29/11/2016

Opinião | Eu Estive Aqui | Gayle Forman

Cody fica chocada e arrasada com o suicídio de Meg, a sua melhor amiga. A pedido dos pais desta, Cody viaja até Tacoma, onde a amiga estudava, para reunir os seus pertences. Espantada, Cody descobre que Meg nunca lhe falara de inúmeros aspectos da sua vida. Por exemplo, os novos amigos, que são o tipo de pessoas com quem Meg nunca se daria antes de entrar para a faculdade, ou Ben, o vocalista de uma banda por quem a jovem se apaixonara. Porém, a sua maior descoberta ocorre quando acede ao computador de Meg e de repente tudo o que pensava que sabia sobre a morte da amiga se desmorona. Cody decide então levar esta descoberta às últimas consequências.

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É certo e sabido que adoro os livros de Gayle Forman. É impossível não nos deixarmos levar pelas histórias que ela cria de uma forma tão absolutamente simples e emotivas.
Desta vez, a história é sobre Cody e Meg. Cody é uma jovem que, por motivos desconhecidos, perdeu a sua melhor amiga, Meg que se suicidou. 
Obviamente, e sendo elas tão amigas, mais do que irmãs até, seria de esperar que Cody quisesse saber o que havia acontecido à sua amiga. Alguém que adorava a vida, que era irreverente e tão inteligente.
A morte de Meg trouxe ao de cima grandes questões. De uma maneira ou de outra, conseguiu fazer com que até Cody questionasse a sua própria existência, agora sem Meg.
É durante a busca de Cody pela verdade que ela conhece Ben. Alguém que Mega havia amado e que, supostamente, seria o culpado de ela ter dado um fim à vida, por não ser totalmente correspondida. Mas, não é só Ben que Cody conhece. Vivendo toda a sua vida numa terra pequena, Cody sentiu-se quase sem chão quando chegou a Seatle para ir buscar os pertences de Meg. No entanto, ao conhecer as mesmas pessoas que Meg conhecia quando se mudou para Seatle para ir estudar, Cody consegue crescer interiormente. Abriu o seu coração a novas amizades e aprendeu a viver fora da sua zona de conforto.
Acho que os livros de Gayle Forman e as personagens que ela cria têm sempre algum fundo de verdade. Uma lição de vida escondida entrelinhas que nos ensina que a vida não tão "preto e branco" como nós pensamos que é. Há vários tons na nossa vida. Tons de felicidade, tons de alegria, tons de luto e tons de amor. Tal como Cody, todos nós deveríamos parar um pouco e pensar se realmente a vida é tão e somente aquilo que pensamos que é. 
Adorei a forma como, aos poucos, Cody foi desabrochando para a vida, a forma como ela se abriu às outras pessoas, à forma como ela aprendeu que o mundo não era apenas ela e Meg e que também ela poderia amar e ser amada. 
A personagem que mais gostei? No final de tudo, foi o Ben. Um rapaz sereno e honesto. Só o facto de ele gostar de gatos já me conquistou, mas saber que, por debaixo daquele aspecto rebelde, havia um rapaz com os seus dramas pessoais, as suas dores e agonias e ainda assim conseguia amar como ele o fazia... bem... Ainda bem que a autora teve o dom de não tornar um livro tão bom, num drama de jovens apaixonados. O que ela fez, isso sim, foi interligar a história de Cody e Meg com a de Ben. Resultou na perfeição! Adorei o Ben, a sério! Faz-me ter esperanças de que ainda há rapazes a sério neste mundo.
Obviamente, recomendo e aguardo ansiosa por mais um livro de Gayle Forman.
(Este exemplar foi gentilmente cedido pela Editorial Presença em troca de uma opinião sincera)

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