A vida de Allyson Healey que sempre foi planeada e organizada, muda no momento que conhece Willem, um actor de espírito livre, que a convida a ir com ele a Paris e a adiar todos os seus planos. Allyson não consegue resistir e decide acompanhá-lo, uma decisão inesperada que a leva a vinte e quatro horas de romance, liberdade e intimidade que irão mudar a sua vida. Apenas Um Dia é um romance que nos fala de amor, mágoa, viagens, identidade e das contingências provocadas pelo destino, mostrando que, por vezes, para nos encontrarmos a nós próprios, temos de nos perder primeiro...
Este livro é a típica história de uma jovem adolescente que é o exemplo para todas as filhas. É obediente, sensata, responsável e bem educada. Nunca lhe passou pela cabeça ir contra as regras impostas pela sociedade e pelos seus pais. Não contesta a escolha que os pais fizeram do curso que ela seguiria, apesar de sentir no seu íntimo de que não era aquilo que queria.
É numa viagem à Europa, juntamente com Melanie a sua melhor amiga e o seu oposto em personalidade, que conhece Willem, um jovem holandês que a faz esquecer que é a Allyson certinha e que a convence que ela é Lulu, a jovem aventureira e que não olha para trás nem pensa duas vezes sobre qualquer decisão que tenha tomado. É neste espírito que ela embarca numa viagem a Paris, junto com Willem. É em Paris que ela tomará consciência de que se calhar deveria ser mais Lulu e menos Allyson ao longo da sua vida. Deveria ser ela a tomar as suas próprias decisões, bem como enfrentar todos os problemas que estas mesmas decisões implicam. Ao longo de todo o livro, nota-se um crescimento de Allyson a nível psicológico. Admito que houve umas partes do livro em que era um pouco maçador porque basicamente era Allyson a ser alguém que nem era responsável, nem era aventureira... andava ali pelo meio a deambular na incerteza dos dias.
Foi apenas um dia que ela passou em Paris com Willem, mas a forma como ele a fez sentir e a forma como depois ela deixou de estar com ele, lançou-a num marasmo. Continuou a fazer aquilo que os outros queriam que ela fizesse, mas em certa altura pareceu-me que houve uma viragem que a acordou para aquilo que ela realmente queria. Decidiu ir procurar por Willem e foi essa procura, essa busca quase que impossível pois ela não sabia nada sobre ele, excepto o primeiro nome e a nacionalidade, que a fez crescer. Fez com que ela e somente ela tomasse conta dos seu rumo e do seu destino e para ela o seu destino era encontrar quem lhe tinha ensinado, em apenas um dia, que ela podia ser dona de si mesma.
De uma certa maneira esta história e estas personagens conseguem transmitir aquela ideia de que se nos empenharmos, conseguimos atingir os nossos objectivos. Basta não desistirmos e termos sempre em foco aquilo que realmente queremos.
Como sempre, a escrita de Gayle Forman é leve e simples, o que só ajuda na leitura. Faz as descrições pormenorizadas o quanto baste, não levando a que nós, leitores, nos sintamos entediados ou sem vontade de continuar a leitura. Houve sim, passagens mais lentas, mas acho que faz parte do desenvolvimento da história.
Não dei as quatro estrelas, porque, como já referi, houve algumas partes em que simplesmente não havia grandes avanços ou algo de novo. No entanto, as minhas três estrelas equivalem a quase quatro. Pode ser que o próximo consiga lá chegar.
Estou ansiosa para ver como será a continuação desta história e desta busca.
(3,75)
(Este exemplar foi gentilmente cedido pela Presença, em troca de uma opinião sincera)
Para mais informações sobre este livro, favor clicar AQUI
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