03/10/2019

Opinião | Teremos Sempre o Verão | Jenny Han | TopSeller Bliss

«A vida pode seguir em duas direcções. É pegar ou largar. Este foi um desses momentos. Grandioso. Não os há muito maiores do que este.»

Pode um primeiro amor durar para sempre?
Juntos há dois anos, Belly e Jeremiah tornaram-se inseparáveis. A relação está mais forte do que nunca, apesar dos erros cometidos…
Prestes a conseguir o seu final feliz, e com a certeza de que Jeremiah é a sua alma gémea, Belly ruma à casa de praia, o lugar perfeito para parar e respirar. Mas o reencontro com Conrad desperta a nostalgia de um primeiro grande amor que se guardou em segurança. Será que a relação com Jeremiah tem mesmo futuro? E terá Belly realmente esquecido Conrad?
Não é possível fugir ao destino, nem apressá-lo. Mas agora chegou o tão aguardado momento em que Belly tem de decidir, de uma vez por todas, qual dos dois irmãos conquistou definitivamente o seu coração.
Neste verão, nada ficará como dantes.
Uma inesquecível história de amizade e amor.


Eis que mais uma série chega ao fim. Acabo por ficar um pouco triste, mas vendo bem as coisas, acho que a Belly precisava de um final. De um desfecho. Ninguém consegue viver sempre na incerteza e com a sensação de que se é apenas meio feliz com a vida que temos e as escolhas que fizemos.
Se por um lado estava satisfeita por ela estar com alguém que a amava desde sempre, por outro, também sentia que nem um, nem outro estava a ser realmente sincero. Caso contrário, Jeremiah não teria feito o que fez enquanto eles namoravam. Não estava em questão o que ele sentia por ela. Qualquer um via que ele era louco por ela, mas a meu ver, o namoro dos dois não era nada mais do que uma tentativa de ultrapassar e esquecer. Ele, ultrapassar aquela sensação de andar na sombra de Conrad, tendo sido a escolha de Belly quando as coisas ficaram feias entre ela e Conrad e ela, esquecer o amor que sentia por Conrad e dar uma oportunidade a uma vida e a um amor estável, calmo e seguro. Tudo o que não sentia quando estava com Conrad.
No entanto, quem leu os livros anteriores, sabe que a história de Belly e Conrad não tinha terminado. O amor que ambos sentiam um pelo outro não permitia que ficassem longe um do outro. Conrad regressa e todas as emoções ressurgem ainda com mais intensidade. No coração de Belly, ela acreditava com todas as forças de que Jeremiah era aquele que a faria feliz. Já tinha aceitado que era com ele que ia passar o resto da vida porque, para além de o amar, também eram amigos desde pequeninos. Eram muitas as coisas que os ligavam. Contudo, mesmo tendo decidido que Jeremiah era o melhor para ela, Conrad, mesmo ausente, nunca havia saído da sua mente e do seu coração. 
Aquele amor e paixão que ela sempre sentira por Conrad estava apenas adormecido, em espera. Era de esperar que a qualquer altura, depois do regresso de Conrad, tudo aquilo que ela sentia veio ao de cima e virou-lhe a vida do avesso. Jeremiah, que ela tinha escolhido para ser a sua metade havia já dois anos, ou Conrad, aquele que ela sempre amou mas que nunca a fez sentir segura e tranquila e que a abandonou quando as coisas ficaram difíceis de suportar?
Este foi o livro que eu gostei mais. Se calhar por saber que ela teria, forçosamente, de fazer uma escolha definitiva do que queria e de quem queria para sempre na sua vida e que fosse o dono do seu coração e por notar que a autora melhorou muito a forma de escrever. Nos dois livros anteriores parecia-me ser algo infantil, tanto as personagens, como o que acontecia diariamente, excluindo as situações traumáticas porque todos passaram e que mudou o destino de todos. 
Neste senti um amadurecimento nas personagens e no que acontecia com todos eles. As decisões, as formas de raciocinar e até mesmo a forma de interagir uns com os outros. 
Vou acabar por ter saudades do trio maravilha que Belly, Conrad e Jeremiah formavam. A amizade que havia entre os três ia acabar por soldar tudo o que o amor tivesse quebrado.

Recomendo!

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