Antes de descobrires o final é preciso lembrar como tudo começou… Willem e Allyson viveram momentos inesquecíveis em Paris e nada previa a separação. Para Allyson, a traição parece ser a única causa do desaparecimento de Willem. Mas o que terá acontecido naquela manhã? Em "Apenas Um Ano", que retoma os acontecimentos de "Apenas Um Dia", Willem contará o seu lado da história. Depois de um percalço do destino, e das inúmeras tentativas em contrário, percebe que não consegue esquecer aquela rapariga de olhar enigmático, da qual nem sequer conhece o verdadeiro nome. Dela restam as lembranças de um dia mágico e o relógio, que marca o tempo ao ritmo das viagens e da procura mútua. Será um ano tempo suficiente para lidar com a intensidade de um dia?
Devo dizer que foi um prazer rever certas personagens que fizeram parte do primeiro livro desta série, e conhecer novas que tinham sido apenas referidas ao de leve.
Uma coisa que me decepcionou foi o facto de que este livro não só não é uma continuação do anterior, como não temos qualquer acesso à Lulu/Allyson no livro todo. Sinceramente, esperava que este fosse mais tipo uma continuação do que aconteceria depois de ela o ter encontrado. Não foi. Foi, isso sim, a história contada no primeiro livro, mas na versão Willem. A mesma busca, mas do outro lado da moeda.
Se no primeiro livro temos acesso ao crescimento de Allyson como um Ser Individual, neste temos acesso ao quanto ela abalou o mundo nómada de Willem. Temos acesso à bagagem que ele carrega, para além da sua mochila sempre meio vazia, preparada para viajar a qualquer altura para qualquer parte. Basicamente, temos acesso a um Willem que não é assim tão aventureiro como quis mostrar que era. Ele era apenas um jovem com problemas familiares que tinha medo de os enfrentar, de enfrentar a morte do pai, de enfrentar uma mãe que, no seu entendimento, nada tinha a ver com o conceito de ser Mãe!
Willem é como uma criança que não tem quem o oriente e, ao longo da sua busca pela sua Lulu, começa também ele a crescer e a perceber coisas que antes não tinha percebido por estar sempre a fugir da sua própria vida. Faz algumas coisas que não gostei, mas é óbvio ele tinha de seguir a sua fama de "sedutor". Apesar de ele ter tentado encontrar Allyson, a meu ver ele desistiu cedo demais. É certo que encontrou um propósito na vida e deparou-se com muitas verdades que ele julgava que eram mentiras, mas achei-o desanimado e triste. Nada parecido com o Willem que conhecemos no primeiro livro. Um Willem cheio de vida e aventureiro que proporcionou a uma jovem tímida e insegura de que ela era capaz de pensar pela sua cabeça e agir conforme os seus próprios instintos.
Como disse, estava à espera de ver o que aconteceria depois de ela o ter encontrado, mas esta versão passa-se exactamente na mesma altura em que ela também anda à procura dele e acaba precisamente no mesmo ponto que o volume anterior. Acho que merecíamos mais um pouco de Allyson e Willem e ver se eles realmente era assim tão compatíveis.
No entanto e como habitual, adorei a escrita de Gayle Forman. Simples e leve, de uma forma terna até, sempre que conta como, por exemplo, os pais de Willem se conheceram, como se apaixonaram e como foram protagonistas de uma história de amor imenso. Willem não podia ser menos do que um jovem com alma de sedutor com uns pais assim tão apaixonados. Gostei de conhecer as raízes pouco comuns de Willem e de como ele consegue passar por cima de muitos traumas de infância e chegar a uma relação sadia e normal com a própria mãe.
Recomendo!
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(Este Exemplar foi gentilmente cedido pela Presença em troca de uma opinião sincera)
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