Opinião | A Doçura da Chuva | Deborah Smith

Kara Whittenbrook tinha uma vida privilegiada. Filha de dois ambientalistas famosos, cresceu entre a selva amazónica e os melhores colégios da elite americana.

Com a morte dos pais num acidente de aviação, torna-se herdeira, não só de uma enorme fortuna, mas também de um segredo que abalará por completo o seu mundo - o facto de ter sido adoptada.

Decidida a encontrar os seus pais biológicos, Kara parte para o Nordeste da Califórnia, onde conhecerá Ben Thocco, um rancheiro que vive rodeado de gente singular.

Em pouco tempo, ela fará parte de um universo diferente, que lhe abrirá as portas de um amor inesperado e de amizades genuínas, e a ajudará a tomar as mais difíceis decisões...

Em A Doçura da Chuva, Deborah Smith dá-nos a conhecer uma galeria de personagens cativantes, que nos envolvem e nos levam a reconhecer nos pequenos gestos do quotidiano as fontes da alegria e da felicidade. 

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Este é mais um daqueles livros que me mostram exactamente o porquê de eu adorar ler. Desde que li "O Milagre" de Deborah Smith, fiquei a matutar se todos os outros livros dela seriam assim tão bons. Ainda não li todos e já cheguei a uma conclusão: Deborah Smith passou a estar nos meu "Top" de autoras. Adorei este "Doçura da Chuva". é uma história repleta de ternura e de emoção. As personagens são de uma simplicidade e inocência tamanhas que faltam-me mesmo as palavras para as descrever com mais exactidão. Cada uma com os seus problemas e passados traumatizantes, conseguem, em união, ultrapassar todos os obstáculos que a vida lhes mete à frente e conseguem, um passo de cada vez, realizar os seus sonhos e vencer os seus traumas. Com muita paciência e muita perspicácia, Kara "intromete-se" nas vidas de Ben e dos seus pais biológicos. Entra devagar e com uma ternura imensa conquista o coração de todos os que vivem naquele rancho simples, gerido por um homem com um coração enorme e que alberga todos aqueles que mais ninguém acolhe. Os simples de pensamentos, os inocentes de coração e os que não sabem o que é ser-se maldoso. Pessoas que são capazes de acolher uma estranha nas suas vidas e nos seus corações.

Personagens *deliciosas* que compõem uma história também ela *deliciosa* e de ir, muitas vezes, às lágrimas. São personagens assim que se mantêm por muito tempo nas nossas memórias e das quais sentimos saudades de quando em vez. 

A história de amor que se desenvolve entre Ben e Kara é desenvolvida de uma forma absolutamente apaixonante e emocionante. Ben vê-se, de uma hora para a outra, a ser praticamente dominado por aquela mulher que lhe apareceu no rancho de uma forma bizarra e hilariante. Kara, por sua vez, deixa-se levar completamente por aquele sentimento doce que começa a sentir por aquele homem que não quer mais nada a não ser salvar o rancho e todos os que nele vivem e dependem, inclusive o seu próprio irmão mais novo.

Os laços de amizade e ternura que se criam entre cada uma das personagens deixou-me sem palavras e com aquela sensação de que se fosse comigo também teria sido impossível resistir a pessoas tão especiais e únicas. Entre estas pessoas não existe a palavra "preconceito", não existe a palavra "impossível", nem a palavra "incapaz". Lutam todos por um objectivo em prol de todos e não individualmente. O que fazem, fazem-no por todos os que amam e isso é o significado de ser-se família, mesmo que não o sejam de sangue. É admirável a forma como a autora nos transmite sentimentos tão profundos e tão sinceros.

Como já disse antes, fiquei fã de Deborah Smith e sempre com a pulguinha a querer ler de "rajada" todos os livros dela. Hei-de conseguir! :D

Espero que a minha opinião a este livro vos tenha ajudado e que quando lerem, gostem tanto como eu!