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*Pode Conter Spoilers*
*4.5*
Agora, avançando para a minha opinião tenho mesmo que dar o braço a torcer e dizer que este livro é *delicioso*! Sim, leram bem.. Quem leu as minhas opiniões ao primeiro e segundo volumes, Deslumbrante e Provocadora respectivamente, reparou que pelo menos o primeiro capítulo desta série "As Flores Mais Raras" não me tinha convencido de maneira nenhuma e reparou também que gostei mais do segundo mas não a ponto de dar-lhe quatro estrelas.
No entanto, este terceiro capítulo da série conquistou-me de várias maneiras. Para já, de salientar o "crescimento" da autora em relação a esta série. Passou de uma escrita monótona e pesada para uma escrita muito mais leve e desenvolta, quer nas descrições de acontecimentos e espaços, quer nos diálogos que nos anteriores volumes eram pesados demais. Para já não falar das cenas eróticas que neste livro são muito mais credíveis e hot sem cair na obscenidade e pornografia.
Tive muito mais prazer em ler esta história do que tive ao ler as outras. Muito mais mesmo... tanto que o li em menos de um dia (comecei num dia à noite e terminei-o na tarde do dia seguinte), o mesmo não se passou com os anteriores.
Personagens: Hilariantes! Adoro a Célia, mas ainda mais o Jonathan. Estas duas personagens conquistaram-me, sem dúvida. Célia Pennifold é uma (ou era) das habitantes da casa de Daphne, ou seja, é uma das "Flores Mais Raras". Já lá vivia há cinco anos, uma vez que a mãe era uma afamada cortesã da época e queria que a filha lhe seguisse as pisadas. No entanto, o destino que Célia queria para si era muito, mas muito diferente do que a mãe tinha traçado para ela. Depois da morte da mãe, Célia vê-se a braços com as dívidas que a mãe deixou e quase terá de enveredar pelo caminho que a mãe queria, de modo a saldar as dívidas avultadas. Não fosse a intervenção atempada de Jonathan Albrighton e Célia teria tido um destino muito mais sacrificado. E quem é Jonathan Albrighton? Já havíamos tido um vislumbre dele no "Provocadora" e deixou-me com a "pulga atrás da orelha". Tal como Célia, é um filho bastardo de um nobre que ao contrário do pai desconhecido de Célia garantiu-lhe uma educação sem mácula. Jonathan é também amigo dos já nossos conhecidos Sebastian e Hawkeswell, personagens do primeiro e do segundo volumes. De referir que também eles terão a sua quota parte de intervenção nesta história. Uma personagem que me deixou (já o havia feito nos anteriores) muito, mas muito curiosa foi o duque de Castlefort! Espero que no quarto volume da série esta personagem e a de Daphne sejam bem exploradas, visto que Daphne é o espelho da calmaria e bom senso enquanto que Castlefort é um nobre que só pensa em bebida e mulheres. No entanto, é uma personagem chave para a resolução de todos os mistérios que existem em todos os volumes da série.
Voltando a Jonathan e Celia. Eles perfazem um casal amoroso, consciente da atracção entre eles desde o início, não sendo demasiadamente formais um com o outro, gostei da relação deles desde o início. Uma relação cheia de ternura, entendimento (não obstante as picardias saudáveis entre os dois) e muita sensualidade. Achei as personagens muito mais descontraídas e mesmo os diálogos não tão formais como nos outros. Jonathan é um homem atarente, inteligente, que teve um amadurecimento precoce tornando-o algo sombrio e envelhecido. Contudo, não deixa de ser um homem que desde que Célia o conhece (Jonathan era amigo da mãe de Célia e por isso ela conhecia-o ainda antes de fugir da casa da mãe com apenas dezassete anos) a deixa com pele de galinha e o coração a bater mais forte. Já Célia é daquelas mulheres que é impossível não querer ser-se igual ou pelo menos parecida. Tem um amor imenso às flores e plantas que passaram a fazer parte da sua vida desde que se juntou a Daphne e pretende que essa parte da sua vida seja também o seu destino. Adoro flores e uma das coisas que desde o início da série me fez continuar a lê-la foi exactamente pelo destaque que as flores têm. Acho que, como já disse, a autora cresceu muito e de uma forma gradual, e ainda bem que assim foi. Com este terceiro livro da série, Madeline Hunter volta a fazer justiça à fama que tem como autora de época.
Recomendo!!
Hum... este não me convenceu :( Hunter, em termos gerais, parece-me das mais fraquinhas. Se ler, ou será no fim do ano ou no próximo ano quando não tiver romances de época e me apetecer ler um... minha rica Quinn, Kleypas, Guhrke e etc.
ResponderEliminarÉ assim.... nem se pode comparar às que disseste, mas tem o seu valor... :p
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