Lady Grace Mabry tem tudo o que uma donzela debutante pode desejar: é bonita, inteligente, vem de boas famílias e possui um dote bastante valioso. No entanto, Grace desconfia dos inúmeros pretendentes que a cortejam, pois acredita que muitos estão apenas interessados na sua riqueza.
Para a ajudar a perceber se os interesses dos seus apaixonados são genuínos, Grace procura o seu amigo de infância, o Duque de Lovingdon. Sem qualquer fé no amor desde que perdeu a família, Lovingdon vive uma vida de libertinagem e prazer. Conhecedor dos jogos e estratagemas para conseguir a atenção de uma mulher, Lovingdon só tem de ensinar a inocente Grace a diferenciar as emoções falsas das verdadeiras.
Mas mal as lições começam, Lovingdon depara-se com um jogo demasiado perigoso, que parece não conseguir controlar…
Conseguirá o Duque abrir o seu coração inteiramente ou irá perder aquela que descobriu que ama?
Mais uma estreia minha no que diz respeito a autoras. E que bela estreia!!
Quem me conhece sabe que adoro romances de época, ainda mais quando as personagens são cheias de carisma, carácter e personalidade. Toda a gente sabe que naquela altura era difícil ser-se mulher, mais difícil ainda para as mulheres que tinham dentro de si uma energia e vivacidade enormes, prestes a rebentar. Era etiqueta para isto, etiqueta para aqui e um sem fim de regras que em nada ajudava a ser-se bem sucedida, tanto a nível pessoal como a nível social. Ou se seguiam as regras ou nada feito. Era de prever que fosse difícil para Grace seguir as regras à risca, sendo ela uma mulher intensa, apaixonada, que não queria nada mais do que ter um casamento com um homem que a amasse verdadeiramente e não ao seu dote.
Mais uma vez, temos um casal que estava destinado a ficar unido para sempre, desde sempre. Lovingdon conhece Grace desde que ela apenas uma menina frágil e inocente, acompanhou o seu crescimento sempre que lhe havia sido possível, mas assim que casou com outra mulher, pela qual ele era absolutamente apaixonado, não havia tido mais tempo para a pequena Grace. Quis o destino que Lovingdon perdesse tanto a sua mulher como a sua pequenina filha às mãos de uma doença que, na época que era, era na maioria das vezes, fatal. Com a dor da perda Lonvingdon refugia-se na solidão e decide que, uma vez que sempre foi uma homem decente e a vida lhe levou os seus dois seres mais preciosos, seria o homem que nunca havia sido antes: Devasso, mulherengo e desapaixonado. Nunca mais se apaixonaria enquanto fosse vivo. Não queria sofrer mais. Não queria perder mais ninguém. Eu acabo por perceber o lado dele. Ninguém gosta de perder quem mais ama, e, apesar de ele adorar Grace, apenas não quer aprofundar o sentimento que nutre por ela, justamente pelo medo de um dia a perder. Grace, por sua vez, sempre amou Lonvingdon, e a partir da altura em que ele casou, perdeu as esperanças de alguma vez poder ser correspondida de igual forma. Nem quando ele perdeu a mulher e a filha ela atreveu-se a sequer sugerir que o amava e que queria ficar com ele para sempre. Também Grace passou por uma altura deveras complicada e quase fatal, na mesma altura em que ele perdeu a família. No entanto, como na altura o problema que ela teve era uma espécie de tabu, nunca ninguém soube de nada, a não ser a sua mãe e o seu médico.
Será preciso muita astúcia da parte de Grace para fazer com que o seu Lonvingdon abra o seu coração ao amor novamente e que perca o medo de amar e ser amado.
Adorei a forma como a autora abordou o problema de Grace. Fiquei deveras espantada por saber que naquela época, Séc. XIX, já se fizessem procedimentos como aquele por que Grace passou e que já houvesse sequer hipóteses de salvação.
Adorei e mal posso esperar para ler o segundo livro da série!
(Este exemplar foi gentilmente cedido pela TopSeller em troca de uma opinião sincera)
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