17/04/2015

Opinião "O Prazer" de Nicole Jordan



Jeremy Dare North, marquês de Wolverton, é um espião e um libertino. Frio e calculista, no passado tinha sido um jovem apaixonado, disposto a fugir e a deixar tudo pela sua amada. Mas a traição desta levou-o a alistar-se no exército e a fechar para sempre o seu coração. Anos mais tarde, quando a traição ameaça a Coroa, Dare vê-se forçado a recrutar Julienne, o seu primeiro e único amor, para o ajudar a desmascarar um traidor mortífero. Forçada a trair o único homem que amou, Julienne quer apenas esquecer a terna paixão que ambos conheceram em jovens. Porém, quando Dare anuncia publicamente que a tomará de novo como amante, ela responde ao desafio com um da sua autoria: fazer ajoelhar aquele homem arrogante. O reencontro do casal desencadeará muitas paixões e um perigoso jogo de sedução. No final, juntos descobrirão o que Dare negou toda a sua vida: que não existe maior prazer que o verdadeiro amor.

*Pode Conter Spoilers*

Antes de mais, agradecer à Quinta Essência pelo apoio sempre presente ao enviar-me mais um livro para ler e opinar.

Sei que o facto de não ter lido os anteriores livros desta série (Notorious) provavelmente levou a que a história deste quinto volume não me impressionasse, e já vos explico porquê.
Este livro ou este quinto volume da referida série ganha em muito exactamente por ser passado numa época que é impossível não gostar. No entanto, tenho de admitir que de tanto ouvir falar em Nicole Jordan, estava à espera de algo muito mais arrebatador e viciante. A prova disso é que levei cerca de nove dias a terminar a leitura de um livro que tinha tudo para ser lido em menos de dois. E o que é que tinha? Tinha um casal que se conhecia e amava há imenso tempo e que por mal-entendidos e maldades familiares separaram-se. Tinha a componente "mistério", visto que Dare era um espião ao serviço da Coroa. Tinha a vertente histórica onde, mais uma vez, se faz referência à intenção das tropas francesas quererem invadir o território Britânico. A meu ver, poderíamos ter tido muito, mas muito mais acção, paixão, emoção e momentos tórridos entre Jeremy Dare e Julienne, quanto mais não fosse por ele ser conhecido como "O Príncipe do Prazer".
Ora bem, acontece que na Primavera da vida de Dare e Julienne eles haviam sido noivos. Embora fossem ainda muito jovens e Dare fosse apenas o herdeiro do título de Marquês, o amor era tão avassalador que ele estava disposto a passar por cima de tudo e de todos para ficar com ela, até por cima do seu próprio avô, o Marquês de Wolverton. No entanto e por maquinação deste mesmo avô autoritário e irrascível, Dare sofre um rude golpe ao descobrir que Julienne, a sua noiva e amor da sua vida o traía. Sete anos volvidos, eles reencontram-se e quis o destino que todas as más intenções e todos os mal entendidos fossem postos e limpo.
Mas é aqui, justamente aqui, que se cai no grande erro de transformar o que poderia ter sido uma grande e escaldante história de amor em algo absolutamente normal. Um homem e uma mulher que se reencontram, cada um tentando fazer valer o seu feitio difícil e teimoso perante o outro. Resultado: Cenas de sexo (não muito tórrido), brigas e discussões sem sentido e personagens pouco profundas. Tinha valido mais apostar na situação de trabalharem os dois juntos para a resolução de uma conspiração ao Rei, e colocarem os pontos nos respectivos "i's" entretanto, do que esperar pelo fim para o derradeiro final onde vivem felizes para sempre.
Contudo, e apesar de tudo isto, não posso deixar de salientar o facto de ter gostado muito da escrita de Nicole Jordan. Leve e bem humorada. O tipo de escrita que os leitores deste tipo de romance gostam. Aquilo que torna uma leitura divertida, sim, porque Dare e Julienne são duas personagens divertidas, embora sejam inconstantes e algo infantis quando se trata de resolver questões de orgulho e egos feridos. Gostaria muito mais de ter visto mais turras amorosas entre eles os dois, do que brigas aborrecidas acabavam sempre da mesma maneira. However, a personagem que conseguiu a minha apreciação foi mesmo Jeremy Dare. Pela sua maneira de ser e de agir. Destemido e apaixonado por aquilo que faz e especialmente por ela que nuca percebeu o quanto ele a amava. Que por ela, ele estava disposto a perder o seu título de nobre e respectiva fortuna se fosse preciso. 
Provavelmente, quando ler os anteriores vou começar a pensar neste e a percebê-lo de outra forma, uma vez que, embora possam ser lidos alternadamente, as personagens são sempre referidas em todos os livros.
Com três estrelas e o testamento que acabei de escrever, não quer dizer que não tenha gostado, mas não me fez o coração bater mais rápido nem fez com que me emocionasse por aí além.

Mas.... É óbvio que recomendo!

1 comentário:

  1. Não li tudo porque ainda não li o livro. Acho que é o que me falta. Também li a série toda trocada e isso não afectou (muito), acho eu :) mas existem uns melhores que outros, claro :)

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