Ele faz-lhe uma proposta irrecusável.
Lady Felicity Faircloth é surpreendida na escuridão da varanda do salão de baile por Devil, um misterioso estranho que promete ajudá- -la a conquistar o duque de Marwick. Felicity aceita a sua ajuda, mas com uma condição…
Mas quando ela retribui com uma perigosa exigência…
Apesar de solteira há mais tempo do que desejaria, Felicity apenas concordará com um casamento por paixão. Filho bastardo de um maquiavélico duque e líder temeroso das sombrias ruas de Londres, Devil vê em Felicity a possibilidade de dar início a uma terrível e prometida vingança que durante anos planeou.
A tentação torna-se demasiado irresistível.
Ao transformá-la numa mulher tentadora e irresistível, capaz de convencer o duque a pedi-la em casamento, Devil poderá construir a armadilha que lhe permitirá destruir o inimigo. Mas ao revelar o encanto de Felicity, Devil percebe que levar a cabo o seu plano não será, afinal, tarefa fácil. Ele terá agora de escolher entre o desejo de vingança e um outro tipo de desejo…
Muito sinceramente, fiquei um pouco decepcionada com este livro. Tem sido tão raro sentir-me desapontada com um livro, ainda para mais de uma autora que até gosto, que depois de o acabar de ler até tive dificuldade em começar um novo livro.
Este é o primeiro livro da Saga The Bareknuckle Bastards, e tinha tudo para ser um livro fantástico. No entanto, até quase aos últimos capítulos achei tudo muito morno e lento. As personagens são interessantes, as histórias base deles também prometiam muito, mas a única coisa que senti foi tédio. Felicity, a personagem principal, pareceu-me ser algo fútil quando a conheci. Só queria fazer parte da alta sociedade e, embora não aceitasse casar com qualquer um que tivesse um título da nobreza, acabou por passar a ideia de que se tivesse de ser, no final, era isso mesmo que faria. Iria contra as suas próprias convicções para parecer bem aos seus pares e conseguir um bom casamento, ainda que isso só fosse servir os interesses dos seus mais próximos. Apesar de ser uma jovem com uma personalidade interessante para aquela altura, sempre me deu a impressão de que se tinha em pouca estima e a sua auto-apreciação era muito ténue. Passava a vida a dizer que era "solteirona", "encostada", etc... Não gostei dessa faceta dela. Gostava mais que ela se tivesse em melhor conta e que lutasse por aquilo que queria e acreditava. É aqui que entra Devil, ou Devon, um dos irmãos bastardos que se envolve na vida amorosa de Felicity em busca de levar adiante os planos que tinha contra o seu meio-irmão Ewan, o Duque de Marwick e suposto futuro noivo de Felicity, o único que ocupava e carregava um título nobre. Devil movimentava-se nas sombras e na escuridão da noite e, foi numa noite escura que Felicity esbarrou nele e, sem sequer lhe ver a cara, algo nasceu dentro dela sem ela sequer se aperceber. Também Devil, ao conhecer Felicity, sentiu algo a despontar dentro de si, mas, teimosamente, insistia em fazer passar uma imagem de si muito pouco lisongeira. Nem ela, nem ele desatavam aquele nó e isso acabou por saturar a leitura quase até ao fim... Acabei por gostar mais de conhecer os outros dois meios-irmãos de Devil do que das personagens principais, o que raramente acontece. Tanto Devil e Felicity tinham todas as características para serem personagens maravilhosas, mas a maior parte do tempo eram muito introspectivas e chatas mesmo. A cena da auto-comiseração é, de facto, cansativa.
A meu ver, acho que, apesar de ser perceptível a atracção que existiu desde sempre entre Felicity e Devil, poderia ter havido mais chama e mais paixão entre eles... era muita conversa e pouca acção. Como disse, apenas nos últimos capítulos é que me conseguiu prender a sério e fazer valer a pena a leitura até ali e deixar a promessa de que o segundo volume poderá ser muito mais satisfatório.
Não quero com essa opinião deixar a ideia de que o livro é mau. Nada disso, apenas tenho de ser sincera e dizer que a mim não me encheu as medidas como habitualmente acontece com esse género de livros e personagens, mas vocês podem dar-lhe uma oportunidade e pode ser que com vocês assente que nem uma luva... Acho que também depende muito da disposição que se tem na altura em que se lê.
Vamos ver se, a mim, o segundo livro assenta melhor 😊
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