21/11/2019

Opinião | A Wish For Us | Tillie Cole

Uma história de música. 
Uma história de cura. 
Uma história de amor que conquista tudo.

Cromwell Dean, de dezanove anos, é uma estrela em ascensão de música electrónica. 
Milhares de pessoas o adoram. Mas ninguém o conhece. Ninguém vê a cor do seu coração.
Até chegar a rapariga do vestido roxo. 
Ela vê através das paredes que ele construiu para a escuridão que ele tem no seu interior.
Quando Cromwell deixa para trás os céus cinzentos da Inglaterra para estudar música no calor da Carolina do Sul, a última coisa que ele espera é vê-la novamente. E ele certamente não espera que ela fique na cabeça dele como uma música repetida.

Bonnie Farraday vive para a música. 
Ela deixa cada nota entrar no seu coração e não entende como alguém tão talentoso como Cromwell consegue não fazer o mesmo.
 Ele está fugindo do passado, e ela sabe disso. Ela tenta ficar longe dele, mas algo continua a chamando de volta.
Bonnie é a explosão de cores na escuridão de Cromwell. Ele é a batida que faz o coração dela saltar.
Mas quando uma sombra cai sobre Bonnie, cabe a Cromwell ser sua luz, da única maneira que ele sabe. Ele deve ajudá-la a encontrar a música perdida em seu coração frágil. Ele deve mantê-la forte com uma sinfonia que só ele pode compor.

Uma sinfonia de esperança.
Uma sinfonia de amor.
Uma sinfonia deles

(Poderá conter pormenores...)
Ouvi falar nesta autora por causa do livro publicado em Portugal "Mil Beijos" (que ainda não li, tenho de admitir), pois queria ter uma base antes de o ler.
Sinceramente? Superou todas as minhas expectativas. Adorei a forma como a autora cria um romance tão intenso, baseado na música. Sendo que a música sempre teve um papel gigantesco na minha vida, este livro não poderia ter sido melhor e mais conveniente.
Esta história fala-nos de um jovem Cromwell Dean. Um jovem conhecido no mundo da música electrónica e a quem todos seguem avidamente. Não há um único espectáculo que ele dê que não fique completamente lotado. Foi o escape que ele arranjou para fugir ao passado que o assombrava de todas as vezes que via um piano. Algo no seu passado tinha corrido muito mal para que, todo o talento clássico que tinha sempre que se sentava a um piano fosse encerrado e esquecido. Pelo menos até conhecer Bonnie. Uma jovem repleta de cor e de sensibilidade que, aos poucos, vai conseguindo entrar na vida de Cromwell e, consequentemente, consegue trazer de volta toda a cor à vida dele. Cromwell tem um dom fantástico. Através das notas que faz soar, consegue associar cores. Em vez de ver as notas no papel, ele vê cores. Umas mais garridas do que outras, umas mais alegres que outras, outras mais tristes que o que era necessário. Bonnie é a cor mais vibrante que ele já viu. O seu tom melodioso fá-lo acreditar que, se calhar, consegue trazer de volta toda a alegria que a música lhe deu outrora e acalmar o seu espírito atribulado.
Bonnie, por outro lado, apesar de parecer ser forte, pacífica e vibrante, traz consigo o seu próprio segredo. Tem um grave problema de saúde e, a cada dia que passa, enfraquece e o final já é algo esperado tanto por ela como pelo irmão gémeo. Adorei os dois irmãos. Ela sempre indo ao socorro do irmão desmiolado e descomplicado, aparentemente, e ele sempre com a irmã no pensamento. Parecendo que não, para além de ser a pessoa que estará directamente envolvida na aproximação de Cromwell e Bonnie, é das personagens mais importantes desta história, apesar de ninguém falar dele. Tive imensa pena do final que teve, mas não havia volta a dar.

Este livro mostra-nos como a música pode mudar vidas e dar-lhes um rumo, juntamente com um amor sincero. Não há nada que não se consiga fazer quando se tem amor e música nas nossas vidas. Cromwell e Bonnie são um excelente exemplo disso, pese embora sejam apenas ficcionais. Gostava de poder ver como eles estariam agora, se houvesse um segundo livro sobre eles.



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