Um negocio gerido por uma mulher? Em 1798? Parece impossível! Mas é esse mesmo o plano de Emma Fairbourne após a morte do pai. Apesar de saber que se trata de uma jogada arriscada, ela esta disposta ate a contratar um belo e encantador homem para servir de disfarce, tudo para manter vivo o legado da leiloeira Fairbourne's... Só que o patriarca Maurice Fairbourne tinha um sócio desconhecido, Darius, o Conde de Southwaite.
Darius é um homem habituado a ter o que quer e sem o menor interesse em gerir uma leiloeira, muito menos uma (desconfia ele) envolta em escândalos que poderiam arruinar a sua reputação. Não contava era com a vontade férrea de Emma, cuja frontalidade é simultaneamente exasperante e sensual. Darius decide tentar então uma nova abordagem, que não só fará com que ela se renda a ele, mas proporcionara imenso prazer a ambos...
Apesar de ter dado apenas três estrelas a este livro, tenho de ser sincera e dizer que gostei do que li.
Esta história apresenta-nos algo que no século XVIII era praticamente impossível. Uma mulher solteira à frente de um negócio? Pois, era praticamente impossível e por isso Emma teve de encontrar forma de "driblar" a sociedade da época. Ao perder o seu pai num acidente, e sem saber onde está o seu irmão desaparecido no mar há mais de dois anos, ela tem de arranjar forma de continuar o negócio que o seu pai tão arduamente criou. A sua leiloeira. Ela não quer vendê-la porque sabia que era vontade do seu pai entregar a leiloeira ao seu irmão e como ela ainda acredita no regresso do irmão, é ponto assente que ela irá contra tudo e contra todos para manter o negócio na família. No entanto, Emma esquece-se de que há mais alguém que tem algo a dizer sobre o assunto. O sócio desconhecido do público em geral, Darius. A atracção patente entre os dois sempre que se encontram é inegável e é a frontalidade e impertinência de Emma que faz com que o Conde de Southwaite se veja enredado num sentimento que não consegue explicar, tão pouco evitar.
Pessoalmente, gostei mais de Darius do que da Emma. Achei-a algo arrogante e egocêntrica em algumas ocasiões, e noutras, demasiadamente vulnerável. Envolve-se em algo que, caso Darius não interviesse, poderia trazer-lhe grandes dissabores e desgostos.
Embora esta história carregue um encanto especial, muito por "culpa" de Darius e tudo se tenha desenrolado de uma forma natural e simples, não acho que este seja um livro que se adore. Gosta-se e de vez em quando conseguimos recordar a história e o quanto Emma foi determinada nos seus propósitos, não se deixando quebrar pelas regras impostas por uma sociedade com uma mente demasiadamente fechada ainda. O quanto Darius foi paciente e inteligente na sua intenção de "domar" aquela mulher feroz e intransigente que tanto o seduzia exactamente por isso.
No geral, gostei, mas senti a falta de mais paixão entre os dois. Senti falta de intensidade de sentimentos e de acções. Embora se visse que eles dois tinham sido feitos um para o outro, por diversas razões, faltou aquela chama intensa, aquela electricidade emocional sempre que eles se encontravam... faltou aquele bater descompassado sempre que se viam.
Para quem gosta, um romance calmo, com algum mistério à mistura. Que venha o segundo.
(Este exemplar foi gentilmente cedido em troca de uma opinião sincera)
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