28/10/2014

Opinião "Danças na floresta" de Juliet Marillier


Este livro da autora é inspirado no conto de fadas As Doze Princesas Bailarinas. É a história de cinco irmãs intrépidas, em luta com quatro criaturas sinistras, três misteriosos presentes mágicos, dois amantes proibidos e um sapo enfeitiçado. Há muitos mistérios na floresta. Jena e as suas irmãs partilham o maior de todos, um segredo fantástico que lhes permite escapar à vida diária nos campos da Transilvânia, e que mantiveram escondido durante nove anos. Quando o seu pai adoece e tem de abandonar o seu lar na floresta durante o Inverno, Jena e a sua irmã mais velha, Tati, ficam encarregues de cuidar da casa e das outras irmãs. O surgimento de uma misteriosa jovem de casaco preto faz nascer o amor numa das irmãs e, subitamente, Jena apercebe-se que tem de lutar para salvar aqueles que lhe são mais queridos. Acompanhada por Gogu, Jena tem de enfrentar grandes perigos para preservar não só as pessoas que ama, como também a sua própria independência e a da família.

*Pode Conter Spoilers*

Gostei tanto, mas tanto deste livro e agora não sei por onde começar a minha opinião, de modo que vocês tenham, pelo menos, uma pequena percepção do quão bom é este livro. 
Já tinha ouvido falar muito em Juliet Marillier, mas como livros de magia, feiticeiros e encantamentos nunca foram muito a "minha praia" fui deixando andar e nunca sequer me preocupei em arranjar os livros, até porque se formos a ver bem, Juliet Marillier não tem nenhum livro que não tenha continuação, que não faça parte no mínimo de uma duologia.
Eu decidi começar a minha aventura pelo mundo Marillier com a duologia "Wildwood". Bendita a hora em que o fiz. 
Danças na Floresta é dos livros mais *deliciosos* e mais encantadores que já tive o prazer de ler. As personagens, os ambientes, as emoções e o enredo. As cinco irmãs são absolutamente maravilhosas (embora a Tatiana não tenha caído muito nas minhas graças). Cada uma à sua maneira, acabam por completar-se umas às outras, desde a mais velha até à mais pequenina, sendo Tati a mais velha e Stella a mais "bebé".
As criaturas do Outro Reino, são do mais criativo que já vi e cada uma delas leva-nos a querer fazer parte daquele mundo, incluindo o Povo da Noite, tão temidos pelos Humanos, pelas lendas e pelos boatos que percorriam as florestas desde há muitos anos atrás. 
Adorei conhecer Anatolie o duende que dançava com Jena, Grigori o "bom gigante" (pois era maior do que a maioria), mas mais do que todos gostei de conhecer o Tristeza. um Ser que, supostamente, seria do Povo da Noite e que arrebatou o coração de Tati e foi, igualmente arrebatado por ela e pela sua beleza etérea. As descrições de Tristeza são tão, mas tão profundas e tão entristecidas que sempre que Tristeza aparecia em cena não conseguia evitar de ficar também eu de coração triste. 

Agora, qual a personagem que mais gostei?! Ora, ora.. isso agora... Por incrível que possa parecer, não foi nem Jena, nem Cézar, nem tão pouco Tadeusz (líder do Povo da Noite), a minha personagem preferida, que depois veio a ser duas, foi Gogu, o sapo que era a outra metade de Jena. Desde o principio que desconfiei que Gogu era mais do que um simples sapo. Para começar, tinha já nove anos que estava aos cuidados de Jena, falava com ela em pensamento e tinha reacções e comportamentos muito pouco naturais num anfíbio. No final, e até mesmo durante a leitura, momentos em que senti o coração apertado por ele e por Jena, cheguei logo à conclusão de que Gogu não era mesmo um sapo normal. E quem era ele? 
Quem já leu sabe e quem ainda não leu, não sei pelo que está à espera!






2 comentários:

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