12/08/2015

Opinião "Tentadora ao Cair da Noite" de Emma Wildes

Dona de uma escrita envolvente, que combina na dose certa sensualidade e erotismo, Emma Wildes apimenta esta história, habilmente construída, com muita sensualidade e paixões avassaladoras.
12.º título da autora e mais de 30 000 exemplares vendidos consolidam Emma Wildes como uma referência em Portugal no género do romance histórico erótico.


O que acontece quando um admirador secreto persistente e intrigante tenta uma senhora virtuosa?
Sophie sabe que não deve sucumbir à tentação, mas quando descobre que o admirador que lhe envia presentes e bilhetes escandalosos é o jovem e delicioso visconde Breton, não pode deixar de se sentir lisonjeada e considera uma ligação. Ninguém saberá, porque essa será a oferta proposta. 
Julius Valacourt pode ter má fama, mas a mulher dos seus sonhos é ardilosa e está determinado a mudar a sua maneira de pensar. Quando sente que ela está na dúvida, intensifica a corte e concorda com todos os termos. Tudo parece correr de feição até que Sophie acaba com as suas fantasias. 
Um caso secreto, apaixonado, que pode terminar em desastre social ou revelar-se uma extraordinária história de amor…

*Pode Conter Spoilers*
Foi o primeiro livro que li desta autora e sinceramente, pelo que já ouvi tanto falar dela, estava à espera de mais. Não é que não tenha gostado, atenção! A questão é que parece-me que ficou a faltar algo a este livro... Mais emoção, talvez? Se calhar tinha sido boa ideia ter separado as duas histórias amorosas dos dois irmãos Valacourt. Achei poucas páginas para intensificar como deve ser os dois casos amorosos. Não é muito habitual haver dois casais com tanta preponderância num livro só. E se querem que vos diga, gostei mais do casal secundário, se é que se o pode chamar assim.
Ora bem, temos então Sophie, uma aristocrata viúva aos trinta e quatro anos. Apesar da sua idade, é uma beldade ainda e é o alvo da atenção amorosa de Julius Valacourt, quase dez anos mais novo. Através de bilhetes eróticos anónimos, flores e outros presentes, Julius consegue fazer com que Sophie sinta de novo o desejo de ser mulher. Contudo, Sophie não deseja casar-se e a partir do momento em que desconfia que os bilhetes e presentes são de Julius, não se deixa intimidar e vai directa ao assunto. Marca encontro com ele numa casa alugada secretamente e diz-lhe directamente que sabe que é ele o seu admirador secreto e que está disposta a ter um caso com ele mas com as condições de que não se pode tornar público, nem se poderá tornar mais do que isso mesmo: Um caso.
Até aí está tudo muito bem, até porque sabemos que naquele tempo as mulheres tinham de ser virtuosas, mas não o eram na verdade. Todavia, acho que Sophie agiu depressa demais. As coisas entre eles os dois passaram-se com muita velocidade e acho que sem muita chama. Num momento estavam a falar pela primeira vez. como ela já estava despida e ele também. Não houve romance, não houve ternura, apesar de Julius ser sempre cuidadoso e terno. A par de Sphie e Julius, temos o desenrolar, também ele veloz, do amor de Jonas (irmão de Julius) e Olivia Appleton. Tenho mesmo de dizer que gostei muito mais do irmão Jonas do que de Julius. Embora não saiba bem porquê... Jonas, embora seja pouco mais novo do que o irmão, é mais divertido, alegre e desenvolto a todos os níveis. Julius era mais desenvolto a nível sexual, parece-me. Mas só temos acesso a esta informação quando a situação assim o permite, enquanto que em relação a Jonas temos acesso livre a todas as características dele. Por isso achava que o casal Jonas e Olivia ia ser o tema do segundo livro desta série. Afinal não será, uma vez que tudo ficou resolvido nestas duzentas e sessenta e quatro páginas. Apesar de ter achado tudo muito rápido, gostei da forma como Emma Wildes descreve as cenas eróticas. Nem muito fracas, nem fortes demais. Apropriadas, digamos. Nada de obscenidades e afins. Tudo com muito erotismo e pouco porno, embora Julius fosse bastante "letrado" nesse campo (lol).
Se gostei das personagens? Gostei, claro. Não houve nenhuma que me fizesse rebolar os olhos de tédio ou de irritação. No entanto, acho que fez falta uma má da fita. Eram todos muito bonzinhos e educados. Não houve conflito, não houve ciúmes de fazer saltar a tampa. Enfim, tudo muito dentro dos parâmetros da época.
Espero que o próximo que ler dela, seja mais intenso, mas recomendo, claro! 

2 comentários:

  1. Olá Vera! também li este e, apesar de ainda não ter escrito a crítica, concordo contigo. O casal "secundário " era mais interessante e mais querido. Não foi dos melhores livros dela. Faltava, como dizes, mais emoção, mais qualquer coisa para nos prender. Experimenta um livro dela anterior, que são mais giros :)
    Beijinhos :)

    http://pepitamagica.blogspot.pt

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    Respostas
    1. Olá Joana,

      vou ficar atenta à tua opinião ;)
      Fico contente em perceber que não fui a única a achar que o livro precisava de mais romance pelo menos no que ao casal principal diz respeito. Quanto ao segundo casal... bem, é praticamente impossível não gostar de Jonas e Olivia, embora aquele pedido de casamento também me pareceu demasiado rápido :p

      Beijinhos

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