19/03/2019

Opinião | Os Bridgertons - Felizes Para Sempre | Julia Quinn | Edições ASA


Era uma vez uma família muito especial…
Sob a batuta de uma matriarca formidável, os Bridgerton são mais do que uma família, eles são uma força da natureza. Ao longo de oito romances, leitores de todo o mundo riram à gargalhada, emocionaram-se, choraram e apaixonaram-se por estes oito irmãos, pelos seus tios e tias, sogras, sobrinhos e amigos (sem esquecer o cão obeso). De tal forma que, no final, todos os leitores ansiaram por mais.
E perguntaram à autora…E agora? O que acontece a seguir? O Simon lê as cartas do pai? A Francesca e o Michael têm filhos? Quem consegue a desforra no jogo de palamalho?
Será que o “Fim” tem mesmo de ser o fim?Também Julia Quinn ansiava responder a estas e outras questões. Por isso, decidiu continuar. Tudo o que ficou por contar é agora revelado em Os Bridgerton: Felizes Para Sempre… até mesmo a história secreta por detrás do amor perfeito de Violet Bridgerton..

Até sempre, Bridgertons!

(Pode Conter Spoiler...)
Quem já leu os livros em que somos apresentados à fantástica família Bridgerton, com certeza saboreou este livro com um prazer especial.
Rever todas as personagens que nos deram tantas horas de pura diversão e nos encheram o coração com as suas paixões foi, deveras, muito bom.
Neste livro temos, para cada uma das histórias que lemos anteriormente, uma espécie de conclusão e de respostas para algumas das questões que, certamente, cada um dos leitores formulou na sua mente. A questão das cartas que Simon recebe do pai e as quais nunca abriu, nem quis saber do seu conteúdo, fruto do mau relacionamento que tinha com o progenitor. A questão de que o jogo familiar, e já parte da tradição da família Bridgerton, era sempre um prato cheio de voltas e reviravoltas, em que nenhum dos participantes queria perder, elaborando um plano mais diabólico que o outro.
Uma das dúvidas com que sempre fiquei foi no livro de Francesca. Viúva muito jovem e sem conseguir engravidar. Foi bom ultrapassar esta dúvida e poder acompanhar o percurso, ainda que de maneira muito breve, de Michael e Francesca. Gosto muito deste casal.
É óbvio, pelo menos para mim, que ao ler este livro temos aquela sensação de conforto de quem, finalmente, chegou a casa depois de muito tempo fora e revê todos os seus familiares, com todos os seus defeitos e feitios. Saber que o amor que todos sentiam uns pelos outros continua tão ou mais forte ao longo de tantos anos passados e que, embora mais velhos, continuam todos da mesma maneira: levados da breca. Adorei ter mais um poucochinho da família Bridgerton, pese embora sanadas umas dúvidas, outras ficarão sempre na nossa mente e não me parece que vá haver uma conclusão, apesar de ter sido esse o objectivo da autora. Falando na autora, que é apenas uma das minhas preferidas do género, continua a dar uma vivacidade quase palpável às suas personagens. Vê-se bem que nutre um carinho muito especial por esta família e que, com certeza, muitas horas de sono lhe deve ter roubado. De uma forma leve e divertida, Julia Quinn consegue sempre fazer com que nos reencontremos com quem já não "víamos" há muito tempo.

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