29/11/2023

Opinião | Cidade da Lua Crescente, Livro 1 - Casa de Terra e Sangue | Sarah J. Maas | Marcador Editora

 


Bryce Quinlan, uma jovem meio feérica, meio humana, tinha a vida perfeita até um demónio assassinar os seus amigos e a deixar vazia, ferida e sozinha. Quando os crimes persistem apesar de o acusado já estar atrás das grades, Bryce decide que fará o que for preciso para vingar as suas mortes.
Hunt Athalar é um anjo caído, um escravo dos arcanjos que em tempos tentou destronar. A sua força brutal serve agora para um único propósito: destruir os inimigos do seu dono. Mas Bryce propõe-lhe um acordo irrecusável: se a ajudar a encontrar o demónio assassino, a liberdade estará ao seu alcance.
Quando Bryce e Hunt mergulham nas profundezas da Cidade da Lua Crescente, descobrem duas coisas: um poder sombrio que ameaça tudo o que desejam proteger e uma atração feroz que pode libertar ambos.
Com personagens inesquecíveis, uma narrativa apaixonante e um enredo cheio de suspense, o novo livro da autora bestseller Sarah J. Maas vai fazer-te mergulhar numa história sobre a dor da perda, o preço da liberdade e o poder do amor.

Quando se trata de Sarah J. Maas, sejam quais forem os mundos que ela consiga criar, temos sempre a certeza de que será uma viagem alucinante.
Foi mesmo uma leitura electrizante, quanto mais não fosse pelos trovões criados por Hunt, o nosso anjo negro preferido ⚡
Neste primeiro livro, acima de tudo, é-nos apresentado o planeta Midgard, governado pelos Seres Imortais, os Asteri. É em aqui que Bryce, uma semifeérica, Danika, Fury e Juniper vivem e partilham uma amizade que, em muitas vezes, as manteve vivas. Um grupo de mulheres fortes e leais que, provavelmente, nem mesmo a morte poderá separar. Um acontecimento trágico, particularmente para Bryce, fará com que ela se veja envolvida e a colaborar com Hunt, um anjo caído temido e poderoso, que encarna a morte em qualquer missão a que seja enviado. Ambos lutarão juntos para que a verdade do que aconteceu seja descoberto e que os verdadeiros culpados sejam castigados.
A história está verdadeiramente bem criada e, acima de tudo, bem escrita fazendo com que os leitores embarquem numa viagem alucinante e emocionante. Todas as personagens são maravilhosas, mesmo as maquiavélicas e as minhas preferidas, são mesmo a Bryce e a Danika... a amizade delas e a força do que sentem uma pela outra é maior que tudo e achei isso, ainda mais surpreendente e emocionante do que um possível romance entre a Bryce e Hunt (que nós todos queremos).
Estas duas mulheres, assim como Juniper e Fury, representam toda a força que as mulheres são capazes de ter para lutar, defender e proteger quem e o que mais amam.
❤️"Através do amor, tudo é possível"❤️
Hunt. Passa a imagem de durão, mas tem um coração de manteiga. Um anjo caído e tornado escravo que luta para se conseguir libertar. Vai fazer asneira? Vai, mas também vai tentar redimir-se e tornar-se alguém melhor.
E Ruhn? O meio irmão de Bryce, que eu não gostava nada, mas que acabou por me conquistar ao mostrar o quanto gostava da irmã? Vai fazer o que puder para a proteger, contra tudo e contra todos. Podia estar aqui o dia todo a falar deste livro, mas fico-me por aqui e deixo-vos com a "pulga atrás da orelha" que vai fazer com que o queiram ler assim que conseguirem.
🥰😘

27/11/2023

Opinião | O Anti-Namorado | Penelope Ward | TopSeller

 

O meu vizinho Deacon é um homem extremamente atraente e sabe-o bem. Por isso, não é de estranhar que o seu apartamento se encha de gemidos deleitosos que denotam noites de grande entusiasmo com as companhias femininas que leva para casa. O problema é que a fina espessura das paredes que dividem os nossos tetos me obriga a estar demasiado a par dos seus relacionamentos, mantendo-me acordada e com a imaginação sempre a funcionar… Afinal, a minha vida amorosa é praticamente inexistente desde o nascimento da minha filha, o maior amor da minha vida.

Certo dia, depois de uma noite mal dormida devido à atividade noturna do Deacon, enchi-me de coragem e pedi-lhe que tentasse ser mais discreto. Para minha surpresa, ele não só compreendeu o meu problema como afirmou que iria mudar a cama de sítio. E para mostrar como era bom vizinho, até se ofereceu para fazer umas compras por mim.

A partir desse dia, a nossa relação mudou. O Deacon tornou-se um bom amigo, sempre pronto a ajudar, e eu descobri que ele tinha jeito para acalmar a minha bebé nas crises de choro. Se não fosse o facto de não querer assumir compromissos, ele podia ser o homem perfeito. Mas era exatamente o oposto.





Ler Penelope Ward é ter a certeza de que vamos ter uma história com personagens que nos vão chegar directamente ao coração. É impossível para esta autora criar personagens detestáveis nos seus livros.
Gostei particularmente desta história pela forma como foi escrita. Estamos habituados a que Penelope Ward nos traga romances daqueles "quentinhos" e com cenas escaldantes, no entanto, aqui nesta história tudo o que acontece entre as duas personagens principais é pautado mais pela ternura e cumplicidade entre os dois do que propriamente pelo desejo e pela paixão. Desde a altura em que se conheceram a tensão entre os dois é bastante clara, mas, tanto ele como ela, tentam não ligar ao que sentem um pelo outro. Ela por causa da filha bebé, a Sunny (que é adorável e fofinha) e ele, por achar que nunca será capaz de entregar o seu coração a alguém.
Ora, Carys é uma jovem mãe solteira que vive com a filha com Síndrome de Down. Embora tenha tido um desgosto amoroso com o pai da menina, Carys não fechou o seu coração para o amor e, aos poucos, começa a sentir algo mais por aquele vizinho que é sempre tão simpático e amoroso. De salientar que ela também o acha lindo de morrer, o que também ajuda a intensificar aquilo que ela sente por ele. No entanto, ele mantém sempre as distâncias. Toma conta de menina quando ela precisa, apoia-a quando ela se sente mais em baixo e, faz questão de fazer parte do dia-a-dia de ambas. Mas, não passa disso. Não quer correr o risco de estragar a relação que tem com Carys e prefere manter tudo na zona da amizade. Só que é mais fácil falar do que fazer e, a partir da altura em que sente no seu coração que sente algo mais por ela, tudo o resto deixou de ter qualquer importância.
É uma história sem muitas reviravoltas e que nos aquece o coração. É uma leitura aconchegante e que se lê num instante. Penelope Ward, para mim, é daquelas autoras que nem preciso ler a sinopse para saber que quero ler o que ela esceveu. Como sempre, colocou muito sentimento nesta história e tudo o que ela escreve, para mim, faz sentido. Torna as personagens um pouco mais reais!

Recomendo!

24/11/2023

Opinião | Apaixonei-me pela Esperança | Lancali | Quinta Essência

 
No cenário implacável de um hospital, apaixonei-me por um rapaz provocador, de olhos de sol, que se tornou a minha única alegria naquele lugar desolado. Foi isso que tornou ainda mais doloroso o facto de ele se ter suicidado à minha frente.

Desde então, jurei nunca mais amar ninguém. Com três exceções: os meus amigos, Sony, Neo e Coeur, um pequeno grupo de miúdos rebeldes e terminais. A Sony lidera a ofensiva, ansiosa por sentir o ar da liberdade mas com apenas um pulmão para o respirar. O Neo, um escritor de mau-feitio e cadeira de rodas, mantém o registo dos nossos grandes feitos, desde roubar a aterrorizar o nosso enfermeiro. O Coeur é o menino bonito, o músculo, o gigante gentil com um coração a falhar.
Antes de a morte inevitavelmente vir bater às nossas portas, temos um último plano. A grande fuga que nos levará para longe dos abusos, das perdas, e da realidade das nossas doenças. Por isso, o que acontece quando outra pessoa entra inesperadamente nas nossas vidas? O que acontece quando se junta ao nosso grupo e me deixa sem fala com o seu sorriso provocador? O que acontece quando, ainda que o terror de sofrer uma nova perda seja incontrolável, começo a apaixonar-me?
O livro que destroçou corações um pouco por todo o mundo e conquistou irremediavelmente o BookTok.


Como é que eu começo esta opinião sem me sentir e comovida? A ver vamos...
Provavelmente, este terá sido o livro mais triste e que mais me partiu o coração até hoje. Não aquele tipo de tristeza como as histórias de Nicholas Sparks, por exemplo. Mas sim aquela tristeza que a inevitabilidade nos traz. Pode ser um livro ficcional, personagens fictícias, mas a verdade é que se baseia em algo real. O facto de que existe, no mundo real, algo como a doença, a morte, a solidão, o desespero, a perda e a própria tristeza, faz com que cada página deste livro seja, ao mesmo tempo, dilacerante e apaziguadora.
Ninguém gosta de ir ou estar num hospital. No entanto, estes miúdos encontraram, no hospital, o refúgio que precisavamk para conseguirem suportar tudo o que a vida lhes estava a proporcionar, sem que nenhum deles tivesse pedido por isso.
Para além da amizade que se formou entre as personagens, este livro é, também sobre Esperança, Amor, Paixão, Resiliência e Bondade. Centra-se num grupo de amigos que estão ligados pelas enfermidades que carregam e que não os deixa ter uma vida plena e normal fora de um hospital.
Para além de termos as doenças que são mais "facéis" de detectar, este livro aborda também aquela que eu considero que é a doença do século... A doença mental... aquela que nos mata de dentro para fora e que ataca a nossa essência e a nossa alma.
São tantos os temas que este livro aborda, para além das doenças que fica complicado falar de todos eles.. Violência doméstica, abusos, bullying, o ser-se diferente dos outros, o tentar adaptar-se e não conseguir, o querer ser-se algo e quem mais nos devia apoiar não aceitar e mandar-nos abaixo.
Podia estar aqui o dia todo a falar deste livro e o que me fez sentir, mas nunca mais saía daqui e tenho limite de palavras ... Só vos posso dizer que, embora seja um livro com temas e abordagens dificeis, é um livro que não podem, nem vão querer deixar de ler.

Façam um favor a vocês mesmos e leiam este livro!

20/11/2023

Opinião | Sad Ghost: Encontra as tuas almas gémeas | Lize Meddings | ASA | Grupo Leya

 


Esta é a história de um desses dias – daqueles tão maus que mal consegues sair da cama, quando é uma luta para saíres de casa, ou dos que gostarias de nunca ter vivido. Mas mesmo os piores dias podem surpreender-te.

Numa festa lotada, um fantasma triste, perdido e sozinho vê outro fantasma triste na outra ponta da sala, e ambos decidem sair juntos. O que acontece a seguir muda tudo. Porque naquela noite eles iniciam o Clube Sad Ghost – uma sociedade secreta para os ansiosos e sozinhos, um clube para todos aqueles que pensam que não têm onde pertencer.


Antes de mais, obrigada à editora ASA por me ter disponibilizado um exemplar para leitura e opinião.

Gostei tanto de ler este livro. De uma forma leve e até ternurenta, Meddings aborda várias questões que afectam as nossas crianças e os nossos jovens de hoje em dia. Aliás, nem só os mais novos se sentem como o nosso Fantasminha, muitos adultos, também se sentem sozinhos e quase sem qualquer valor na sociedade.

Há muitas vezes na nossa vida em que só precisamos de alguém que nos oiça e que nos faça companhia. No entanto, nem sempre é fácil encontrarmos aquela pessoa que nos entende e que nos sabe ouvir. E é mesmo sobre isso que esta pequena novela gráfica nos traz.

Esta é a história de dois fantasmas em particular: SG e Socks. Ambos lutam todos os dias para conseguirem sair da cama, para se manterem focados e motivados e até a mais pequena tarefa parece-lhes demasiado. SG, assim que é convidado para uma festa e aceita, entra numa espiral de dúvidas em relação a tudo. Se deve ir, se não deve ir, se deve falar com alguém, se não deve falar, se deve apenas ir e observar ou se deve ir e fazer o que os outros fazem. Ainda assim, depois de muito pensar e desesperar, acaba por ir e, tal como pensava, quando se tenta integrar, não sabe como e acaba por esmorecer. É quando vê Socks do outro lado da sala, uma fantasma que lhe parece quase tão só e deslocada quanto ele.

Ambos conseguem sentir aquela empatia um pelo outro sem muito esforço e sem quase terem de falar muito um com o outro. Aquilo que os une é muito mais do que aquilo que os separa e é muito mais fácil ultrapassar as coisas quando estamos com alguém que nos entende.

Adorei a forma leve e suave com que a autora cria esta história e vai ao cerne da questão sem levantar ondas e sem ser crua. De uma forma que mesmo os que sofrem com a dor da solidão e da inadaptção social conseguem ver a luz ao fundo do tunel e perceber que há lugar também para eles.

Adorei também que neste livrinho delicioso, haja um gatinho e um sapinho que, até à altura eram os melhores amigos dele.

Quero muito ler o segundo volume!!

10/11/2023

Opinião | A Ciência do Amor | Ali Hazelwood | Desrotina

 

Para a neurocientista Bee, o amor é apenas um incidente neurofisiológico irremediavelmente instável e o verdadeiro inimigo das relações humanas cujos fundamentos neurológicos explora no dia a dia. Enquanto mulher a trabalhar na ciência, Bee é uma espécie em vias de extinção num mundo dominado por homens e, por isso, vive de acordo com um código muito simples: o que faria Marie Curie?

Se lhe fosse oferecido o cargo de liderança num projeto de neuroengenharia, Marie aceitaria sem hesitar. Claro! Mas a mãe da física moderna nunca teve de coliderar com Levi Ward, o arqui-inimigo académico de longa data de Bee que transforma o seu sonho num pesadelo de projeto. Mas quando Bee se vê numa situação romântica completamente irracional e precisa de pôr em risco o seu coração, a única pergunta que realmente importa é: o que fará Bee Königswasser?

Bee vai ter de escolher entre fazer o que deve ser feito, ou o que o seu coração manda.



O que dizer deste livro? A.DO.REI!
Acho até que gostei mais do que do primeiro.
A capa é super amorosa e adoro o facto de usarem figurinos em banda desenhada para refletir as personagens e os elementos que fazem parte da história.
Acho que o aspecto de uma capa é muito importante pois, como costumam dizer "os olhos também comem" 😂
As personagens, Levi e Bee, são absolutamente adoráveis. Sei que é estranho dizer isso de um personagem masculino, mas é essa a verdade. Embora tenha reputação de ser algo insensível e demasiado objectivo e focado, tem um coração de ouro e uma inteligência apurada. Quanto à Bee, que posso dizer dela que voxês já não saibam? Embora seja cientista, tem uma personalidade deveras excêntrica e atraente. Todas as pessoas que a conhecem são atraídas pela personalidade brilhante dela... menos Levi, supostamente! Feminista activa e proactiva, Bee luta pelo valor das mulheres no mundo e, assim como a sua Marie Curie, umas das cientistas mais aclamadas, luta para que as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens no mundo e na ciência.
Foi muito, muito bom ver o evoluir da relação de Levi e Bee e, embora não os tenha nunca considerado inimigos, ver que, poderiam unir forças e serem mais do que apenas dois colegas de trabalho forçados a trabalhar no mesmo projecto, foi muito gratificante.
A Bee é hilariante. Tem aquele toque de ingenuidade que não lhe permite ver o impacto que tem nas outras pessoas e a bondade do seu coração, que se estende também aos animais, é enternecedor.
Gostava de ter tido mais de Levi e Bee, mas o que tivemos foi muito, muito bom!
N.B.: Adorei a troca de mensagens dela com o seu amigo virtual de longa data 😊. Estava a torcer para que ele se revelasse a qualquer altura. Também adorei que a autora tenha introduzido gatos!! Gatos! Gatos! 🐈
Se leram e gostaram do primeiro livro, vao adorar este!
Não deixem de o ler!

16/10/2023

Opinião | Eu Já Devia Saber | Bárbara Corby | Manuscrito Editora

E se a tua história de amor não pudesse acontecer? 
E se, ao acontecer, magoasses todos à tua volta?

Manu está no segundo ano da faculdade e mal pode esperar por ir viver para Lisboa. Além da melhor amiga, Camila, e do irmão por afinidade, Fred, a única pessoa capaz de a tirar do tédio em que vive é o Edu. Mas não está fácil: se há palavra para descrevê-lo é «misterioso»... Alguém conhece um tutorial no YouTube para lidar com isto?

O Edu parece perfeito: é inteligente, bonito e carinhoso. Mas e se não for a pessoa certa para a Manu? E se houver outra pessoa capaz de lhe roubar o coração, alguém que esteve sempre por perto e que ela nunca foi capaz de ver de outra forma? E se… e se ela se apaixonar pela única pessoa do mundo que não pode amar?

Num romance de estreia emocionante, envolvente e cheio de reviravoltas, Bárbara Corby traz-nos uma história de amor que surge onde ninguém esperava. Só que à medida que este amor se torna mais forte, verdadeiro e intenso, mais claro é para todos que simplesmente não pode acontecer.



Quero agradecer à editora por ter disponibilizado um exemplar para leitura e opinião no Sinfonia 🙏

Eu tive alguma dificuldade em gostar deste livro. Quando li a sinopse achei que tinha tudo para ser uma boa história, de uma autora nacional jovem. No entanto, a forma como tudo é colocado no papel, para mim, não funcionou. Não sei dizer se a idade que tenho não é a mais indicada para ler esta história, o que não faz muito sentido porque um dos meus géneros preferidos é Young Adult ou se, simplesmente, a forma como a autora escreve não foi a mais atraente possível.

Não me entendam mal, a ideia da história é muito boa, mas acho que a autora entrou por uns caminhos sinuosos quando resolveu criar uma personagem jovem adulta mas com vibes de adolescente. A forma de Manu falar e agir não se adequam a uma moça que já está no segundo ano de universidade. É demasiado imatura e infantil, a meu ver. A Manu é muito de roupas, maquilhagem, selfies, Youtube, instagram. É superficial e fútil. Passa a ideia de que a imagem é tudo e o intelecto é apenas um acrescento.

A ideia que a autora teve para este romance tinha tudo para dar certo, até porque é uma vertente que não é muito utilizada nos romances. Temos uma Manu que está caidinha de amores por um colega amigo do irmão adoptivo, o Edu e, assim que ele repara nela, aquilo que ela sentia por ele esfria e a atenção dela vira-se para outra pessoa. É nesta fase que o livro deveria ter melhorado, mas não aconteceu. Enquanto temos uma fase chata em que ela não faz outra coisa senão fazer tudo em prol do Edu, na fase que deveria ser mais interessante, que ela descobre que a pessoa mais chegada a ela está apaixonada por ela, passa-se tudo demasiado depressa. Vamos do "8 ao 80" num abrir e fechar de olhos e nem sequer temos tempo de aproveitar a única fase interessante da história.

Termos como "estás gata", "ele é um gato"é de evitar, ainda para mais quando é repetido tantas vezes. Além disso, o pronome pessoal "eu" é usado tantas vezes que passa a ideia de uma personagem egoísta e fechada aos outros que a rodeiam.

Espero que o 2º seja mais rico e atraente.

11/10/2023

Opinião | A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista | Jennifer E. Smith | Cultura Editora

Chancela: Cultura
Tradução: Carla M. Soares
ISBN: 9789899150379
Edição: agosto de 2023
Encadernação: capa mole
Páginas: 192
Categoria: Romance



SINOPSE
Hoje deveria ser um dos piores dias da vida de Hadley Sullivan. Tendo acabado de perder um voo, ela está presa no aeroporto em Nova Iorque, evidentemente atrasada para o casamento do pai, em Londres, que envolve uma iminente madrasta que ela nunca conheceu. E é então que, por mero acaso, encontra o rapaz perfeito, também ele preso na sobrelotada sala do aeroporto. Ele chama-se Oliver, é britânico, e vai sentar-se na mesma fila que ela...
Aquela que seria uma longa noite passada a bordo do avião passa, afinal, num piscar de olhos, mas depois Hadley e Oliver acabam, à chegada, por perder-se um do outro no caos do aeroporto.
Poderá o destino voltar a juntá-los?

GoodReads

📎Gostei imenso deste livro. Sendo uma romântica incurável, era de prever que esta história de um amor à primeira vista ia ser devorada. Levei cerca de três ou quatro horas em sossego para ler este livro. A verdade é que ele é pequeno e lê-se com muita facilidade. A forma como a autora escreve permite uma leitura fluída e leve.

📎A história deste livro é simples. Hadley, uma jovem rumo a Londres, para assistir ao casamento do pai, atrasa-se a chegar ao aeroporto e, em vez de ter uma viagem longa e cansativa, ela vê-se presa no aeroporto à espera do vôo seguinte para, pelo menos, chegar a tempo da cerimónia. É neste intervalo de tempo, entre um vôo e o outro, que ela conhece Oliver. Um jovem estudante universitário que tem de estar em Londres, também para uma cerimónia.
Parece-me que a química entre os dois foi imediata. Aquilo que ia ser uma viagem solitária, longa e extenuante, passa a ser uma viagem agradável que permite aos dois conhecerem-se melhor e, aí sim, desenvolver aquele sentimento que traz borboletas na barriga.

Poderá alguém apaixonar-se em 24h? Eu acredito que sim. Hadley e Oliver são a prova disso (embora sejam personagens fictícias). A empatia entre os dois é tamanha que será impossível que, ao chegarem ao seu destino e ao se separarem de forma abrupta, não andem um à procura do outro.

📎Gostei da forma como a inevitabilidade do amor juntou estas duas personagens de forma tão arrebatadora e inequívoca. Gostei da Hadley, apesar de ainda me parecer um pouquinho imatura
(tem dezassete anos, por isso é normal). No entanto, tem a sapiência necessária para, aos poucos perceber que Oliver é aquela pessoa que lhe faz o coração feliz e ir atrás da felicidade assim que tem uma oportunidade. Quanto ao Oliver, apesar de termos a percepção de que há ali um segredo qualquer, é um jovem super descontraído e divertido. Tinha tudo para ser um boa companheiro de viagem. Gosto imenso dele um pouquinho mais do que dela. Mas adoro-os juntos!

Acabado o livro, agora quero ver o filme, pois claro!

09/10/2023

Opinião | O Sonho | Nicholas Sparks | Edições ASA

ISBN: 9789892352008
Editora: ASA
Ano de Edição / Impressão: 2021
Dimensões: 234 x 156 x 26 mm
Páginas: 384


Sinopse
Em 1996, Maggie Dawes tem 16 anos e muito pouca vontade de ir viver com uma tia que mal conhece numa vila costeira remota e ventosa. Mas a ilha de Ocracoke, na Carolina do Norte, vai mesmo ser a sua nova casa. Contrariada, Maggie encontra refúgio nas recordações da família e dos amigos que deixou para trás. Até ao dia em que a tia lhe apresenta Bryce Trickett, um dos poucos adolescentes da zona. Bonito e genuíno, o rapaz vai mostrar-lhe a beleza da ilha e despertar nela uma paixão pela fotografia que influenciará toda a sua vida daí para a frente.
Em 2019, Maggie é já uma fotógrafa de renome e divide o seu tempo entre viagens a locais remotos e uma galeria em Nova Iorque. Mas uma notícia inesperada obriga-a a permanecer na cidade durante o Natal. Com um fiel assistente por companhia, Maggie passa os últimos dias da quadra a recordar um Natal de outrora e a avassaladora paixão que mudou o rumo da sua vida.
Nesta história de descoberta, perda e redenção, Nicholas Sparks recorda-nos que o tempo que dedicamos às pessoas que amamos é uma dádiva preciosa.


Já não lia Nicholas Sparks há algum tempo, embora ele sempre tenha sido um dos meus autores preferidos. Acho que, depois de tantos livros a chorar como uma condenada, precisei de descansar um bocadinho das leituras sofridas até dizer chega.

Esta é mais uma história à semelhança Nicholas Sparks. E adivinhem? Não desiludiu.

Este livro traz-nos a históra de Maggie, uma fotógrafa de renome que, habituada a correr o mundo todo é obrigada a parar e a manter-se na sua cidade, e na sua galeria. No entanto, como a saúde não lhe permite, ela vê-se obrigada a contratar alguém que a ajude e que esteja na galeria quando ela não pode. Esse alguém é Mark. Um rapaz sensível e dedicado que vai fazer do último Natal de Maggie, o melhor e o mais inesquecível de todos.

Acham que a história é só isso? Nada disso... Maggie é uma caixinha de surpresas. Ficamos a saber que, quando Maggie era apenas uma adolescente de quinze anos, engravidou e viu-se obrigada a ir passar o tempo de gravidez com a sua tia que morava numa vila escondida e minúscula Toda a gente se conhecia e até para ir à missa semanal era preciso ir de barco.
É nessa vila que ela conhece Bryce. Um jovem extremamente inteligente, amoroso e carinhoso que lhe mostrou o que era o amor verdadeiro. Como não podia deixar de ser, apesar de serem jovens e terem a sua vida toda pela frente, Maggie era apenas uma adolescente e, finda a gravidez, foi obrigada a deixar Bryce e a tia e regressar à sua cidade natal para perto dos pais. Nunca mais viu Bryce, nem o bebé que havia dado à luz.

Vinte e três anos depois, encontra-se doente e sozinha. Sem marido, sem namorado, sem filhos. Apenas com uma carreira fantástica no mundo da fotografia, um apartamento, uma galeria de arte em parceria com dois amigos e a lembrança do amor que preencheu a sua vida por tantos anos, apesar de tudo.

Neste seu último Natal com Mark, com quem cria uma ligação especial, Maggie vai recordar e contar a Mark, tudo que aconteceu há 23 anos atrás.

O final é, no minímo surpreendente e fez-me chorar como uma perdida! Porquê "tio" Nicolau?! Porquê?? 😭

Não deixem de ler este livro!!