Genevieve McInnes está fechada a sete chaves na fortaleza McHugh, prisioneira de um cruel laird que tudo faz para a humilhar. Quando Bowen Montgomery se apodera da fortaleza numa missão do seu clã, Genevieve descobre que o seu espírito ainda não está quebrado. No entanto, o seu caminho para a liberdade permanece incerto. Incapaz de regressar para uma família que a crê morta ou abandonar os habitantes da fortaleza à mercê de um novo senhor, Genevieve escolhe adoptar a vida pacífica de uma abadessa. Mas a sensualidade rude de Bowen desperta nela o desejo secreto de ceder à tentação das suas carícias.
Bowen enfrenta os maiores inimigos, mas não está preparado para lidar com esta mulher atraente que captura o seu coração. Deixa-se encantar pela sua determinação, beleza invulgar e força inabalável.
Mas será preciso muito mais do que as artes de um sedutor para a conquistar. Se quer amar Genevieve, terá de fazer a escolha entre libertá-la ou perdê-la para sempre…
*Pode Conter Spoilers*
Como sempre Maya Banks não me desiludiu neste novo capítulo da Saga Highlander. Se no primeiro tivemos acesso em primeira mão a Graeme e Evelyn e ao florescer do seu amor imenso, neste temos acesso ao modo como uma mulher de fibra e de coragem, ainda que traumatizada e desfigurada consegue entrar no coração (duro?) de um escocês.
Que bom que foi regressar às Terras Altas da Escócia. Que bom que foi rever Graeme, Evelyn, Teague e Ronie. Ver que tudo continua bem entre os dois clãs que antes eram inimigos (mortais).
Tenho de admitir que no inicio do livro tive de questionar outras pessoas que já o tinham lido e saber se o livro valeria mesmo a pena. Isso porquê? Porque os primeiros capítulos não são tão emotivos como os do primeiro livro (fiquei mal habituada). Contudo, à medida que me ia entregando à história fantástica de Genevieve fui sendo seduzida por tudo o que acontecia e sem dar por isso, o livro estava terminado e as saudades por todas as personagens já tinham regressado.
Fiquei, tal como com Evelyn e Graeme, completamente rendida ao amor que nasceu entre Bowen e Genevieve. Um amor baseado um pouco no sofrimento de uma mulher abandonada à sua (má) sorte, um amor que teve de nascer na base da força interior e força de vontade tanto de Bowen como de Genevieve. Um amor que não será quebrado por mesquinhices e boatos.
Genevieve, apesar de ser ofendida por tudo e todos desde o primeiro momento em que entrou, à força, naquele clã, mostrou ser uma mulher com um grande carácter, de boa índole. Uma mulher cheia de orgulho e dignidade que se sacrifica e dá a cara por aqueles que tanto a ofendem e magoam. A modos que tenho a certeza que foram essas características que fizeram com que o duro Bowen se apaixonasse perdidamente por ela. É de conhecimento geral que os escoceses são de temperamento difícil. São teimosos, têm a mania de que são os mais fortes e os mais duros, mas o que é certo é que tanto Bowen, como Graeme, como Teague ou até mesmo Brodie mostram que ser-se um Highlander é ser-se antes de mais nada, alguém justo, de coração honesto e puro. Homens que estimam as suas mulheres acima de tudo e de todos, até mesmo da família se preciso for.
De certa forma e apesar de ter ficado mais tocada com a história de Evelyn, esta história é mais forte a nível sentimental. Muitas barreiras tiveram de ser ultrapassadas e muitos preconceitos também.
Adorei a maneira como, mais uma vez, Maya Banks utiliza uma "deficiência" e transforma-a num ponto positivo. Numa arma. Num motivo de orgulho e não de vergonha.
As personagens são fascinantes, como sempre e se o terceiro volume for assim tão cheio e tão intenso, é de prever que esta seja uma série que nos ficará para sempre no coração.
(Este exemplar foi gentilmente cedido pela Saída de Emergência em troca de uma opinião sincera)