela sabe linguagem gestual. Não tardou muito a que Archer lhe fosse abrindo as portas de casa e do seu coração. Passinho a passinho, Bree vai entrando na vida dele e fazer-lhe ver que ele é mais e melhor do que aquilo que ele pensa.
No entanto, tendo ele os seus próprios traumas desde criança e que o fizeram ser como é, ele consegue ensinar a Bree que aquilo que as outras pessoas pensam de nós pouco importa e que o que realmente é importante é a forma como somos fiéis a nós mesmos, aos nossos ideais, aos nossos princípios e ao que acreditamos.
Tanto um como outro vão aprender imenso no processo entre uma amizade verdadeira e um amor arrebatador e que ultrapassa qualquer barreira da linguagem e do preconceito social.
Contra tudo o que todos lhe diziam, Bree acabou por ser fiél ao seu coração e aos seus instintos que sempre lhe disseram que Archer era um homem bom, honesto, trabalhador, fiél, fiável e amoroso.
Só não dei a classificação máxima porque queria mais dos cães dos dois e queria que o primo de Archer tivesse levado uma lição a sério!
Gosto imenso da forma como a autora escreve porque é aquele tipo de escrita que vicia. É uma escrita fluída e leve mas muito rica em detalhes e emoções. Gosto imenso!

Recomendo vivamente!



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