26/08/2014

Opinião "Provocadora" de Madeline Hunter

18712125
Verity Thompson desapareceu no dia do seu casamento. O seu paradeiro manteve-se secreto durante dois anos. Um longo período em que o marido, o conde de Hawkeswell, viveu na penúria e na incerteza. Verity deixou para trás uma fortuna imensa mas inacessível, pois o seu óbito não foi declarado. Nem poderia sê-lo pois ela está bem viva. Ao ser obrigada a casar, Verity fugiu de Londres e refugiou-se, incógnita, no campo. Sem qualquer interesse pelo título ou estatuto do marido, abdicou da sua fortuna em troca da liberdade. Mas o passado tem os seus próprios desígnios e a jovem vê-se agora obrigada a regressar à cidade e a um casamento sem amor. Por seu lado, o arrogante Hawkeswell está disposto a chegar a um acordo: se Verity lhe conceder três beijos por dia, ele não a obrigará a cumprir os deveres conjugais. Mas, claro, há beijos e beijos... e Verity vai perceber até que ponto se arruinou ao entregar-se às mãos hábeis de um mestre.


*Pode Conter Spoilers*


Antes de mais começar por dizer que apesar de ter dado a mesma nota que dei ao primeiro (Deslumbrante), tenho de ser sincera e admitir que gostei mais deste segundo volume do que do primeiro. Para já achei menos monótono e mais "sedutor", ainda não chegou à categoria *delicioso* mas se a autora continuar a melhorar de volume para volume, creio que o último poderá sê-lo.
Personagens: Mais completas e menos aborrecidas. Quem é Verity e porque ela é incluida nesta série das Flores mais Raras, quando sabemos que ela não é uma das mulheres pertencentes à casa das Flores Mais Raras? Será que não? Será que uma das mulheres amigas de Audrianna (personagem principal do primeiro volume) não será a noiva desaparecida de Hawkeswell? Pois é. Na verdade Verity escondeu-se por dois anos na casa de Daphne e fez de tudo para não ser descoberta, pois há dois anos atrás tinha sido forçada a casar-se com Hawkeswell para salvar uma família pobre que dependia do pai dela. Tendo o pai falecido, todos os negócios de ferro passaram para o primo mais velho de Verity, Bertram. Uma pessoa desprezível que montou uma mentira para que Verity casasse com Hawkeswell e ele próprio ficasse com mais de metade do poder na fábrica e na fortuna da família dela. Gostei mais de Verity do que de Audrianna, por ser uma personagem mais forte, mais inteligente e mais adulta, apesar de ser mais nova. Fez frente sempre que pode a Hawkeswell desde que ele a descobriu, mas também não foi parva ao ponto de negar a atracção que foi nascendo entre ela e o marido. Achei inteligente da parte da autora em criar uma personagem com um carácter assim vincada e forte. Quanto a Hawkeswell, achei-o (este sim) uma personagem *deliciosa*. E porquê? Porque para além de ter ficado com uma ideia errada dele no Deslumbrante, Hawkeswell veio revelar-se um homem honesto, afável (apesar do mau génio) e sério. Apesar de ter casado com Verity porque se encontrava falido e aquele era um bom negócio, quando a encontrou aprendeu que nem toda a felicidade se compra com dinheiro. Olhou para a jovem esposa com olhos de homem e viu nela, não uma fortuna e sim um desafio e uma fonte inesgotável de desejo, onde ele se refugiava, (a partir da altura em que ela se rendeu às evidências), afinal das contas eles eram casados e ele foi cavalheiro o suficiente para, depois de a encontrar, dar-lhe alguns dias antes de consumar o casamento. O que Verity não fazia ideia é de que depois da primeira vez, tudo seria diferente. Ainda em relação a Hawkeswell, achei imensa piada ao facto de ele ter tão mau génio que o amigo Lorde Sebastian Summerhays lhe ordenasse que contasse cinquenta passos, para que se pudesse acalmar. Gostei muito da amizade que existe entre estas duas personagens. Mas como disse, gostei muito mais de  Hawkeswell do que de Sebastian, que mais uma vez se mostrou um pouco "morno" em tudo o que fazia, mesmo quando relacionado com Audrianna. Ao contrário de Sebastian, Hawkeswell é intenso e apaixonado e não deixa nada por mãos alheias. Pelo amor que desenvolveu por Verity, ele será capaz de um dos actos mais difíceis e mais raros que alguém apaixonado é capaz de fazer, mas é óbvio que no final as coisas até podem vir a correr-lhe de feição!
Apesar de ter gostado mais desta história, continuo a achar que a autora criou personagens muito boas mas não consegue dar-lhes mais intensidade, o que é uma pena. As cenas "eróticas" neste livro estão mais presentes, mas ainda assim acho que seria possível dar-lhes mais alguma "chama", emoção e profundidade. 
Espero que o próximo seja ainda melhor e que só tenha coisas boas a dizer.



2 comentários:

  1. Hum... como disse, Hunter só lá para o fim do ano se ler este ano :) gostei da opinião!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Acho que vais seguir na mesma linha que eu... o que gostei mais foi do último, mas este já foi um pedaço melhor que o primeiro...

      Eliminar

O seu comentário é valioso!
Obrigada pela visita e volte sempre!